Por Efraim Fernandes
Quando a crítica caiu em cima de Michael Bay dizendo que o segundo filme da franquia de Transformers era fraco, a produção garantiu ter aprendido com os erros. Até os atores mostraram o descontentamento com a seqüência. Shia Labeouf, a quem dá todo o gás nas cenas em que aparece, disse que A Vingança dos Derrotados era uma verdadeira bosta.
Mas amigos, por favor, todos de pé e saúdem Ehren Kruger, que atua como roteirista, e o senhor explode-explode diretor por simplesmente fazer desse capítulo o mais impactante da trilogia. E não só visualmente, mas por manterem uma narrativa que envolve segredos de estado, conspiração e remonta um pouco do passado dos seres autômatos de Cybertron.
Sabe a expressão ‘briga de cachorro grande’? Pois bem, os efeitos em CG proporcionam exatamente isso, principalmente nas cenas finais de ação, como de praxe. Não é à toa que os Bayformers foram a maior bilheteria do ano e só no primeiro dia arrecadou 62 milhões de verdinhas americanas.
O filme segue com Sam na busca do primeiro emprego depois que se formou na faculdade. Bom... Vida nova, namorada nova. Megan Fox que quase não faz falta sai para entrada de Rosie Huntington-Whiteley, interpretando Carly. Uma gostosa por outra, nada mais justo!
Aqui a narrativa amarra os destinos mais uma vez de humanos e os autômatos. Os acontecimentos históricos da corrida espacial das décadas de 50 e 60 desencadeiam uma conspiração que está intimamente ligada à guerra civil entre os robôs.
E para ajudar esse desenrolar de tema ‘cabeça’, tome-lhe um elenco de peso, uma verdadeira vitrine que expõe os momentos tragicômicos. Frances McDormand como a fodona que sabe todos os segredos governamentais; Ken Jeong (o asiático peladão que sai da mala do carro em Se Beber, Não Case) com suas caretas não passa de uma mera peça obrigada a trabalhar para os Decepticons. Completando, Patrick Dempsey, o clichê milionário playboy de olho gordo na gostosa da vez, mas que se revela mais do que aparenta. E por último, o que menos (ou não) acrescenta à história, a personagem de John Malkovich, o chefe de Labeouf, com os devidos transtornos obsessivos.
Por conter tantos ‘detalhes profundos’ o espectador pode se cansar com o remontar histórico. Mas as intrigas, reviravoltas e alívios cômicos ajudam a confeitar o bolo que tem como sabor a ação com explosões e computação gráfica, um passo além dos filmes anteriores. Ou seja, o que Bay sabe fazer de melhor é tudo aqui elevado a um grande potencial como nunca fizera antes.
O resultado ao longo da fita é a fórmula densa com todos os elementos que honram um filme pipoca aliadas ao roteiro em que muito se fala e talvez enfadonha o espectador pela ‘riqueza de detalhes’. Até que Michael Bay se faz valer no que sabe de melhor: Destruição!
Chicago foi simplesmente aniquilada, quase riscada do mapa com tantas baixas humanas e prédios postos à baixo, em cenas que os efeitos visuais podem honrar essa como a referencia mor do diretor pirotécnico. Shia correndo em meio a explosões reais na cidade são parte significativa do que faz a franquia ser o que é.
Transformers - O Lado Oculto da Lua seguramente encerra com chave de ouro a trilogia por ser o motivo primário das pessoas irem ao cinema: Entretenimento!
Mas fica aqui uma observação de nerd chato: de acordo com o segundo filme só um Prime pode derrotar o Fallen. E Megatron praticamente derrota Sentinel Prime ao final do terceiro filme. Partindo dessa premissa, era pra Megatron ter dominado o planeta. Mas não nos esqueçamos que os humanos são quem chutam o traseiro metálico de Megatron no segundo filme... Ociosidade é uma droga!
Nota 8,5. Explosão Áudio-Visual!
Efraim Fernandes – Cinema
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Um comentário:
A riqueza de detalhes proporcionada pelo 3D, desta vez, chegou a magnitude ao que foi Avatar. Foi 10!
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