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Não caiam nas teorias da conspiração da F1


Por Leandrus

Todo mundo já deve saber da história, mas nunca é demais relembrar. Na última segunda, foi amplamente discutido no mundo da F1 o teor de uma das conversas de rádio entre Felipe Massa e Rob Smedley, seu engenheiro, durante o GP de Cingapura. Nela, Rob pedia ao brasileiro para “destruir a corrida de Hamilton”. Polêmico? Que nada. Para mim, tal revelação não faz com que eu mude de opinião sobre alguns dos acontecimentos daquela corrida.

Primeiramente, ao meu ver, as palavras de Smedley não dizem nada demais. Tudo o que ele queria dizer naquele momento é que Massa deveria dificultar ao máximo a vida de Hamilton a fim de que ele perdesse bastante tempo atrás do brasileiro e não pudesse alcançar Fernando Alonso depois, com quem o inglês briga pelo vice-campeonato. O engenheiro pode ter usado palavras muito fortes, mas quando contextualizamos a conversa é possível perceber que, no calor da corrida, tudo não passa de um incentivo a Felipe. Qualquer pensamento além desse, sinceramente, não passa de uma tola teoria da conspiração.

Tendo isso em mente, também é muito fácil perceber que Massa não foi maldoso, tampouco tentou provocar um incidente que tirasse Hamilton da prova. Felipe pode ter a discutível atitude de abrir passagem para companheiros de equipe (fato pelo qual, aliás, nem o culpo tanto), mas não me parece ter índole suficiente para tomar uma atitude tão extrema a ponto de até mesmo colocar a integridade física de seus companheiros de trabalho em risco. Então, tratemos de esquecer tal ideia também – por incrível que pareça, li relatos de pessoas que acreditam em tal hipótese, ao mesmo tempo em que a considero a mais absurda.

Por último, nada muda a interpretação do choque entre Massa e Hamilton, que resultou em um pneu furado daquele. O brasileiro não foi culpado pelo choque tampouco teve a intenção de causa-lo; simplesmente estava se defendendo como lhe foi recomendado. E Hamilton também não vira nenhum santo na história toda: embora deva sempre ser louvado por geralmente buscar ultrapassagens e não se contentar com pouco, errou sim ao ter sido muito afoito quando tentou ganhar a posição de Felipe de qualquer maneira, sabendo que poderia acabar com a corrida dos dois.

No final das contas, fica aqui uma recomendação: não caia em teorias da conspiração e assista a F1 da maneira como ela deve ser vista, como puro entretenimento. Tentar achar pelo em ovo enquanto devemos nos distrair assistindo corridas só nos traz irritação e torna um esporte algo muito enfadonho – o que ele não deve ser nunca.

Leandrus - Automobilismo

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