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Caso Bruno: uma crítica aos julgadores


Bruno foi criado de uma forma particular, com ensinamentos e exemplos peculiares a serem seguidos. Formou sua própria moral (sistema de normas, princípios e valores que regula o comportamento individual e social dos homens), conduta e caráter. Tais características possuem um valor, um limite e uma leitura de acordo com vários fatores que vão da classe social pertencente à existência de base familiar. No caso do goleiro, possivelmente isso permaneceu travado, estagnado. Não cresceu.

Sua habilidade para o futebol, para o gol, lhe deu condições para o crescimento (profissional). Assim aconteceu. Atlético-MG, Corinthians, Flamengo. Times de massa, de importância e, sobretudo, de grande espaço na opinião pública - esportiva - do país.

No Rubronegro carioca vieram titularidade, conquistas, mídia, badalação, status, idolatria, reconhecimento, sucesso, fama. A fábrica do midiaticamente espetacular havia invadido sua vida. O que fazer? Aproveitar? Cada pessoa entende o “aproveito” de uma forma. Sua moral, conduta e caráter não cresceram. As festas e as aproximações com ‘mulheres’ sim.

Campeão brasileiro. Aumento de salário, contrato com empresa fornecedora de material esportivo, multiplicação da renda, carros importados, casa de luxo em condomínio na área nobre carioca, sítio em Minas Gerais, riqueza, poder, luxo. Tudo isso cresceu. Como diria Lulu Santos, “o bom é ser feliz e mais nada”. Aliado a isso, a sedução de uma possível transferência para o futebol europeu, disputa de uma Copa do Mundo, mais riqueza, mais poder, mais luxo... Os planos para engordar a conta bancária foram automaticamente elaborados. Os planos para engordar a moral, a conduta, e o caráter não.

Sendo assim, as conseqüências. Orgia, ‘mulheres’, diversão, ‘mulheres’, hábitos – questionáveis - sendo expostos através do disse-me-disse, ‘mulheres’. Gravidez indesejada. Obrigação de assumir um filho, um compromisso, uma responsabilidade... Uma ameaça a conta bancária (que ganhava planos para crescer). Como resolver tudo isso? A moral, a conduta e o caráter estagnados.

Mas toda essa guinada na vida de uma pessoa é muito rápida. Quase não há tempo para um processo de transição. O cara dorme pobre e acorda rico. E isso, independente do tipo de pessoa. A fortuna e o glamour não analisam o “quem é”, elas invadem.

Mas será mesmo que devemos depositar alguma culpa na instantaneidade da fama? Será que a mídia erra ao noticiar um novo famoso de forma cada vez mais rápida? Será que profissionais da comunicação pecam por cumprirem com uma exigência do mercado que é o “chegar na frente”? E a pergunta que realmente não querem calar esse blogueiro:

Por que quando vemos nos noticiários casos como o do goleiro Bruno, só são lembrados outros “famosos-emergentes” que, a exemplo do citado, cresceram na vida com a moral, a conduta e o caráter estagnados? “Famosos-emergentes” com associação ao tráfico de drogas. “Famosos-emergentes” com ficha criminal. “Famosos-emergentes” com assassinatos no “currículo”... E sempre o mesmo papinho mixuruca de sempre: “essa maldita fábrica do sucesso rápido não vale nada. Olha o que ela fez com esse coitado. O sucesso subiu á cabeça”.

Opa. A fábrica do sucesso rápido? Dois pesos e duas medidas? E os “famosos-emergentes” que passaram pelo mesmo processo e viraram grandes exemplos a serem seguidos? Tornaram-se nomes a serem eternamente lembrados? Aqueles que se tornaram até – vejam só – exemplos para a humanidade... E esses casos? Como ficam? A fábrica do sucesso rápido que os transformaram em pessoas do bem?

A sociedade na qual vivemos é heterogênea, meus caros. E os anônimos? Temos inúmeros com sua conta bancária modesta, porém, sua moral, conduta e caráter desenvolvidos. Andam dentro da lei. E temos aqueles que também possuem uma conta bancária modesta, mas tomam para si outro tipo de vida, outro código de conduta, outra forma de resolver seus problemas. Que curioso. Nenhum dos anônimos sofrem a desgraça provocada pela fábrica do sucesso rápido... Até mesmo se tiverem fortuna (cara de espanto).

Aos que já se acostumaram em colocar a culpa nesse bicho-papão chamado fábrica do sucesso rápido. Não sejam hipócritas. A culpa não está em causas externas, mas sim, dentro da pessoa. Ninguém chega a fama cru para receber um kit de moral, conduta e caráter. Cada um já possui o seu. Desde sempre. Desde o nascimento. Desde a criação. Desde os exemplos recebidos durante a infância. Desde a EDUCAÇÃO.

2 comentários:

Luís Felipe Barreiros disse...

Bruno deu uma bola muito fora.

Não tem explicação e nem desculpa para o que ele fez...

Abraço!
http://porforadogramado.blogspot.com/

Valdecy Alves disse...

Olá!

Leia artigo isento de sensacionalismo. Uma análise objetiva sobre o caso Bruno. Caso goste, divulgue e comente. Acessar em:

www.valdecyalves.blogspot.com