Por Wilson Hebert
O ano começou bastante complicado pro torcedor vascaíno. Na Taça Guanabara, deflagrava-se a má vontade dos jogadores com o treinador Paulo Cesar Gusmão, já que o time estava sendo derrotado jogo após jogo, claramente num ato de corpo-mole. No campo político, Fernando Horta, aquele que poderia ser uma solução interessante, anunciou desistência de concorrer nas eleições deste ano. Lado positivo: seria ele o candidato do Eurico (que já tem outro: Pedro Valente).
Com a chegada de Ricardo Gomes, o elenco, assim como as arquibancadas de São Januário, ganhou nova cara. O pintor-treinador deu o retoque que faltava para o time voltar a vencer. O Ameriquinha que o diga. Sofreu as conseqüências de forma pesada, com nove tentos contra.
No embalo, a Taça Rio surge como oportunidade para o Gigante da Colina voltar a almejar algo e conquistar de fato. Sim, com o verbo no presente mesmo: surge e não surgia.
Essa derrota na estréia contra o Macaé foi apenas a primeira sob o comando de Ricardo. Se virão outras, não dá pra saber, mas o fato é que o ex-comandante do São Paulo começou bem seu trabalho – principalmente no sentido de recuperar a auto-estima dos atletas – e por isso merece seus devidos créditos.
Outro acontecimento que agitou bastante as paginas de notícias cruzmaltinas foi a chegada do meia (ou atacante!?) Diego Souza. O que causa estranheza é a forma como foi recebido: parecendo até a chegada de um craque. E não foi o caso. Bom jogador, no máximo. Quando quer. Esse é o problema.
Carlos Alberto, que também protagonizou alguns fatos no recente e até então desastroso ano de 2011, foi praticamente chutado da Colina por indisciplina, preguiça e uso excessivo ‘dos chinelos’. Diego, que chega para ser o substituto do ex-capitão, também possui essas características. O que não renega a qualidade que possui.
Mais uma tarefa para Ricardo Gomes. Fazer o ex-Atlético-MG jogar o que sabe e não permitir que ele esconda seu futebol como aconteceu no segundo turno do Brasileirão 2009 pelo Palmeiras e no ano de 2010 pelo Galo. Essa preocupação é até maior, pois, pelo que se sabe, seu salário não será nenhum conforto para quem paga. Então sua resposta precisa ser confortante para quem torce e assiste.
Wilson Hebert – Assuntos gerias
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