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Entenda o funcionamento de um carro de Fórmula 1


Por Andre Marques

Galera do blog Futebol & Variedades, aqui estou eu. Apresentação já feita, vocês me conheceram um pouco e agora é minha vez de trabalhar um pouquinho.

Pensei, repensei, e acabei por aceitar a idéia de desenvolver aqui no blog uma coluna com o mesmo tema da que desenvolvo na Revista Doentes por Futebol, pois além da repercussão ter sido muito boa, ajudou muita gente a entender um pouco mais sobre o projeto de um carro de F-1. E nada melhor do que começar com uma primeira postagem bem interessante pra galera realmente curtir e voltar sempre, não é mesmo?! Então vamos lá, vou começar quase da mesma forma que comecei na Revista DPF.

Tentarei explicar de maneira bem simples e bem fácil, que um carro de F1 é projetado de forma a ser um "meio" Tubo de Venturi. Antes de começarmos as explicações em si, vamos ver o que é um Tubo de Venturi.

Do Wikipedia: "O tubo de Venturi é um aparato criado por Giovanni Battista Venturi para medir a velocidade do escoamento e a vazão de um líquido incompressível através da variação da pressão durante a passagem deste líquido por um tubo de seção mais larga e depois por outro de seção mais estreita. Este efeito é explicado pelo princípio de Bernoulli e no princípio da continuidade da massa. Se um fluxo fluido é constante, mas a secção diminui necessariamente, a velocidade aumenta. Para o teorema a conservação da energia, se a energia cinética aumenta, a energia determinada pelo valor da pressão diminui necessariamente." E o mesmo tem o seguinte formato:


Quando o Galvão Bueno fala que um carro de F1 é uma asa invertida, por incrível que pareça, ele não está falando as asneiras costumeiras. Veremos porque:

O formato da asa faz com que o ar que passe por cima dela tenha uma velocidade maior que o ar que passa embaixo. Isso acontece porque a parte de cima é curva, aumentando a distância percorrida pelo ar e conseqüentemente sua velocidade. Utilizando o princípio de Bernoulli temos que, sendo a velocidade do ar (fluido) maior na parte de cima da asa, a pressão é menor, e na parte de baixo, como a velocidade do ar é menor, a pressão é maior. Desta diferença de pressão surge a força de sustentação do avião.

Tente imaginar agora, uma asa de avião em sentido contrário. Ela faria com que o avião fosse jogado cada vez mais contra o solo. E é assim que o carro tem sua eficiência aerodinâmica, pois ele terá mais tração, e terá mais aderência nas curvas, por isso a importância do estudo aerodinâmico em túnel de vento de um projeto de F1.

Eis o esquema de uma asa:


A parte superior da carenagem funcionaria como a parte superior da asa invertida, só que se assim fosse, a área que o ar percorreria seria maior que a parte de baixo. Então, há de se fazer com que o ar da parte de baixo do carro passe mais rápido que a parte de cima, pra fazer funcionar o princípio da asa. Então reparem que os carros de F-1 tem o desenho do assoalho da seguinte forma:


Reparem que o assoalho do carro é um meio Tubo de Venturi, como eu havia comentado anteriormente e como mostra a linha vermelha, sendo a parte da frente o bico, a parte de baixo o assoalho propriamente dito e a parte de trás os extratores, ou como o Galvão convencionou chamar esse ano, os difusores.

O ar que passa por baixo do carro, é direcionado pra baixo pelo bico, sofrendo um amento de pressão e velocidade. Passa pelo assoalho com uma grande velocidade e pressão, e vai sair pelo extrator quando se expande, fazendo com que o ar que passe por esse "ciclo" tenha uma velocidade muito maior que o ar que passa por cima da carenagem, fazendo assim funcionar o princípio da asa e dando assim a eficiência aerodinâmica.

A suspensão do carro tem uma função importante nesse aspecto todo, pois quanto menos variar a altura do carro, menor vai ser a influência nesse fluxo de ar que passa por baixo do automóvel, fazendo com que o carro seja mais eficiente. Então, quanto melhor a suspensão, menos ela faz o carro oscilar, e o carro oscilando pouco, a altura será pouco alterada. Por isso os carros com suspensão ativa eram extremamente bons, porque a altura deles quase não variava.


Escreveu Andre Marques

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