Enfim, Amauri na seleção.

No momento em que este atacante, quase naturalizado italiano, estava virando um consenso entre os torcedores brasileiros, sobre merecer uma vaga na seleção, o técnico Dunga resolve convocá-lo para o lugar de Luís Fabiano. E o amistoso, exatamente contra a Itália.

Vendo o desempenho e o aproveitamento do atacante da Juve, não há como achar normal que ele fique de fora da seleção. E não podemos aceitar como justificativa o fato dele ter atuado pouco em solo tupiniquim. Se os clubes do Brasil não possuem condições de segurar seus jogadores, esse é um outro problema, mas a convocação não pode servir de juízo sobre esse fato.

E sobre os selecionáves de Dunga, não vejo os que lá estão - para posição de atacante - como inferiores ao novo convocado, porém, muito se vinha reclamando sobre a falta de boas opções para o setor. Ao mesmo tempo, na Itália, Amauri vinha fazendo gols e chamando atenção, inclusive dos profissionais da seleção italiana. O técnico da Azzurra, Marcelo Lippi, chegou a declarar que gostaria de contar com o jogador, o que estava prestes a acontecer, já que a naturalização está à caminho, e consequentemente a possibilidade de convocação pela atual campeã do mundo. Portanto, aprovo este chamado de Dunga. Mas ainda é necessária a liberação da Juventus, já que a convocação aconteceu fora do prazo.

E para constar, também sou favorável a não-convocação dos jogadores que atuam no país e se encontram no início do trabalho. Trata-se de um amistoso, sem valor extraordinário e por outro lado, a preparação no início do ano é deveras importante para o bom andamento da equipe em toda a temporada. Por exemplo, o Ramires do Cruzeiro (que já está merecendo ser utilizado na seleção), poderia ser convocado e ficar na reserva, e mesmo com toda sua disposição demonstrada em campo, atrapalharia sua preparação junto à equipe cruzeirense, já que não escaparia da viagem desgastante.

No mais, é torcer para desempatarmos o confronto com esse nosso tradicional rival do futebol mundial.