Por Wilson Hebert
A partida foi entre Criciúma, de Santa Catarina, que já conquistou a Copa do Brasil (em 1991), sob o comando de ninguém menos que Luiz Felipe Scolari, contra o Macaé, do Rio de Janeiro, que nunca conquistou nada de tão relevante na sua breve história de 20 anos de existência, mas que contava com a torcida deste blogueiro, por ser uma representação carioca. Era jogo de volta, no estádio Heriberto Hulsen, na cidade homônima ao time dono da casa, valendo vaga de acesso a Série B. Na ida, em Macaé, o time fluminense havia vencido por 3x2, de virada.
Esse é um breve resumo da história que cercava o jogo. O palco, diferente de vários outros de equipes médias e pequenas que possuem economia de arquibancada, contava com uma presença muito positiva da torcida do Tigre. Num canto, obviamente em um número bem reduzido, os seguidores do Macaé Esporte, com toda a pompa de presenciarem um possível feito histórico de uma equipe, que ali, escreveria sua página mais importante de toda sua vida.
Com a bola rolando e toda a atmosfera da partida temperada com um clima de tensão de parte a parte e também do público, a emoção se fez presente em quase todo o tempo. Atletas das duas bandeiras davam a sua vida em cada jogada. O Criciúma tentava atravessar o meio de campo rumo ao gol que mudaria toda a história (com o 0x0 a classificação seria dos fluminenses), e os atletas do Macaé marcavam duro, davam carrinho para interceptar qualquer passe.
O jogo era “lá e cá”, até que os catarinenses fizeram 1x0. A partir daí, a empolgação de quem assistia ao jogo aumentou incrivelmente. O time do técnico carioca Dario Lourenço foi à frente para marcar e voltar a ter a vaga garantida. Jogadas disputadas, mas sem deixar a habilidade de lado. Alguns dribles foram vistos, assim como um balãozinho do volante do Criciúma, numa puxada de contra-ataque.
Também tivemos jogadores se destacando, salvando a pele de toda sua ‘pequena nação’. Foi o caso do goleiro do Tigre, Agenor, que evitou várias chances de gol do Macaé. Outra coisa que não podemos esquecer foi quanto às marcações polêmicas da arbitragem. Gol dos visitantes anulado. Jogador dos anfitriões entrando em campo após substituição, sem autorização do juiz e na sequência, tomando o cartão amarelo sem sequer ter pegado na bola. Reclamação, discussão. O técnico Argeu se exaltando e até exagerando na reclamação com o quarto árbitro ao defender o clube cujo qual é treinador.
Essas coisas são proibidas? Não. Não são... Mas acontece que, quem acompanha bastante a Série A do Campeonato Brasileiro acaba ficando mal acostumado. Por conta do terrorismo praticado pelo STJD, jogadores, técnicos e todos que trabalham na realização do que deveria ser um espetáculo ficam engessados, com medo, e são incapazes de darem sua contribuição para um acontecimento mais emocionante. Porque é isso que o público latino-americano gosta...
Sem contar com o nível técnico. A Série C peca por não ter jogadores de primeira? Sim. Com isso não temos jogos de extrema categoria. Mas na Série A a situação não é muito diferente. Temos, sim, jogos pífios. E não são poucos... Quando um clube grande do Rio de Janeiro vai jogar no interior de São Paulo – contra o Grêmio Prudente, por exemplo – e a partida é transmitida para os cariocas, é quase certeza de um jogo chato, sem graça. Normalmente com dois times cautelosos – até demais -, o prazer em assistir aquele programa se iguala com o prazer em assistir o Domingão do Faustão (que vem logo após a partida, se for num domingo)...
O resultado final do jogo-tema deste post foi 2x0 para o Criciúma e classificação catarinense. Ano que vem o Macaé poderá tentar a vaga a Segunda Divisão novamente, quem sabe, protagonizando outras partidas tão emocionantes quanto essa do dia 23 de outubro de 2010. E ainda nessa edição, a Terceirona segue com sua fase mata-mata e seus jogos de vida ou morte. Na Primeira, continuaremos com alguns jogos de quinta (categoria), e outros mais ou menos. Ah, claro, às vezes tem alguma partida interessante...
A partida foi entre Criciúma, de Santa Catarina, que já conquistou a Copa do Brasil (em 1991), sob o comando de ninguém menos que Luiz Felipe Scolari, contra o Macaé, do Rio de Janeiro, que nunca conquistou nada de tão relevante na sua breve história de 20 anos de existência, mas que contava com a torcida deste blogueiro, por ser uma representação carioca. Era jogo de volta, no estádio Heriberto Hulsen, na cidade homônima ao time dono da casa, valendo vaga de acesso a Série B. Na ida, em Macaé, o time fluminense havia vencido por 3x2, de virada.
Esse é um breve resumo da história que cercava o jogo. O palco, diferente de vários outros de equipes médias e pequenas que possuem economia de arquibancada, contava com uma presença muito positiva da torcida do Tigre. Num canto, obviamente em um número bem reduzido, os seguidores do Macaé Esporte, com toda a pompa de presenciarem um possível feito histórico de uma equipe, que ali, escreveria sua página mais importante de toda sua vida.
Com a bola rolando e toda a atmosfera da partida temperada com um clima de tensão de parte a parte e também do público, a emoção se fez presente em quase todo o tempo. Atletas das duas bandeiras davam a sua vida em cada jogada. O Criciúma tentava atravessar o meio de campo rumo ao gol que mudaria toda a história (com o 0x0 a classificação seria dos fluminenses), e os atletas do Macaé marcavam duro, davam carrinho para interceptar qualquer passe.
O jogo era “lá e cá”, até que os catarinenses fizeram 1x0. A partir daí, a empolgação de quem assistia ao jogo aumentou incrivelmente. O time do técnico carioca Dario Lourenço foi à frente para marcar e voltar a ter a vaga garantida. Jogadas disputadas, mas sem deixar a habilidade de lado. Alguns dribles foram vistos, assim como um balãozinho do volante do Criciúma, numa puxada de contra-ataque.
Também tivemos jogadores se destacando, salvando a pele de toda sua ‘pequena nação’. Foi o caso do goleiro do Tigre, Agenor, que evitou várias chances de gol do Macaé. Outra coisa que não podemos esquecer foi quanto às marcações polêmicas da arbitragem. Gol dos visitantes anulado. Jogador dos anfitriões entrando em campo após substituição, sem autorização do juiz e na sequência, tomando o cartão amarelo sem sequer ter pegado na bola. Reclamação, discussão. O técnico Argeu se exaltando e até exagerando na reclamação com o quarto árbitro ao defender o clube cujo qual é treinador.
Essas coisas são proibidas? Não. Não são... Mas acontece que, quem acompanha bastante a Série A do Campeonato Brasileiro acaba ficando mal acostumado. Por conta do terrorismo praticado pelo STJD, jogadores, técnicos e todos que trabalham na realização do que deveria ser um espetáculo ficam engessados, com medo, e são incapazes de darem sua contribuição para um acontecimento mais emocionante. Porque é isso que o público latino-americano gosta...
Sem contar com o nível técnico. A Série C peca por não ter jogadores de primeira? Sim. Com isso não temos jogos de extrema categoria. Mas na Série A a situação não é muito diferente. Temos, sim, jogos pífios. E não são poucos... Quando um clube grande do Rio de Janeiro vai jogar no interior de São Paulo – contra o Grêmio Prudente, por exemplo – e a partida é transmitida para os cariocas, é quase certeza de um jogo chato, sem graça. Normalmente com dois times cautelosos – até demais -, o prazer em assistir aquele programa se iguala com o prazer em assistir o Domingão do Faustão (que vem logo após a partida, se for num domingo)...
O resultado final do jogo-tema deste post foi 2x0 para o Criciúma e classificação catarinense. Ano que vem o Macaé poderá tentar a vaga a Segunda Divisão novamente, quem sabe, protagonizando outras partidas tão emocionantes quanto essa do dia 23 de outubro de 2010. E ainda nessa edição, a Terceirona segue com sua fase mata-mata e seus jogos de vida ou morte. Na Primeira, continuaremos com alguns jogos de quinta (categoria), e outros mais ou menos. Ah, claro, às vezes tem alguma partida interessante...
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