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Roberto Dinamite!


História no Vasco da Gama

Talvez não seja uma unanimidade como ídolo numero 1 do Vasco da Gama, mas com certeza, Roberto Dinamite possui um lugar cativo no coração dos apaixonados pelo clube carioca, principalmente daqueles que puderam acompanhar o futebol nas décadas de 70 e 80. Ainda hoje, o ex-atacante ostenta a posição de maior artilheiro do clube com 569 gols pela equipe profissional do Vasco da Gama. O total de gols nos 22 anos de carreira é de 692. E durante todo esse tempo em que foi um profissional do futebol, Roberto só atuou longe da Colina por nove meses, quando defendeu as cores do Barcelona e depois da Portuguesa.

Quando criança, torcedor do Botafogo. Quando jogador, apaixonado pelo Vasco

O garoto pobre nascido num município de baixa renda da Baixada Fluminense, gostava de se divertir com coisas simples, como uma pelada com os amigos. E tinha a fama de ser fominha, pois sempre que recebia a bola, não gostava de tocar para ninguém, pois a intenção era a de marcar o gol, sempre, seguindo o faro que lhe acompanhou por toda a carreira.

Com 12 anos, o jovem Calu (forma que era chamado pelos amigos de Duque de Caxias) já era titular no time de seu bairro, o Esporte Clube São Bento, e se destacava por ser um artilheiro nato. E Calu, então torcedor botafoguense, tinha à época o atacante Jairzinho como ídolo, que marcou gols em todos os jogos na conquista do tricampeonato da seleção em 1970.

Descoberto por Gradim, olheiro do Vasco na época, Roberto foi convidado a fazer parte do time de juvenis do clube da Colina. E foi no mesmo ano que seu ídolo se consagrava para o mundo, que Dinamite se tornou artilheiro do Campeonato Carioca de juvenis, em 1970, com 10 gols. Com um ano de clube, o futuro ídolo vascaíno já havia marcado algo em torno de 50 gols. Era o início de uma paixão repentina pelo Vasco da Gama.

Tendo em vista a possibilidade do surgimento de um novo craque profissional, os responsáveis pela equipe principal do Vasco começaram a fazer um trabalho de reforço muscular. E em pouco tempo, Roberto deixava de ser um garoto franzino para se tornar um jovem robusto com 15 kg a mais do que quando chegou ao clube.

Nesse momento, Dinamite chama a atenção de Mário Travaglini, técnico da equipe profissional do Vasco da Gama, que o relacionou para a disputa do Campeonato Brasileiro de 1971.

Explosão do garoto-Dinamite

As duas primeiras partidas de Roberto Dinamite pelo Vasco da Gama, não tiveram as expectativas dos torcedores vascaínos correspondidas, já que na primeira, contra o Bahia, o então jovem atacante de 17 anos entrou apenas no segundo tempo e não conseguiu fazer algo para evitar a derrota por 1x0. Mesmo com o placar, o Vasco se garantiu na segunda fase do Brasileiro e o próximo adversário foi o Atlético-MG (que acabou se sagrando campeão brasileiro naquele ano). Para a partida, Roberto ganharia a vaga de titular e o Jornal dos Sports, na véspera, trouxe a seguinte manchete: “Vasco escala garoto-dinamite”. Mas uma vez, Roberto não conseguia corresponder às expectativas da mídia e da torcida e acabou sendo substituído durante a partida.

Porém, no jogo posterior, contra o Inter, que aconteceu dia 25 de novembro de 1971, no Maracanã, Roberto Dinamite, que entrara no segundo tempo, fez um lindo gol, driblando quatro marcadores. E no dia seguinte, o jornal dos Sports trazia uma nova manchete referente ao jogador: “Garoto Dinamite explodiu!”

Gol mais bonito do Maracanã:


O Vasco, um ponto atrás do líder Flamengo, na Taça Guanabara de 1976, tinha um difícil jogo pela frente, contra o Botafogo, onde só a vitória interessava, para que a equipe mantivesse a possibilidade da conquista do primeiro turno do Campeonato Carioca.

O primeiro tempo acabara em um a zero para o Botafogo. Na segunda etapa, logo aos 18, Roberto fez o gol de empate. Apesar do alívio, o Vasco continuava correndo atrás da vitória, que só veio aos 45 minutos. Do meio campo, Dinamite fez um lançamento para Zanata pela esquerda, que correu, dominou e cruzou na medida para Dinamite. Na marca do pênalti, Roberto matou a bola no peito, deu um balão no zagueiro Osmar e sem permitir que a bola caísse no chão, fuzilou a meta do goleiro Wendell. Gol que mantinha viva as chances de conquista vascaína da Taça Guanabara daquele ano.


Clique aqui para ver o vídeo do Gol.

Conquistas de Dinamite:

Campeonato Brasileiro: 1974
Campeonato brasileiro de seleções estaduais: 1987
Campeonato Carioca: 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992
Taça Guanabara: 1976, 1977, 1986, 1987, 1990 e 1992
Taça Rio: 1975, 1977, 1980, 1981, 1984 e 1988
Copa Rio: 1984, 1988, 1992
Torneio do Bicentenario dos Estados Unidos: 1976
Copa Rio Branco: 1976
Taça Oswaldo Cruz:1976
Copa Atlântica: 1976
Torneio Quadrangular do Rio: 1973
Copa da cidade de Sevilla (Espanha): 1979
Torneio Colombino Huelva (Espanha): 1980
Copa Manauense: 1980
Troféu da cidade de Funchal (Portugal): 1981
Copa João Havelange: 1981
Torneio Verão: 1982
Troféu Ramon de Carranza: 1987 e 1988
Copa de Ouro: 1987
Copa do Rei Pelé: 1991
Bola de Prata da Revista Placar: 1979, 1981 e 1984
Artilheiro do Campeonato Brasileiro: 1974 (16 gols) e 1984 (16 gols)
Artilheiro do Campeonato Carioca: 1978 (19 gols), 1981 (31 gols) e 1985 (12 gols)
Artilheiro da Copa América: 1983

Estatísticas:

Temporadas em que atuou: 22
Jogos pelo Vasco: 1.110 (recorde)
Maior Artilheiro em Campeonatos Brasileiros: 190 gols
Maior Artilheiro do Campeonato Carioca: 279 gols
Maior Artilheiro em São Januário: 184 gols
Primeiro jogo: Vasco 0 a 1 Bahia (Campeonato Brasileiro, 14 de Novembro de 1971, Fonte Nova)
Primeiro gol: Vasco 2 a 0 Inter-RS (Campeonato Brasileiro, 25 de Novembro de 1971, Maracanã)
Último jogo: Vasco 0 a 2 Deportivo La Coruña (Espanha) (Amistoso, 24 de Março de 1993, Maracanã)
Último gol: Vasco 1 a 0 Goytacaz (Campeonato Carioca, 26 de Outubro de 1992, São Januário)

Gols:

Categorias de base:
1970: 10 gols
1971: 16 gols
1972: 10 gols
1973: 10 gols
Total: 46 gols

Em clubes e na seleção:
Vasco da Gama: 708 gols
Seleção Brasileira: 26 gols
Barcelona: 3 gols
Portuguesa: 11 gols
Amistosos: 36 gols
Total: 784 gols

O início de uma nova era no Club de Regatas Vasco da Gama

Após anos e anos de imenso descaso do próprio presidente, com um dos maiores clubes do futebol brasileiro, a chama da esperança se acende de verdade. O Gigante de Colina volta a ter um presidente, já que o último, já não mais o era, pois se garantia na posição de ditador sob a batuta de interino.

A corrupção correu solta enquanto pode. A incompetência e inoperância deflagravam aos olhos de todos e corroíam os corações dos verdadeiros apaixonados pelo clube. Eurico conseguiu retroceder como presidente de um clube, de uma forma incrível. Deixando de ser um presidente fanático e chato, para passar a ser detestável por rivais e por próprios torcedores vascaínos. Hoje sai do clube como alguém responsável por boa parte do atraso administrativo do futebol brasileiro (pois possui importante representatividade no Clube dos 13 e na CBF) e por boa parte do descrédito e perda do sucesso positivo do futebol carioca (pois além de ser um dos principais aliados do falecido ex-presidente Caixa D’agua, é também um dos aliados do atual presidente, Rubens Lopes, cujo qual, aceita numa boa os mandos e desmandos de Eurico Miranda).

Sua saída do Vasco deve ser apenas o começo desse importante capítulo do futebol brasileiro, que está sendo o desaparecimento deste senhor de qualquer esfera administrativa desse esporte. É evidente que também há outras pessoas que precisam urgentemente de deixar o cargo que ocupa, mas a justiça pode vir a vingar, mas sempre de forma bem tardia.

Esperança depositada em Dinamite



Eurico destruiu uma das maiores riquezas do futebol carioca (e até brasileiro) que é o clássico entre Flamengo x Vasco. Suas babaquices antes dos jogos (principalmente em finais) seguidas por essa série de vitórias rubro-negras tiraram um pouco do glamour que há nesse tão tradicional clássico. Hoje, é muito difícil, por exemplo, a torcida do Vasco lotar os setores verde e amarelo da arquibancada numa final contra o Flamengo. A pseudo-história de vice-eterno deixou de ser folclore, para se tornar uma realidade o que influenciou profundamente para a queda de gana em ver, ou melhor, viver um clássico desse, que tinha status de evento (pelo menos da minha parte).

Eu na posição de rubro-negro, não me encaixo naquele grupo de torcedores que dizem: "ganhar do Vasco sempre é bom!". Pra mim, não nessas circunstancias. Quero sempre um Flamengo x Vasco com os dois times fortes.

O Brasil é o único país do mundo, que possui uma enormidade de clássicos de rivalidade extrema e acredito que assim deva ser, e evidentemente com os oponentes em igualdade de condições estando, claro, bem fortes.

Do fundo do meu coração, espero que o Roberto Dinamite recupere essa pérola do futebol. Mesmo eu tendo 21 anos, posso dizer que já pude ir ao Maracanã acompanhar alguns Fla x Vasco inesquecíveis, que ficam num lugar cativo dentro da nossa memória. Mas hoje, não vejo a possibilidade de dizer isso. Por exemplo, as partidas entre Fla x Vasco pela final da Copa do Brasil, achei fraquíssimas. O Dinamite está me dando a esperança, que esses times voltarão a fazer excelentes partidas. Quero que assim seja.

E viva a democracia!!!




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7 comentários:

Anônimo disse...

I could give my own opinion with your topic that is not boring for me.

Anônimo disse...

I could give my own opinion with your topic that is not boring for me.

warley.morbeck disse...

É uma pena.

Volta Eurico

Warley Morbeck
http://flamengoeternamente.blogspot.com/

Anônimo disse...

Só o tempo dirá se foi uma boa coisa essa saída do Eurico. Não acredito mt no Roberto. E como Rubro Negro fico triste com a saida do Euvice...

vlw abs
cesar

Diego Louzada disse...

Parabéns pela admirável postura, Wilson. Ao contrário de algumas bestas que torcem pelo fracasso dos rivais, você quer o bem do Flamengo, mas com rivais fortes e capazes.
Todos que amam o futebol torcem para que Roberto faça um grande trabalho e traga de volta ao Vasco, a democracia, grande característica do clube através dos tempos.
Abraços!

André Rocha disse...

Compartilho do mesmo pensamento do Diego. Não aguentava mais o Eurico no Vasco, mesmo sendo rubro-negro. Agora é abrir a "caixa-preta" das finanças do clube cruzmaltino. Cabe ao torcedor ter paciência porque a mudança não deve ser radical, com o Vasco voltando a ser um clube rico e papão de títulos. Mas pelo menos volta a ser um clube simpático. Um abraço!

Efraim Fernandes disse...

Será mesmo que é o fim da ERA EURICO????