Por Wilson Hebert
Na tarde desta quinta-feira, um dia após o Timão ter batido em mais um rival nessa caminhada até o momento tranqüila na liderança, saiu a notícia que um dos principais jogadores do time, o atacante Liedson, havia se lesionado parando por um mês. Motivo de comemoração? Alento para os adversários? Lógico que não, até porque uma das forças dessa equipe é o elenco, o conjunto, a estrutura formada em torno dos titulares e reservas. Sai Liedson, mas entra Emerson Sheik.
Algumas equipes vêm demonstrando pontos fortes na competição. E não à toa, figuram entre os líderes. Vejamos:
O São Paulo, segundo colocado, tem no seu goleiro uma arma não apenas para defesas complicadas, mas também por exercer uma inquestionável liderança por duas situações que desprezam qualquer dúvida: é torcedor do clube mais do que quase todos os jogadores de futebol e está a vida toda no São Paulo. É uma figura que pode trazer tranqüilidade aos demais nos momentos complicados. E Ainda há uma das promessas do nosso futebol, que é o meia Lucas, responsável por um grandioso toque de qualidade na meia-cancha tricolor.
Já o Flamengo, que vem logo atrás em terceiro lugar, tem um meio campo fortíssimo, se não for o melhor do país. Tem um dos maiores ladrões de bolas desse Brasileirão (e o maior do ano passado), que é o Willians, o terror dos armadores. Mais a frente tem nada menos que Thiago Neves e Ronaldinho Gaucho, que só não se consagram mais nesse time pela falta de um centroavante (Deivid não consegue nunca ganhar ritmo de jogo, impressionante!).
O Palmeiras de Felipão, que fecha o G4, virou o ferrolho brasileiro. Após a goleada de 5x0 para o Coritiba, ainda na Copa do Brasil, o técnico pentacampeão com a Seleção parece ter dado uma bronca daquelas bem dadas. Hoje, 10 rodadas disputadas no Brasileirão, o time sofreu apenas seis gols. É a segunda defesa menos vazada.
Mas nenhum desses três times citados chega perto do Corinthians num quesito: o conjunto. Basta acompanhar uma partida da equipe (no caso desse blogueiro, o jogo analisado foi contra o Inter, no Pacaembu) para ver que a defesa, o meio-campo e o ataque jogam numa harmonia de dar inveja a qualquer torcedor, técnico ou jogador de outro time. Quando está sem a bola, todo mundo marca. E quando está com a bola, é uma rapidez, uma objetividade para se chegar ao gol que se o adversário não for esperto, só chega à própria área pra buscar a bola nos fundos da rede.
Portanto, mesmo sem o goleador Liedson, um ataque que provavelmente será formado por Jorge Henrique, William e Emerson Sheik tem que continuar tendo o mesmo respeito dos rivais e, principalmente, a mesma preocupação das zagas rivais, pois continua muito superior a qualquer outro ataque brasileiro.
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É porque foi o Kleber – Se fosse outro jogador a tomar a atitude que o 30 palmeirense tomou, as pessoas estariam reclamando como reclamaram na repercussão pós-jogo? Ou estariam justificando a atitude pela falta de companheirismo do Flamengo ao ficar retardando o jogo claramente satisfeito com o empate?
O enterro dos exemplos – Antes, as diretorias de Inter e São Paulo eram apontadas como exemplos. Só não sei de que... Falcão e Carpegiani perderam três jogos seguidos e foram mandados pra rua. O que esses clubes tem de diferente dos demais? E a demissão do ex-comentarista foi tão injusta como inúmeras que já vimos por aí...
Crise na torcida botafoguense – Por sinal, uma crise que dura há anos. Uma torcida que comparece pouco e quando dá as caras, vaia. Tudo bem vaiar um jogador por ter jogado mal, eles idolatram se jogar bem no próximo jogo. Mas vaiar o Caio Junior pedindo Cuca? O Renato mal chegou ao time e tem o Loco Abreu pra voltar... Porque não esperar o técnico terminar de fazer a omelete pra dizer se é boa ou não?
Wilson Hebert – Futebol Brasileiro
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2 comentários:
Parabéns, otima postagens...
Blog muito bem organizado...
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O maior problema da ausência do Liédson no Corinthians não vai ser falta de qualidade no substituto, mas sim o jeito do time.
O outro centro-avante do elenco do Timão, Adriano, ainda está longe de ter condições de jogo.
Um ataque com o William e Sheik (e Jorge Henrique e Alex) muda a cara do time do meio pra frente, e mudar o estilo de jogo de uma equipe que tem mais de 90% de aproveitamento nunca é legal.
Por isso acho que a ausência do Liédson é sim preocupante.
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