Rapidinhas da Semana – O “cala boca” de Sergio Cabral teve efeito colateral

Por Wilson Hebert

Um “cala boca” – O governo Sergio Cabral não vinha mal, principalmente se comparado à governos anteriores do Rio de Janeiro, mesmo com o atual tendo seus problemas. Mas a confusão em torno da merreca salarial dos bombeiros foi derradeira. Ele derrapou na merda.

Se antes não davam valor aos servidores públicos do Estado, isso mostra um grande ponto negativo dos seus antecessores. E isso não pode (e não deve) servir como justificativa para o governador atual se manter nesse erro. Incrivelmente, ele usou isso como argumento na sua coletiva após a prisão dos bombeiros manifestantes. Se este autor não estivesse em semana de prova, essa fala entraria na pérola do “Rapidinhas”, até porque ele já está no Palácio da Guanabara há cinco anos, praticamente.

Mas eu vejo que a prisão dos soldados do Corpo de Bombeiros foi ainda pior. Foi um cala a boca. E foi também o fiel retrato de que a máquina pública sempre é usada para que os governantes não sejam “incomodados”. Colocar o BOPE para enfrentar seus companheiros militares foi indigno, vergonhoso. Os bombeiros não estavam colocando a paz da sociedade a periga para justificar a ação dos “policiais de preto”, fazendo lembrar outra invasão, a do Complexo do Alemão.

E por falar nessa invasão do complexo de favelas da Penha, bairro suburbano do Rio de Janeiro, lembraremos também que inúmeros bandidos (de verdade) fugiram, correram, não foram presos. Livres também estão outros bandidos, os que usam gravatas. E roubam a vontade.

Portanto, esse cala a boca não serviu pra nada. Não calou a boca de ninguém. Só fez boa parte da população perceber que a exaltação a esse governador pode ser algo perigoso. Pode ser a criação de um monstro. Sendo assim, só resta torcer para que esse fato seja lembrado ano que vem, época de eleições pra prefeito. E em 2014, quando elegeremos outro governador.

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Deu Samba: Vôlei de praia brasileiro. Juliana e Larissa, no tie-break, de forma heróica, venceram as americanas May e Walsh por 2 sets a 1 e conquistaram o Mundial de Vôlei de Praia, disputado em Roma, na Itália. Parabéns a dupla brasileira!

Troféu Framboesa: Luxemburgo, Ronaldinho Gaúcho e Patrícia Amorim. Enganaram durante o Estadual e agora, no Brasileirão, estão mostrando sua capacidade (sic). O técnico não consegue arrumar o time. O jogador não consegue jogar. E a presidente não consegue contratar. Eles querem ser campeões brasileiros?

Troféu Pinóquio: “Estou disposto a travar essa luta junto com vocês.” José Dirceu manifestando apóio aos blogueiros esquerdistas na briga contra a mídia de massa. Pena que ele não possa ajudar na briga contra a corrupção...

Vergonha Alheia: Autoridades de São Paulo. O prefeito, Gilberto Kassab, está brigando com todo mundo pra formar seu novo partido. As brigas geram dúvidas até quando a veracidade. E esse novo partido está doido pra colocar a boca nas tetas do governo federal, cujo qual Kassab sempre criticou e foi contra. Já Geraldo Alckmin, governador paulista, faz de conta que a Copa de 2014 nem é com ele...

Orgulho Alheio: Time do São Paulo. Pode não estar jogando bem, como todos do Campeonato Brasileiro, mas está sendo o mais eficiente. É líder com cinco vitórias em cinco jogos. Precisa mais?

É pra rir ou pra chorar? Ronaldinho Gaúcho, o astro do Flamengo, tem chegado da balada às 5 da manhã. Não quiseram contratar o Adriano por qual motivo mesmo?

Não me diga: “Vou estar no primeiro jogo da Copa em Natal”. Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Essa Copa com certeza está representando um “presente de Natal” para o chefão do futebol brasileiro.

Sei: “Tenho consciência do que estou fazendo”. Adilson Batista, técnico do Atlético-PR, que ocupa a penúltima posição com quatro derrotas em cinco jogos.

Pérola: “O Kleber no Flamengo disputaria vaga”. Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras. Disputar vaga com quem?

Moeda de Ouro: Canon, fabricante de máquinas fotográficas. Numa inovação, a empresa lançou uma nova forma de divulgação. Para abrir a mente dos usuários quanto às suas câmeras a prova d’água, foi criado um adesivo em forma de máquina para ser colado em pias de banheiros públicos (academia, shopping, restaurante...) onde o buraco do ralo é exatamente a lente da câmera. O adesivo também traz a mensagem: “tire fotos embaixo da água”.

Moeda de... Uma simples moeda: “Mamonas Pra Sempre”. O documentarista Claudio Khans brinda os fãs do ‘Mamonas Assassinas’, banda de rock irreverente dos anos 90 que fez bastante sucesso no Brasil. Mas a produção servirá apenas para relembrar o bom humor de Dinho e Cia. e mostrar para a nova geração o que foi banda. Só isso. Não terá nenhuma revelação e nem material novo.

Moeda que ninguém quer: Universidade Estácio de Sá. Na verdade isso é um desabafo. A Estácio vem aplicando um método de estudo através das matérias onlines. Nelas, o aluno não tem contato presencial com o professor, fica preso a participar de fóruns via internet, que no final das contas, só servem como migalhas de pontos, além de ser obrigado a lidar com textos intermináveis, prolixos e confusos. Se esse for o caminho do ensino no futuro, estamos f...!

Wilson Hebert - Rapidinhas da Semana

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