health

[cinema][bleft]

Technology

business posts

Sim. Técnico entra em campo.


Tantas foram as vezes que se ouviu – e se ouve – dizer que treinador não podia ser mais culpado que os jogadores por um momento ruim, ou mais elogiado por um momento bom, pois ele não entra em campo. Acontece que nos últimos cinco anos, o futebol brasileiro viu – e ainda está vendo – surgir um sujeito para desmentir tudo isso. Muricy Ramalho não treina apenas seus times. Ele comanda, se faz presente dentro de campo.

Já se tornou desnecessário falar que a sua qualidade, capacidade e competência numa disputa por pontos corridos se confirmou durante os três anos de São Paulo. Também não há necessidade em falar que no Brasileirão de 2005, não fosse a armação nos bastidores para que o Corinthians levasse o caneco (o então presidente Alberto Dualib reconheceu para quem quisesse ouvir), o Inter, de Muricy, seria o campeão. Era pra ele ter conquistado quatro vezes seguidas. Sim, é incrível!

O próprio Fluminense viu fenômeno parecido de técnico muito mais presente do que se imagina. O inferno, a terra e o céu rebaixavam o Tricolor quando faltavam apenas sete rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro do ano passado. Alguns torcedores, logo etiquetados de lunáticos, diziam crer na recuperação, mas com um tom totalmente desesperador. Eis que chegou Cuca e logo uma teoria se tornou verdade por parecer tão evidente: a diretoria acabava de escolher o comandante da Série B.

Bom, o que aconteceu todos vocês que acompanham futebol já sabem. Foi mais um momento em que, sendo o nosso time ou não, a gente respira fundo e fala: é, esse esporte é f...!

Esse estudante de jornalismo que vos escreve deve confessar aos senhores que, desde sempre, foi contrário a política adotada por Horcades e Unimed. Essa estratégia de usar o clube como vitrine, como ponte para marketing da empresa vendedora de planos de saúde. Essa equação de contratação sem critério, exageradamente absurda e ineficaz... Pois é, parece que tudo isso ficou pra traz. Não sabemos se eterna ou momentaneamente.

Com relação aos jogadores, temos três exemplos que protagonizaram a verdadeira volta por cima. Quem era Diguinho até tempos passados? Um volante displicente dentro de campo e baladeiro fora dele. Perseguido pela torcida. Quem era Mariano até tempos passados? Um lateral que não sabia marcar, muito menos atacar. Os torcedores o queriam fora das Laranjeiras o quanto antes. E o que dizer do goleiro Fernando Henrique? Nenhum problema com os apaixonados freqüentadores de arquibancada. Mas problema com os cartolas. Por algum motivo não esclarecido totalmente, foi barrado, largado de lado, fadado ao esquecimento.

Hoje, o Fluminense vê resultado nas contratações feitas. Não vê ingerência vindo de onde não deve quando o assunto é departamento de futebol. E, principalmente, não vê jogador com preguiça, perseguido ou jogando errado. O time está em sintonia, está jogando certo. Está na liderança. Está na boca do povo. Mas não, ninguém está rebaixando o Tricolor por antecedência. Todos estão se perguntando se já podemos colocar o Flu como favorito ao título. Definitivamente, Muricy Ramalhou entrou em campo.


Um comentário:

André Peixoto disse...

Excelente análise Wilson.

Muricy é o cara.
Ano passado quem era Fluminense? Um nada sendo dirigido por Parreira e cia. Agora, Muricy chegou o botou respeito no time, jogadores vivendo uma fase extraordinária, caso por exemplo, do Conca.

Fugindo do post...
Essa "gordurinha" do Fluminense me incomoda, principalmente quando do outro lado tem Muricy Ramalho.

Pergunta que não quer calar: Se fosse outro técnico, o Fluminense estaria tão bem quanto tá?

Abraço.