Por Efraim Fernandes
Alex Proyas é um diretor deveras interesante, no mínimo. Ele ao decorrer dos anos nos brindou com pouquíssimas produções, mas de tirar o chapéu, como O Corvo e Cidade das Sombras, já comentado aqui no blog sobre o texto dos dez anos de sucesso de The Matrix. Em 2004, o egípcio adaptou a ideia principal de As Três Leis da Robótica, encontradas no livro de nove contos de Isaac Asimov, para o filme Eu, Robô.
Alex Proyas é um diretor deveras interesante, no mínimo. Ele ao decorrer dos anos nos brindou com pouquíssimas produções, mas de tirar o chapéu, como O Corvo e Cidade das Sombras, já comentado aqui no blog sobre o texto dos dez anos de sucesso de The Matrix. Em 2004, o egípcio adaptou a ideia principal de As Três Leis da Robótica, encontradas no livro de nove contos de Isaac Asimov, para o filme Eu, Robô.
Agora, Proyas nos dá pela quarta vez uma boa narrativa em Presságio (Knowing), estrelado por Nicolas Cage. A história tem de introdução uma escola em 1959 a qual alunos preparam uma série de desenhos a serem postas numa cápsula do tempo (aquelas feitas de metal e enterradas para que anos depois possam ser retiradas, como um presente, comparando o que foi feito como desenhos, ideias ou textos que expressam de que forma imaginavam os dias atuais).
Lucinda é uma das alunas em 1959. Mas ao invés de desenhar, ela apenas escreve e sem parar números em transe. O diretor optou por um aspecto clichê ao retratá-la como umas dessas personagens de histórias de terror japoneses: cabelos negros, vestido branco, olhos negros, isolada dos outros companheiros de classe não só fisicamente mas psicologicamente. Certeza maior disso é no momento em que enterram a capsula na cerimonia. Ela está afastada de todos com um balão em uma tipica pose de menina problemática. A professora que sempre está lá a dar forças à menina sente que ela, apesar da genialidade, tem problemas de adaptação. Foi ideía dela a capsula do tempo que serve de alerta à futuras gerações.
Proyas caprichou em dar visual bem soturno nesta mesma introdução, já que depois da tal cerimonia na escola a menina desaparece e é encontrada riscando com as unhas numa porta o restante dos números, com as mãos ensaguentadas no escuro. Clichê, mas bem efetuado.
A cena muda num fade, e estamos em tempos atuais. Nicolas Cage é John Koestler, um professor viúvo do MIT no quintal com o filho fazendo seu churrasco especial de domingo. A conversa entre ambos sobre as infinitas possibilidades sobre o universo revelam o potencial do filme, bem claro na conclusão do filme. Perdão ao possível spoiler.
Numa aula sobre Determinismo ele explica que há uma razão, um porquê das coisas no Universo, de longe um rápido e interessante discurso que tem com os alunos. De acordo com estes estudos, os acontecimentos ou vontades/escolhas humanas acontecem devido à ações anteriores. Tudo já estaria pré-determinado por uma trajetória de vida ou acontecimentos e não há como fugir disso, que nem uma bola a percorrer um caminho reto na mesa de bilhar. Mas é perguntado ao professor sobre o que ele acredita. “I believe that shit happens”, brinca.
A mente científica de Koestler entra em frenesi quando o filho Caleb que estuda naquela mesma escola da década de 50 recebe o envelope a qual foi guardado todos os números que Lucinda havia escrito. Acidentalmente, ou não, John descobre que os números revelam, em uma linguagem matemática, desastres ocorridos nas últimas cinco décadas (entre os quais o 11 de Setembro) e agora tem a chance de evitar mais três grandes desastres. Destaque para as cenas do avião na rodovia e acidente de metrô, bem elaboradas. Para obter mais respostas entra em contato com Diana Wayland (a atriz Rose Byrne), filha de Lucinda. Ambos percebem que têm uma ligação direta com tudo, mas não sabem como e nem o motivo.
Alex Proyas consegue no mesmo filme instigar com uma narrativa de suspense sobrenatural num filme catástrofe bem Hollywoodiano, embora haja novamente uma sucessão de elementos clichês como a casa de visual mórbido de filmes de terror à luz do luar, os seres sussurantes, perseguições noturnas em matas densas, alguns poucos sustos, mais uma casa sombria e velha no mesmo matagal onde ocorrem as perseguições, os efeitos sonoros que arrepiam, o desenrolar de pistas que dizem que tudo que ocorreu é apenas alguma parcela do grande plano maior a ser revelado, etc, mas tudo coeso.
A obviedade de tudo fica bem clara no plot twist, mas de forma que não se desmereça tudo acontecido ao decorrer do filme. Entenda a história como um grande quebra cabeça, apesar de o foco estar em todo o suspense sobrenatural intrigante, que tem a sua peça ao final bem posta que fará arrancar elogios de uns ou irritações por parte de outros.
Alex Proyas consegue no mesmo filme instigar com uma narrativa de suspense sobrenatural num filme catástrofe bem Hollywoodiano, embora haja novamente uma sucessão de elementos clichês como a casa de visual mórbido de filmes de terror à luz do luar, os seres sussurantes, perseguições noturnas em matas densas, alguns poucos sustos, mais uma casa sombria e velha no mesmo matagal onde ocorrem as perseguições, os efeitos sonoros que arrepiam, o desenrolar de pistas que dizem que tudo que ocorreu é apenas alguma parcela do grande plano maior a ser revelado, etc, mas tudo coeso.
A obviedade de tudo fica bem clara no plot twist, mas de forma que não se desmereça tudo acontecido ao decorrer do filme. Entenda a história como um grande quebra cabeça, apesar de o foco estar em todo o suspense sobrenatural intrigante, que tem a sua peça ao final bem posta que fará arrancar elogios de uns ou irritações por parte de outros.
Classificação: Mandou ver!
Efraim Fernandes
3 comentários:
nada do que ler um bom texto num sábado sem futerbol nos estaduais. parabéns, efraim! abs, pp
Esse ator é um ótimo ator
rsrsr gosto dos filmes dele!
:)
Também gosto muito de Cage... Mas do ator não gosta muito dlee já que anda ausente nos últimos anos ahahahahah
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