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FME pesquisa: Dunga, técnico da Seleção


Conquistas como jogador:

Internacional: Campeonato Gaucho de 1982 e 1983

Corinthians: Vice campeonato paulista de 1984

Vasco da Gama: Campeonato Carioca de 1987

Júbilo Iwata: Campeonato Japones de 1997 e 1998
Eleito melhor jogador do Campeonato Japones de 1997.

Conquistas pela Seleção Brasileira:

Campeonato Sul-Americano Sub-20: 1983
Copa do Mundo Sub-20: 1983
Torneio Pré-Olímpico: 1984
Olimpíada: Medalha de bronze em Los Angeles - 1984
Copa América: 1989 e 1997
Copa do Mundo FIFA: 1994
Copa das Confederações: 1997
Copa do Mundo FIFA: Vice campeão em 1998.

Conquistas como treinador da Seleção Brasileira:

Copa América: 2007
Olimpíadas: Medalha de bronze em Pequim - 2008
Copa das Confederações: 2009
Amistosos: 82,6% de aproveitamento
Eliminatórias da Copa do Mundo 2010: 1º lugar com 63% de aproveitamento.

Um volante com classe e dotado de muita raça. Quando assumia a braçadeira de capitão, independente da camisa, coordenava seus companheiros com pulso firme.

Mesmo com esse vasto currículo, principalmente como jogador da Seleção Brasileira, ainda assim, Dunga foi por um tempo lembrado com negativismo. O fiasco na Copa de 1990 definitivamente marcou sua carreira de uma forma desagradável.

E após outro desastre do Brasil numa Copa, dessa vez em 2006, o eterno capitão do Tetra foi lembrado para assumir como técnico, mesmo sem nenhuma experiência no cargo. O argumento do presidente da CBF era que ele resgataria a qualidade e competitividade do time dentro de campo, e impediria a bagunça fora dele, da forma que aconteceu na Alemanha.

Mais uma vez, o negativismo em torno do seu nome veio a tona. Falta de experiência e pouca intimidade com a técnica costumeira do futebol brasileiro, foram algumas das reclamações.

Hoje, mais de três anos após ter assumido o comando do excrete canarinho, parece que a sua imagem está um pouco mudada. O “Futebol, Música, Etc” pesquisou junto a outros blogueiros para saber o que eles têm a dizer sobre o treinador da Seleção. Veja:

1 - Como você avalia o trabalho do Dunga, desde que ele assumiu a Seleção até o exato momento?

“O Dunga foi aprendendo a ser técnico com o tempo. Dentro e fora do campo. Ele teve mais sorte do que competência na conquista da Copa América em 2007, seu trabalho foi muito contestado (com alguma razão) em 2008 e ele conseguiu, por méritos seus e da comissão técnica, encontrar em 2009 a grande maioria das peças que faltavam à equipe, especialmente um volante com boa saída de jogo para fazer companhia ao intocável Gilberto Silva (Felipe Melo) e o centroavante, o homem de referência na frente, tão importante para o esquema da seleção, o 4-2-3-1 (Luís Fabiano). Falta a lateral-esquerda, que, por falta de opções, deve ficar com André Santos mesmo.

Em resumo eu diria que ele deu sorte em 2007 para se manter no cargo, sofreu e aprendeu em 2008 e se firmou definitivamente em 2009 com resultados consagradores, como a goleada sobre o Uruguai em Montevidéu, a vitória sobre os "hermanos" em Rosário e os triunfos sobre Itália e Inglaterra. Fora o título da Copa das Confederações e o primeiro lugar nas Eliminatórias.”
André Rocha.

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“Acredito que o Dunga demorou um tempinho para conseguir "encaixar" o time e, aliado a isso, sua fama de mal humorado fez com que a torcida e a imprensa jogassem varias críticas sobre seu trabalho. Com o passar do tempo, ele foi arrumando o grupo e, gostem ou não, tem uma equipe bem formada taticamente. Alguns jogadores, como Felipe Mello, são muito questionados pela torcida, mas é inegável que o capitão da Copa de 1994 está fazendo um belo trabalho à frente da Seleção Brasileira. Não tem como ir contra os resultados. Sob o comando de Dunga, o Brasil ganhou uma Copa América, a Copa das Confederações e conseguiu a classificação para o mundial de 2010 com antecedência, vencendo, inclusive a Argentina em seus domínios.

Como costumo dizer, cada um montaria a seleção de uma forma e, por isso, sempre vai haver discordâncias em relação ao trabalho de qualquer treinador. Todos podem questionar o Dunga, mas não seus excelentes resultados”.
Leonardo Silva.

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“Sempre acreditei na força do ser humano DUNGA, antes de qualquer outra coisa. Uma pessoa que mostra que sabe bem o que é ser brasileiro. Foi do ceú ao inferno em segundos E do inferno ao ceú em anos. È vitorioso e tem estrela. Sabia que só aceitaria o trabalho se julgasse ser competente o suficiente para seguir com competência o mesmo. Chegou sem credibilidade da mídia, dos treinadores e do meio do futebol. Mas, foi preciso ao trazer alguém que já estava no meio, que confiasse e que servisse a ele como anteparo nessa missão inicial na seleção, o Jorginho. E mais feliz ainda com o restante da comissão.

Pagou o preço por ser muito franco e carrancudo. Mas, mostrou uma coisa: entende de futebol. E isso já podia ser notado em suas entrevistas e no modo de dialogar com os jogadores em campo, enquanto ainda jogava. Sabe o que o boleiro quer, desde a fase do "sem grana" ao "pop star" e mostrou sua competência na liderança, de forma positiva, inteligente e coesa. Venceu e convenceu, jogando contra grandes potências, com os nossos rivais e usando jogadores medianos na ausência de astros e formando grupos de trabalhos, focados em um só objetivo: a vitória. Mostra sensibilidade e conhecimento maior, a cada dia que passa”.
Leandro Carvalho.

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“Primeiramente, para ser ainda mais claro, gostaria de dizer que eu sou um dos que pensam que ter sido antes um técnico já rodado não significaria que o sucesso na Seleção seria alcançado com mais facilidade. Posto isso, eu avalio como muito bom o desempenho de Dunga. Sempre o defendi, pois sentia que ele, assim como o Adílson Batista no Cruzeiro, eram perseguidos por não serem técnicos de "etiqueta".

Tanto Adílson no Cruzeiro (que não tinha treinado ainda um time grande) como o Dunga na seleção (que não tinha ainda sido treinador) foram muito bem e provaram mais uma vez que não é só a experiência que trás o sucesso na profissão. É preciso muito mais. E de todos os requisitos necessários, o único que Dunga (e AB) não possuíam, ainda era mesmo a experiência”.
Carlão Azul.


2 - Você confia no trabalho dele frente a Seleção para a disputa da Copa do Mundo deste ano?

“Os números são incontestáveis. E Dunga tem base pronta, esquema definido e os principais jogadores comprometidos. O grupo da primeira fase é difícil, mas pode privilegiar o estilo de jogo da seleção, baseado em contragolpes. E a equipe já mostrou que cresce em disputas mais parelhas.

O que me preocupa um pouco é a falta de um jogador mais talentoso à frente para fazer companhia a Kaká. Luis Fabiano é um finalizador, Robinho está mal e Nilmar é veloz e eficiente, mas não é um craque. Numa competição de tiro curto como a Copa do Mundo, normalmente são os craques que fazem a diferença, vide Bebeto e Romário em 1994 e Ronaldo e Rivaldo em 2002.

Ronaldinho Gaúcho? Incógnita. Ronaldo? Praticamente descartado.

Pelo visto, no ano que vem, a aposta brasileira será no jogo coletivo. Veremos o resultado.

Se vencer, Dunga será lembrado como um dos treinadores mais vencedores à frente da seleção. Se perder, dependendo da derrota obviamente, poderá ser mais execrado do que Sebastião Lazaroni e ele mesmo, como jogador, em 1990”.
André Rocha.

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“Confio. Não tem como acreditar em alguém que obteve todos esses resultados citados na resposta anterior. Como já afirmei, qualquer um pode questionar a forma pela qual o nosso treinador comanda a Seleção. O que não dá pra questionar é sua competência e os resultados obtidos por ele”. Leonardo Silva.

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“Não só confio como cravo, que o Brasil pode até perder a Copa, mas terá um time que honrará as suas tradições, um elenco de guerreiros afinados com a sua liderança, sem egos, estrelismos, noitadas. Acredito que jogaremos mais taticamente do que nunca, e usando a nossa técnica para isso. Ou seja, ele fará uma equipe que atuará de acordo com as características de competição, mas com o nível brasileiro de técnica. Será consciente taticamente, aguerrida coletivamente e com gana de vencer. Acho que fará um belo trabalho e ficará como técnico da seleção por muito tempo. È firme, é honesto, é competente, é batalhador. È sério. Merece galgar a cada dia mais, um degrau acima na sua carreira de esportista, mesmo já tão vitoriosa. Sou fã desse cara!”. Leandro Carvalho.

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“Não só confio como creio que ele conduzirá muito bem o Brasil na Copa. Ele tem boas chances de colher bons frutos do trabalho que tem feito até aqui”. Carlão Azul.

Conheça mais os participantes dessa pesquisa:

André Rocha:
Futebol & Arte
Papo Firme
Olho Tático

Leonardo Silva:
Blog Bicuda na Bola
Bicuda na Bola, na Rádio Bicuda Ecológica - RJ

Leandro Carvalho:
Blog Maldita Futebol Clube
Maldita Futebol Clube, na Rádio Fluminense – RJ.

Carlão Azul:
Blog Sou Cruzeirense

2 comentários:

Zêro Blue disse...

Só pra corroborar o que eu já disse aqui,pra mim o melhor método pra se medir o trabalho de um técnico é avaliar seus resultados.
Dunga tem ótimo retrospecto e não há como questioná-lo.

Jefferson freire disse...

O Dunga venceu a desconfiança. Mesmo com bons resultados ele ainda era muito criticado, mas com as conquistas não teve como manter as críticas. Venceu toda desconfiança e hoje tem credibilidade e é respeitado como técnico.

Abços