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Começou o centenário



Com uma alta expectativa em cima de dois jogadores com nível de Copa do Mundo (Ronaldo e Roberto Carlos), foram outros dois que até então eram assinalados como coadjuvantes que fizeram o papel de protagonistas no resultado final. Tcheco e Elias conduziram o Timão na virada contra o Racing do Uruguai, em partida terminada no placar de 2x1.

Isso é um grupo. Trata-se de uma baita injustiça, antes dos acontecimentos, já depositarem as pompas do que ainda pode ser conquistado em dois galácticos como o Fenômeno e o lateral-esquerdo que foi um dos presentes para a torcida no centenário. A verdade é que, no ano de 2010, eles ainda não mostraram nada. Tudo bem que também não tiveram tantas oportunidades.

É válido ressaltar também que, quanto mais famoso um jogador, mais atenção atrai dos adversários. Para a sorte dos corintianos, há um craque no banco de reservas. Mano Menezes sabe bem disso e arma o time de forma que a concentração na marcação em cima de Ronaldo, por exemplo, dá brechas para as jogadas acontecerem pelos pés de outros que compõem o time do Corinthians.

Visualizando o gol do Racing, sobretudo o momento do seu acontecimento, fica uma observação importante a ser feita. Toda partida, seja lá de qual competição for, é importante já entrar ligado, com a atenção lá em cima, desde o primeiro segundo de bola rolando. Quando se trata de Libertadores – ainda mais levando-se em consideração a forma que o time paulista entra no torneio esse ano – a atenção tem que ser bem maior. De preferência já entrar em campo no ritmo do jogo. Não pode tomar gol, jogando em casa, com 52 segundos de jogo.

No tento de empate há de se destacar dois pontos cruciais. A insistência, a raça e a bravura do argentino Defederico, carregando a bola, resistindo em não se entregar a marcação. Na sequência, claro, foi magistral a participação de Tcheco. Raciocínio, atenção no posicionamento quando Elias se desloca e o toque rápido, com classe.

A aparição de Ronaldo, dando sua contribuição na intermediária com o avanço do meia Elias, aparecendo como homem surpresa na área, saindo cara a cara com o goleiro adversário, serve para a primeira confirmação do quão importante é a movimentação de peças empregada por Mano ao time.

No gol da vitória a paciência foi o segredo.


Muita gente pode não ter entendido a entrada de Souza no jogo, mas não é difícil a explicação. Enfrentando um time bem fechado na defesa, era necessário encontrar espaço para que a bola fosse trabalhada. Com uma marcação atenta em cima de Ronaldo, foi preciso encontrar uma “ocupação” para os jogadores do Racing que sobrariam e fariam a marcação por zona.

No vídeo acima é interessante analisar a troca de passes na intermediária. Sem pressa, com calma, a bola vai de pé em pé descendo do meio para a lateral esquerda e voltando ao meio, antes de ser lançada para a área. E o raciocínio, atenção no posicionamento quando Elias se descola e o toque rápido (originários de Tcheco no primeiro gol) ficaram a cargo justamente do centroavante que entrava na partida. Souza foi peça fundamental na jogada. Foi ele quem furou o bloqueio deixando seu companheiro meio-campista na cara do gol para novamente estufar as redes. Segunda confirmação da importância da movimentação de peças que Mano impõe aos seus comandados.

O centenário, enfim, começou pra valer. Em casa, com sacrifício e bravura, do jeito que os Fieis gostam. O importante é saber que a medida que o torneio for acontecendo, os jogos se assemelharão bastante com o dessa quarta. O jeito é segurar o nervosismo e ter sempre paciência, assim como fez o Timão para sair do Pacaembu com a vitória.

**Em breve, análise sobre a vitória do Flamengo contra o Universidad do Chile

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