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Lições da disputa de terceiro lugar


Nessa véspera de final da Copa do Mundo 2010, vimos um bom jogo, com quantidade de gols (que parece ser o que realmente agrada). Alemanha 3x2 Uruguai, na visão deste blogueiro, não conta apenas a história de mais uma vitória alemã em contrapartida a mais uma derrota uruguaia. Menos ainda se limita a uma – com pouca importância – disputa de terceiro lugar. Vamos por parte.

Desde que terminamos o especial “Blogosfera na África” e começamos a publicar crônicas sobre a maior competição de futebol do planeta, ficou muito clara aos nossos leitores a preferência (e até mesmo uma acalorada torcida) para os sulamericanos nesse Mundial. E isso foi se intensificando à medida que essas seleções alcançavam bons resultados. Pois bem, assim continuou sendo na tarde (no horário de Brasília) deste sábado.

E tomando partido da visão de um “torcedor derrotado”, este que vos escreve não viu o término do jogo como algo a se lamentar, para baixar a cabeça. Muito pelo contrário. Num primeiro ponto, mostrou que até mesmo com fiascos de Brasil e Argentina, a parte sul do continente americano pode muito mais do que os apostadores poderiam imaginar antes de começado os jogos. Foram times que incomodaram, jogaram bem, se impuseram e conseguiram a proeza de se classificar com um alto porcentual de aproveitamento – até mesmo superior aos dos europeus em conjunto. É para se comemorar!

O segundo ponto é mais específico a Seleção Celeste. Será que alguém acha mesmo que a derrota para (escrevendo isso em mais um post) o melhor time da Copa do Mundo – pelo que jogou – deixou a população vizinha do Rio Grande do Sul triste? Óbvio que não. Eles renasceram para o futebol, definitivamente. E não foi só isso.

Para quem achava que aquele pequeno país, com modesta população, estava perdendo o poder de formar craques, isso foi desmentido na África do Sul. Forlán merece, pelo menos, figurar entre os tops craques da competição, assim como o centroavante do time, Luis Suarez, tem que estar entre as (boas) revelações. E não mereceu as vaias recebidas no jogo, que deveriam ser endereçadas a Gyan, de Gana, que perdeu o pênalti e a chance de classificar sua seleção.

Mas voltando ao Uruguai. É assim que todo bom torcedor latino-americano de futebol tem que querer. Com as tradicionais seleções em plena forma e as outras mostrando um bom futebol, a força do continente (com o perdão do ‘continentismo’) só tende a aumentar.

Parabéns á América do Sul! Parabéns e seja bem vindo ao hall da fama, Uruguai!

Alemanha entrou na era pós-moderna do futebol


O seguinte conceito foi criado nessa Copa 2010: as escolas de futebol dos diferentes países possuem um obstáculo a vencerem que nenhum país ainda venceu por completo – a globalização futebolística.

Lógico que cada escola possui suas características e isso deve ser respeitado e até preservado caso sejam positivas. Mas está na hora de cada um começar a ser humilde e olhar o vizinho (ou ate o mais longe) e ver o que eles possuem de bom, o que "do outro" pode ser adaptado para melhorar a si.

Nesse obstáculo a ser vencido, a Alemanha disparou na frente. Não dá para saber se foi apenas por observar os sulamericanos, mas é fato que eles adquiriram algumas características latinas. Tornaram a parte do meio pra frente do seu time mais leve, mais gingada, mais rápida. Aliaram esse dinamismo e rapidez ao seu sempre eficiente toque de bola. Ai vem o que esse blogueiro costuma chamar de necessidade absoluta: eles não mudaram, apenas aceitaram outras virtudes e aliaram com as suas, alcançando a evolução.

No futebol hoje não vence quem apenas joga bem. Isso é coisa do passado. Os profissionais tem que esquecer essa coisa de "fazer o feijão com arroz", "fazer o seu puro e simples", mas também isso não é uma defesa a invenção das “pardalices”. É preciso estudar os outros e puxar algo que compense, que valha a pena. Tem que observar, analisar… Tem que evoluir!

Mesmo com a Alemanha não sendo campeã (porque o futebol tem acidentes), desde já parabenizo o time e seu comandante – Joachim Low – por ter alcançado a era "pós-moderna" do futebol.

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