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O que importa é a vitória


Evidentemente o comportamento do técnico da Seleção Brasileira na entrevista coletiva não foi a mais apropriada. Não há como justificar o fato de Dunga ter disparado palavras de ofensas contra um jornalista e/ou a imprensa. Mas vamos com calma.

Do outro lado dessa batalha (que agora ganhou o reforço da Rede Globo) não existe nenhum santinho. Os profissionais da opinião pública estão insatisfeitos com a barreira sendo imposta na cobertura do Brasil. Estão sendo impedidos de assistirem aos treinamentos, estão tendo pedidos de exclusivas sendo negados. Isso pra quem precisa publicar notícias mais aprofundadas é a “morte”. Então apelam para o temperamento de Dunga.

Falar ao telefone durante uma coletiva nunca foi algo normal. É até uma falta de respeito. E pelo que se sabe, ninguém viu como foi a reação de Alex Escobar ao ser questionado sobre sua negação com a cabeça. Seria impossível ele ter provocado o já nervoso Dunga para publicar algo de relevante na quase inútil entrevista coletiva?

E como brasileiro, a reação é apenas de lamentação. Após o fracasso de 2006, onde a própria imprensa reconheceu que houve bagunça e acesso exagerado, a tentativa de organização, seriedade e concentração nesse ano vem sendo atacado, mesmo com uma boa campanha desde 2007.

Mas o que realmente importa é a vitoria de ontem...

Como dito (e pedido) no post após a vitória contra a Coréia do Norte, a postura foi outra. O Brasil quis jogo, quis atacar, quis chutar, quis fazer gol. Ainda não atingimos aquilo que pode ser apontado como ideal, mas evoluímos muito.

Kaká jogou mais solto, Luis Fabiano (o nome da partida) jogou mais confiante. O coletivo cresceu e a individualidade apareceu. A Seleção mostrou sua verdadeira cara, de vencedora, de superior.

E a Costa do Marfim, por sua vez, decepcionou. Sendo apontada como a mais forte dentre as africanas, mostrou uma fraqueza maior até que a dita mais fraca, África do Sul. No momento da derrota, se portou como “time pequeno” e só se preocupou em bater. Foram duro no Elano, no Michel Bastos e provocaram Kaká – que foi expulso por total falta de esperteza.

Mas o que fica como recado é que o trabalho vem sendo feito e a conquista vem sendo perseguida a todo custo. Pode ser que não haja a preocupação em agradar quem tem o poder do microfone, ou do papel. Mas dentro do bom senso, temos que enaltecer a vitória brasileira e não a falta de afago com a imprensa, que também não dá uma trégua a Dunga.

Um comentário:

CÉLIO AQUINO disse...

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