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FIFA está correta. Há de se priorizar os jogadores da Europa.


Por Wilson Hebert

Andrés Iniesta; Carles Puyol; Cesc Fábregas; David Villa; Iker Casillas; Xabi Alonso; Xavi; Schweinsteiger; Mesut Özil; Miroslav Klose; Philip Lahm; Thomas Müller; Daniel Alves; Maicon; Julio César; Arjen Robben; Wesley Sneijder; Lionel Messi; Cristiano Ronaldo; Didier Drogba; Samuel Eto’o; Diego Forlán; Asamoah Gyan. O que estes craques possuem em comum? Todos jogam na Europa. Ademais, todos estão concorrendo ao prêmio Bola de Ouro FIFA.

No programa Arena Sportv desta última terça, foi levantada a seguinte – e antiga – questão: Porque os jogadores que atuam em outros centros, como na América do Sul, nunca são lembrados na premiação da FIFA, que se limita aos atuantes no Velho Mundo?

Nós temos os motivos de sempre, lógicos e naturais. As cifras que cercam o futebol europeu são sempre bem maiores, tornando-o mais poderoso e dando mais visibilidade ao mesmo. Consequentemente, as relações publicitárias também possibilitam maior retorno aos organizadores com a realização dessas premiações, que são verdadeiros eventos marcantes no calendário futebolístico mundial, graças a UEFA.

Talvez as causas listadas acima já sejam o bastante para a entidade máxima do nosso esporte bretão não atravessar suas fronteiras continentais. Mas olhando mais para o futebol sulamericano, podemos apresentar outros fatores. Um deles é a bagunça instalada por aqui desde sempre.

O que é a Conmebol se comparada a UEFA? O que é a Taça Libertadores se comparada a Champions League? Falar da Copa Sulamericana então, chega a ser motivo de vergonha.

Vimos há algumas semanas atrás, uma discussão sobre vagas para a Liberta de 2011. No meio do Campeonato Brasileiro, discutiu-se quantas equipes do nosso país garantiriam a vaga para o certame do continente no ano seguinte e, com isso, o G4 do BR virou G3. Depois de outras discussões, o G3 voltou a virar G4. Ah, se o campeão da Copa Sulamericana (tratada como trambolho do nosso calendário até bem pouco tempo) for brasileiro, o G4 da competição nacional, que acaba dias antes da final da “Copa Chata”, volta a ser G3.

Ninguém sabe como vai ficar essa situação. É o mais claro caso de “coisa de maluco”. Um time pode se classificar ao término da competição e depois, no início das suas férias, perder a vaga... Aonde já se viu isso? Vamos ver na América do Sul...

E a festa de cegos, surdos e mudos não pára por aí. Se pararmos para analisar o nível organizacional de alguns jogos da Taça Libertadores da América, encontraremos mais problemas. Tem estádio que recebe partidas sem a mínima condição, com vestiário digno de campinho de churrasco do fim de semana. Torcidas em determinados países que jogam de tudo no gramado e nenhuma providência é tomada. Se questionarem o presidente da entidade, é capaz dele falar que isso faz parte do clima...

Diante de tudo isso, caros amigos, só nos resta lamentar quanto aos craques que atuam por aqui. Eles não são vistos pela FIFA e por um longo tempo continuarão sem ser vistos, enquanto cultuarmos a competência dos tempos primitivos dos homens das cavernas para organizarmos eventos esportivos. E os jogadores, claro, não vão esperar nós evoluirmos nesse quesito. Eles vão jogar na Europa o mais rápido possível e conhecerem o Primeiro Mundo...

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