Do berço para a Europa.

Ainda chegaremos ao cúmulo de quando uma mulher brasileira estiver grávida, caso seja de menino, um clube europeu contratar o bebê sem se quer ter nascido. Estamos exportando jogadores cada vez mais jovens para o velho mundo. Muitas pessoas já demonstraram não concordar com a minha visão, mas eu acho errado tais transações ocorrerem com “recém-nascidos”. Sim, porque em vários casos, eles nem nasceram ainda pro futebol, praticamente ninguém conhece o jogador e ele já está sendo negociado com algum clube da Europa. Poderia citar “n” exemplo, mas vou ma ater a citar um que tomei conhecimento hoje. É o caso do jovem Felipe Coutinho.

Foi publicada no Lancenet desta quarta-feira, uma matéria onde é redigido o interesse do Real Madrid pela jovem promessa vascaína. O clube madrileno teve despertado a vontade de contar com o jogador depois de tê-lo visto atuar no sul-americano sub-15, onde foi destaque. Constata-se na imprensa espanhola, que o clube estaria em conversas com os pais de Felipe para realizar a contratação. Em troca seria oferecido hospedagem e emprego ao pai e a mão do atleta, já que por ser menor de idade, Felipe não poderia deixar o país sem acompanhamento de um maior de idade. A transação apenas não foi concluída, porque rumores dão conta de que a notícia de sua possível saída da colina, tenha chegado aos ouvidos do presidente interino do Vasco, Eurico Miranda. Agora, o clube espanhol tenta a transferência do jogador pagando a quantia estipulada pelo clube brasileiro, que seria algo em torno de três milhões de Euros (cerca de R$ 8 milhões).

Para mim, seria certo o jogador permanecer no Brasil, jogar um ano que seja entre os profissionais do clube para depois sair do país. Está um descontrole essas vendas, os clubes brasileiros não possuem mais autonomia nenhuma diante de nada. A incompetência assolada durante anos e anos no futebol de nosso país, está sendo vexatoriamente justificada com a exportação dos jogadores que nem a fase adulta atingiram. Acredito se tratar de uma vergonha. Vende-se a cueca para se ter a meia.

É compreensível que seja complicado tentarmos uma solução através da constituição federal, pois caso façam algo para impedir um ser humano de se transferir para outro país, estará se ferindo o direito de ir e vir do cidadão. Mas algo tem que ser feito, porque além de nossos times sofrerem com a inviabilidade de se ter onze jogadores dignos da história da camisa que vestem, em solos tupiniquins, artifícios estão sendo tentados para a retirada desses “produtos” de seu lugar de origem, tentando se passar por cima da autonomia da instituição que o vem gerando para ‘o mercado”. No caso, o Vasco da Gama. É óbvio que o clube tomando conhecimento do interesse europeu, muita coisa não será feita para se impedir. Ou seja, realmente nada está sendo respeitado, os cartolas europeus explicitam ter em mente que os clubes brasileiros se comportam como verdadeiros bordéis holandeses expondo suas garotas de programa na vitrine para quem quiser experimentar, com a diferença que no caso do futebol brasileiro, você pode levar a produto humano pra casa. É lamentável, mas quanto mais passam os dias, mais fácil e rápido está acontecendo a venda de jogadores para o futebol do velho mundo.





Deixe esse post melhor. Faça um comentário.