GP da Bélgica foi decepcionante para os brasileiros, mas não para Sebastian Vettel
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automobilismo
Por Leandrus
Sebastian Vettel voltou. O alemão venceu o GP da Bélgica, calou a boca dos precipitados que duvidavam por seu talento por não ter subido ao lugar mais alto do pódio nas últimas três corridas e, agora 92 pontos a frente do 2º colocado, deu mais um grande passo ao título. Sua performance foi excelente: tomou cuidado com os pneus no início da prova e soube ser soberano quando lutou pela liderança com Nico Rosberg e Fernando Alonso, além de ter se mantido na ponta com tranquilidade quando isso foi possível. Uma atuação de gente grande, típica de quem se sobressai no mítico circuito de Spa.
Porém, Vettel não foi o destaque único da prova na Bélgica. Jenson Button, por exemplo, foi assombroso. Sua atuação, sobretudo após a saída do safety car, que proporcionou uma série de ultrapassagens extremamente bem calculadas e impressionantemente limpas, foi de encher os olhos. Seu 3º lugar, após ter largado num decepcionante 13º posto, foi muito merecido e ratificou ainda mais sua condição de ser um especialista em se sobressair em situações desfavoráveis.
Michael Schumacher foi outro que se saiu bem demais. Arrisco-me a dizer que foi sua melhor corrida após desistir da aposentadoria. Afinal, além de ter feito belíssima prova de recuperação após ter largado em último, chegou na 5ª posição graças a uma ultrapassagem em Rosberg nas últimas voltas – e eu sinceramente não me lembro de outras ocasiões em que o heptacampeão superou seu companheiro com ultrapassagens na pista, o que dá um brilho ainda maior ao seu resultado.
Outro a fazer grande prova foi Fernando Alonso. Pela sua exibição na primeira parte da corrida, mais exatamente até o safety car entrar na pista, era quem mais brilhava, sendo extremamente combativo e chegando até a liderança após ter largado num tímido 8º lugar. Porém, seu desempenho caiu na segunda metade do GP, seu carro não lidou muito bem com os pneus e o espanhol perdeu seu lugar no pódio ao ser ultrapassado por Button já no final da prova. Uma pena, pois merecia mais permanecer entre os 3 primeiros do que o eficiente mas sem sal Mark Webber (embora este tenha feito uma ultrapassagem no próprio Alonso de tirar o fôlego na Eau Rouge). De qualquer forma, foi bem demais e mais uma vez deu um banho em Felipe Massa.
Massa. Ele foi um dos pontos negativos da prova. Mostrou todos os seus antigos defeitos e causou irritação até mesmo àqueles que sempre o defendem. Enquanto todos os outros pilotos de equipes grandes superaram Rosberg, Felipe ficou a prova inteira encaixotado atrás do alemão e, como vem sendo comum durante o ano, prejudicou sua corrida toda por isso. Porém, a imagem sintomática ocorreu ainda no início do GP: Massa tentou ultrapassar Nico e não conseguiu; de quebra, no meio de suas infrutíferas tentativas, foi ultrapassado de uma vez só por Alonso e Hamilton, que logo bateram o filho de Keke. Ali ficou claro que está muito abaixo dos pilotos das outras três equipes grandes, uma situação que está desde o ano passado para reverter – sem sucesso, como mostram os resultados.
Falando em brasileiros, falemos de Bruno Senna, 13º colocado. Infelizmente, após o exuberante treino feito no sábado, jogou tudo a perder na largada de hoje. Mostrando resquícios da afobação típica de seus tempos de GP2, animou-se com a possibilidade de ultrapassar Webber na largada e acabou perdendo o ponto de freada, acabando com duas promissoras corridas: a sua, pois teve de trocar o bico nos boxes e ainda pagar um drive through, e a de Jaime Alguersuari. O sobrinho de Ayrton Senna deveria ter sido mais cauteloso, ainda mais sabendo que as partidas em Spa geralmente causam algum tipo de confusão. Seu fim de semana não deixou uma má impressão, mas ficou a sensação de que poderia ter alcançado algo melhor, ainda mais ao ver Vitaly Petrov escapar dos acidentes e terminar em 9º.
Falando em cautela, o que dizer do acidente que tirou Lewis Hamilton da corrida? Digo que ele deveria ter sido mais cauteloso ao tentar, sem sucesso, fechar Kamui Kobayashi. É verdade que o japonês não deu muito espaço para alguma manobra do piloto da McLaren, mas o inglês, ao meu ver, calculou muito mal a sua fechada. Porém, não creio que fosse necessário punir Koba, algo que Nigel Mansell, comissário da corrida hoje, optou por fazer, já que pareceu se tratar de um acidente de corrida. De qualquer forma, algo muito ruim para os dois, ainda mais porque Hamilton não conquistou ponto algum e caiu para a 5ª colocação na classificação geral.
Quanto aos outros pilotos, aplausos a Adrian Sutil, que conseguiu um bom 7º lugar, e a Pastor Maldonado, que fez boa prova de recuperação e conquistou seu primeiro ponto na F-1 ao chegar em 10º, depois de ter largado em 21º. Um ponto que deveria ter sido somado àqueles que perdeu em Monaco, ao ser estupidamente atingido por Hamilton, e que talvez até o deixassem a frente de Rubens Barrichello na pontuação – este, aliás, também fez uma prova para ser esquecida, pois terminou apenas em 16º. Esta corrida, no entanto, não é para ser esquecida por nós, fãs de automobilismo, já que ela foi repleta de emoção. É verdade que a combinação asa móvel + KERS + pneus malucos ajudou, mas o fato dela ser disputada num circuito que permite disputas a vontade ajudou demais o espetáculo. E ainda querem tirar ela do calendário da categoria...
Porém, Vettel não foi o destaque único da prova na Bélgica. Jenson Button, por exemplo, foi assombroso. Sua atuação, sobretudo após a saída do safety car, que proporcionou uma série de ultrapassagens extremamente bem calculadas e impressionantemente limpas, foi de encher os olhos. Seu 3º lugar, após ter largado num decepcionante 13º posto, foi muito merecido e ratificou ainda mais sua condição de ser um especialista em se sobressair em situações desfavoráveis.
Michael Schumacher foi outro que se saiu bem demais. Arrisco-me a dizer que foi sua melhor corrida após desistir da aposentadoria. Afinal, além de ter feito belíssima prova de recuperação após ter largado em último, chegou na 5ª posição graças a uma ultrapassagem em Rosberg nas últimas voltas – e eu sinceramente não me lembro de outras ocasiões em que o heptacampeão superou seu companheiro com ultrapassagens na pista, o que dá um brilho ainda maior ao seu resultado.
Outro a fazer grande prova foi Fernando Alonso. Pela sua exibição na primeira parte da corrida, mais exatamente até o safety car entrar na pista, era quem mais brilhava, sendo extremamente combativo e chegando até a liderança após ter largado num tímido 8º lugar. Porém, seu desempenho caiu na segunda metade do GP, seu carro não lidou muito bem com os pneus e o espanhol perdeu seu lugar no pódio ao ser ultrapassado por Button já no final da prova. Uma pena, pois merecia mais permanecer entre os 3 primeiros do que o eficiente mas sem sal Mark Webber (embora este tenha feito uma ultrapassagem no próprio Alonso de tirar o fôlego na Eau Rouge). De qualquer forma, foi bem demais e mais uma vez deu um banho em Felipe Massa.
Massa. Ele foi um dos pontos negativos da prova. Mostrou todos os seus antigos defeitos e causou irritação até mesmo àqueles que sempre o defendem. Enquanto todos os outros pilotos de equipes grandes superaram Rosberg, Felipe ficou a prova inteira encaixotado atrás do alemão e, como vem sendo comum durante o ano, prejudicou sua corrida toda por isso. Porém, a imagem sintomática ocorreu ainda no início do GP: Massa tentou ultrapassar Nico e não conseguiu; de quebra, no meio de suas infrutíferas tentativas, foi ultrapassado de uma vez só por Alonso e Hamilton, que logo bateram o filho de Keke. Ali ficou claro que está muito abaixo dos pilotos das outras três equipes grandes, uma situação que está desde o ano passado para reverter – sem sucesso, como mostram os resultados.
Falando em brasileiros, falemos de Bruno Senna, 13º colocado. Infelizmente, após o exuberante treino feito no sábado, jogou tudo a perder na largada de hoje. Mostrando resquícios da afobação típica de seus tempos de GP2, animou-se com a possibilidade de ultrapassar Webber na largada e acabou perdendo o ponto de freada, acabando com duas promissoras corridas: a sua, pois teve de trocar o bico nos boxes e ainda pagar um drive through, e a de Jaime Alguersuari. O sobrinho de Ayrton Senna deveria ter sido mais cauteloso, ainda mais sabendo que as partidas em Spa geralmente causam algum tipo de confusão. Seu fim de semana não deixou uma má impressão, mas ficou a sensação de que poderia ter alcançado algo melhor, ainda mais ao ver Vitaly Petrov escapar dos acidentes e terminar em 9º.
Falando em cautela, o que dizer do acidente que tirou Lewis Hamilton da corrida? Digo que ele deveria ter sido mais cauteloso ao tentar, sem sucesso, fechar Kamui Kobayashi. É verdade que o japonês não deu muito espaço para alguma manobra do piloto da McLaren, mas o inglês, ao meu ver, calculou muito mal a sua fechada. Porém, não creio que fosse necessário punir Koba, algo que Nigel Mansell, comissário da corrida hoje, optou por fazer, já que pareceu se tratar de um acidente de corrida. De qualquer forma, algo muito ruim para os dois, ainda mais porque Hamilton não conquistou ponto algum e caiu para a 5ª colocação na classificação geral.
Quanto aos outros pilotos, aplausos a Adrian Sutil, que conseguiu um bom 7º lugar, e a Pastor Maldonado, que fez boa prova de recuperação e conquistou seu primeiro ponto na F-1 ao chegar em 10º, depois de ter largado em 21º. Um ponto que deveria ter sido somado àqueles que perdeu em Monaco, ao ser estupidamente atingido por Hamilton, e que talvez até o deixassem a frente de Rubens Barrichello na pontuação – este, aliás, também fez uma prova para ser esquecida, pois terminou apenas em 16º. Esta corrida, no entanto, não é para ser esquecida por nós, fãs de automobilismo, já que ela foi repleta de emoção. É verdade que a combinação asa móvel + KERS + pneus malucos ajudou, mas o fato dela ser disputada num circuito que permite disputas a vontade ajudou demais o espetáculo. E ainda querem tirar ela do calendário da categoria...
Leandrus - Automobilismo
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