Por Leandrus
Se por um lado é incrível ver o domínio de Sebastian Vettel nas corridas em que vence, por outro é uma pena sempre vê-lo ganhar da forma mais tranquila possível, ao invés de lutar desesperadamente contra seus adversários e provar todo o seu talento. Tente se recordar das vitórias do atual campeão da F-1 e você se lembrará de que quase todas foram bem tranquilas, com ele dominando a prova de ponta a ponta sem quase ser incomodado. A história se repetiu na Turquia: o alemão venceu da forma mais sem graça possível, liderando praticamente todo o GP e estando sempre distante dos outros. Por sorte, essa não foi a tônica da corrida.
A corrida foi excelente, com muitas brigas do 2º colocado em diante. Talvez só não tenha sido melhor do que o GP da China por ter tido uma queda no final da prova, quando as ultrapassagens se tornaram um pouco mais raras. Porém, nem isso tirou o brilho da prova, que novamente foi muito movimentada graças a combinação pneus Pirelli + asa móvel + Kers. Não a toa, grande parte das ultrapassagens se deram graças à nova asa, ao mesmo tempo que a maioria dos pilotos tiveram de fazer quatro paradas. É de se elogiar, entretanto, o traçado turco, que sempre permitiu boas brigas. Será uma pena se esse circuito, que pode abandonar a F-1 nos próximos anos, devido ao fracasso de público, realmente deixar a F-1.
Voltando a falar dos pilotos, os outros que foram ao pódio mereceram acompanhar Vettel à premiação final. Mark Webber soube impor um ritmo forte quando necessário e, embora tenha estado longe de acompanhar seu companheiro de equipe, foi bem ao pressionar Fernando Alonso e assegurar a 2ª posição. Já o espanhol foi discreto, mas extremamente eficaz: soube fazer uma largada correta, aproveitou os problemas das McLarens e conseguiu assegurar a 3ª posição. Uma prova a la Alonso, andando no limite mas sabendo que não poderia se afobar tentando alcançar as RBRs. Porém, é necessário que se diga que o bicampeão mundial contou com o bom trabalho de sua equipe, ao contrário de Felipe Massa.
Em condições normais, Massa terminaria na 5ª posição e salvaria um fim de semana que tinha começado mal, com apenas o 10º posto no grid. Porém, três paradas ruins nos boxes - duas delas horrorosas - fizeram com que o brasileiro terminasse em 11º, fora da zona de pontuação. Um resultado injusto para quem foi bem agressivo desde o começo da prova e chegou a brigar de igual para igual com as McLarens. Os graves equívocos da Ferrari nas paradas do vice-campeão de 2008 acabam distorcendo a diferença de Massa para Alonso em 2011: afinal, os 17 pontos de diferença que o espanhol colocou em cima de seu companheiro na classificação geral não condizem com o que tem ocorrido nesse ano, já que Felipe tem andado bem próximo de Fernando. Só que o resultado final da prova de hoje, infelizmente, não mostra isso.
Ao contrário do que aconteceu com Massa, a prova proporcionou alguns bons resultados a outros pilotos. Nico Rosberg, que chegou em 5º, só deve reclamar por saber que poderia ter chegado mais a frente se seu carro tivesse um ritmo de prova melhor do que os da McLaren e da Ferrari. Nick Heidfeld, em 7º, e Vitaly Petrov, em 8º, premiaram os bons desempenhos que tiveram durante todo o fim de semana para conseguir mais uns pontos para a Lotus Renault.
Porém, quem merecem os aplausos são Sebastian Buemi e Kamui Kobayashi. Ambos largaram bem atrás, apostaram na arriscadíssima estratégia de parar apenas três vezes e ainda assim pontuaram - o suiço terminou em 9º, e o japonês, em 10º. Se o resultado foi bom para o piloto da Sauber, que largou no meio das Virgins e Hispanias, foi melhor ainda para o da Toro Rosso. Graças a mais dois pontos somados na Turquia, Buemi já abocanhou seis pontos nessa temporada, enquanto seu companheiro, Jaime Alguersuari, ainda está zerado. Sebastian parece ser menos talentoso que o espanhol, mas vem claramente se sobressaindo na briga dentro da escuderia, o que pode assegurar sua vaga na equipe no futuro - afinal, a equipe já deu o aviso de que Daniel Ricciardo pode entrar na vaga daquele que tiver o pior desempenho na STR.
E o parágrafo final não poderia deixar de ser para Michael Schumacher. O alemão, embora ainda longe de Nico Rosberg, até mostrava certa melhora nessa temporada. Porém, seu desempenho na Turquia foi horrível. Sem mostrar competitividade, ele, que chegou na 12ª posição, foi facilmente ultrapassado por qualquer um que o encontrasse pelo caminho. De quebra, ainda mostrou sua antiga deslealdade em algumas disputas ao dar uma fechada criminosa em Petrov ainda no começo da corrida - algo que só o prejudicou, pois teve que trocar o bico logo após o incidente. Como o GP da China do ano passado, o corrida na Turquia esse ano provou que os reflexos e a forma do heptacampeão mundial, infelizmente, não é mais a mesma. Quem perde com isso? Não é bem Schumacher, um dos maiores pilotos que passaram pela categoria. Quem perde é a Mercedes, que poderia ter alguém em um de seus carros com maior capacidade de trazer uns pontos a mais para a escuderia.
Leandrus - Automobilismo
A corrida foi excelente, com muitas brigas do 2º colocado em diante. Talvez só não tenha sido melhor do que o GP da China por ter tido uma queda no final da prova, quando as ultrapassagens se tornaram um pouco mais raras. Porém, nem isso tirou o brilho da prova, que novamente foi muito movimentada graças a combinação pneus Pirelli + asa móvel + Kers. Não a toa, grande parte das ultrapassagens se deram graças à nova asa, ao mesmo tempo que a maioria dos pilotos tiveram de fazer quatro paradas. É de se elogiar, entretanto, o traçado turco, que sempre permitiu boas brigas. Será uma pena se esse circuito, que pode abandonar a F-1 nos próximos anos, devido ao fracasso de público, realmente deixar a F-1.
Voltando a falar dos pilotos, os outros que foram ao pódio mereceram acompanhar Vettel à premiação final. Mark Webber soube impor um ritmo forte quando necessário e, embora tenha estado longe de acompanhar seu companheiro de equipe, foi bem ao pressionar Fernando Alonso e assegurar a 2ª posição. Já o espanhol foi discreto, mas extremamente eficaz: soube fazer uma largada correta, aproveitou os problemas das McLarens e conseguiu assegurar a 3ª posição. Uma prova a la Alonso, andando no limite mas sabendo que não poderia se afobar tentando alcançar as RBRs. Porém, é necessário que se diga que o bicampeão mundial contou com o bom trabalho de sua equipe, ao contrário de Felipe Massa.
Em condições normais, Massa terminaria na 5ª posição e salvaria um fim de semana que tinha começado mal, com apenas o 10º posto no grid. Porém, três paradas ruins nos boxes - duas delas horrorosas - fizeram com que o brasileiro terminasse em 11º, fora da zona de pontuação. Um resultado injusto para quem foi bem agressivo desde o começo da prova e chegou a brigar de igual para igual com as McLarens. Os graves equívocos da Ferrari nas paradas do vice-campeão de 2008 acabam distorcendo a diferença de Massa para Alonso em 2011: afinal, os 17 pontos de diferença que o espanhol colocou em cima de seu companheiro na classificação geral não condizem com o que tem ocorrido nesse ano, já que Felipe tem andado bem próximo de Fernando. Só que o resultado final da prova de hoje, infelizmente, não mostra isso.
Ao contrário do que aconteceu com Massa, a prova proporcionou alguns bons resultados a outros pilotos. Nico Rosberg, que chegou em 5º, só deve reclamar por saber que poderia ter chegado mais a frente se seu carro tivesse um ritmo de prova melhor do que os da McLaren e da Ferrari. Nick Heidfeld, em 7º, e Vitaly Petrov, em 8º, premiaram os bons desempenhos que tiveram durante todo o fim de semana para conseguir mais uns pontos para a Lotus Renault.
Porém, quem merecem os aplausos são Sebastian Buemi e Kamui Kobayashi. Ambos largaram bem atrás, apostaram na arriscadíssima estratégia de parar apenas três vezes e ainda assim pontuaram - o suiço terminou em 9º, e o japonês, em 10º. Se o resultado foi bom para o piloto da Sauber, que largou no meio das Virgins e Hispanias, foi melhor ainda para o da Toro Rosso. Graças a mais dois pontos somados na Turquia, Buemi já abocanhou seis pontos nessa temporada, enquanto seu companheiro, Jaime Alguersuari, ainda está zerado. Sebastian parece ser menos talentoso que o espanhol, mas vem claramente se sobressaindo na briga dentro da escuderia, o que pode assegurar sua vaga na equipe no futuro - afinal, a equipe já deu o aviso de que Daniel Ricciardo pode entrar na vaga daquele que tiver o pior desempenho na STR.
E o parágrafo final não poderia deixar de ser para Michael Schumacher. O alemão, embora ainda longe de Nico Rosberg, até mostrava certa melhora nessa temporada. Porém, seu desempenho na Turquia foi horrível. Sem mostrar competitividade, ele, que chegou na 12ª posição, foi facilmente ultrapassado por qualquer um que o encontrasse pelo caminho. De quebra, ainda mostrou sua antiga deslealdade em algumas disputas ao dar uma fechada criminosa em Petrov ainda no começo da corrida - algo que só o prejudicou, pois teve que trocar o bico logo após o incidente. Como o GP da China do ano passado, o corrida na Turquia esse ano provou que os reflexos e a forma do heptacampeão mundial, infelizmente, não é mais a mesma. Quem perde com isso? Não é bem Schumacher, um dos maiores pilotos que passaram pela categoria. Quem perde é a Mercedes, que poderia ter alguém em um de seus carros com maior capacidade de trazer uns pontos a mais para a escuderia.
Leandrus - Automobilismo
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