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Sherlock Holmes





Escreve Efraim Fernandes

Sherlock Holmes é diversão, só! E isso é elementar, caros cinéfilos!


Robert Downey Jr é um ator que já brindou o espectador com alguns belos personagens ao longo da carreira, e é uma pena que Hollywood o tenha ‘descoberto’ de uma forma tardia, já que bastou fazer Homem de Ferro e agora ele está na crista da onda.

O mesmo magnestismo ocorre em Sherlock Holmes de Guy Ritchie? Um pouco, se comparado aquele outro personagem da Casa das Idéias. Entenda bem, o filme é entretenimento, e Downey Jr junto com Jude Law – o inseparável amigo John Watson – formam uma bela dupla encorpando lutas, investigações, dramas pessoais e momentos repentinamente cômicos.

Apesar de (pasme!) pouco asseado e psicologicamente à beira de um surto, a personagem título é um gênio, insolente, divertido, um mulherengo canastrão e sofisticado que o faz lembrar outro, e mais famoso, personagem que interpretara a dois anos na obra de Jon Favreau.

No conto de Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes é extremamente cerebral, minucioso e astuto. Quanto a isso fique despreocupado porque é um ponto certeiro no roteiro de Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg. Mesmo com a diversão, pode haver certa resistência dos mais reacionários e tradicionais, já que há uma fuga completa da visão clássica das obras.

O método científico e a lógica dedutiva no desvendar de pistas, ou mesmo no combate corpo a corpo, é de bater palmas, apesar de um excesso aqui e acolá. Falando em lutas, nos contos o detetive é descrito também como um excelente pugilista e esgrimista, e Ritchie usou e abusou da habilidade marcial de Holmes. Quando há chance são socos, ponta-pé e quebra-quebra. Ah, esses diretores e filmes caça-níqueis...

A trama


O filme já inicia com a dupla no ápice do desvendar de uma série de assassinatos ocorridos em rituais satânicos por toda Londres vitoriana do século XIX, e o Lorde Blackwood – interpretado muitíssimo bem por Mark Strong – é a figura sinistra por detrás de tudo.

Sentenciado à enforcamento, Blackwood jura que a morte é apenas o princípio, e a obra dele continuará. E assim é. A personagem misteriosamente retorna do mundo dos mortos, desaparecendo do túmulo, e uma nova leva de assassinatos desafia o exercício intelectual de Holmes e Watson. Em paralelo um espacinho no roteiro para draminhas pessoais e desarmonia envolvendo os personagens principais, mas que na verdade arrancam algumas risadas da platéia (seria tais atritos um alívio cômico ou artifício para ocultar a ligeira falta profundidade no roteiro?).

Complexando, e intrigando, mais a história... entra em cena Irene Adler, a única pessoa que já fez a proeza de fazer de idiota, segundo doutor Watson, o mais brilhante detetive das estórias, e por duas vezes! Sua participação poderia ser de certo descartável – apesar da boa atuação de Rachel McAdams - se não fosse o gancho que ela dá para a seqüência garantida nos cinemas. Tá ai um belo exemplo de McGuffin, como diria Alfred Hitchcock, que a trinca de roteiristas usa e desenvolve na película.

Sherlock Holmes é diversão garantida, o filme ideal para as férias, valendo o ingresso e não espere mais disso. Há química entre os atores, mistérios, reviravoltas, lutas, personagens arquétipos e tudo na medida certa como deve ser um filme pipoca.

Divirta-se ao ver Robert Downey Jr e Jude Law socados, explodidos, e desafiados a montar um quebra-cabeça de evidências sob a ótica de Guy Ritchie.

Classificação: Mandou Ver!


Escreveu Efraim Fernandes

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