Por Roberto Simoníades
É impressionante o papel da grande mídia nas eleições. No Brasil, então, o “jornalismo imparcial” é de assustar. Eu mesmo estou bastante comovido com a reportagem feita no último dia antes das eleições de 2010. A imagem de bom moço, feita de forma desesperada, para que o candidato do neoliberalismo consiga avançar para o segundo turno foi tão sutil quanto uma corrida de elefantes.
“O homem que dorme tarde”, “trabalhou o dia inteiro e ainda está aqui, gravando o seu último comercial”. “Ele faz correções na pauta, dá conselhos”. José Serra virou tão bom senhor que até ajudar à funcionária que perdeu o sapato foi digno de nota na matéria.
Eu tenho que admitir que se José Serra for para o segundo turno, “para favorecer à democracia!”, vai ficar completamente agradecido; vai ter que dar muitos beijinhos não só nas criancinhas que devem ser ajudadas, enquanto entoa, emocionado, uma bela parte do hino nacional, mas também vai ter que beijar as mãos dos manda-chuvas das redes de TV que trabalham de forma conjunta com os institutos de pesquisa (literalmente).
Veja, “a diferença da candidata para os demais candidatos caiu de 9% para 1%”, diz a eufórica apresentadora do jornal. Apela-se até para os analistas, que dizem que “de acordo com a margem de erro, não se pode afirmar sobre primeiro ou segundo turno”.
Acredito eu, humildemente, que violinos e harpas ao final da matéria teriam caído super bem! E também alguns testemunhais, pra usufruir da habilidade teatral e da face angelical de seus “artistas”.
“Tô com medo... porque sinto que o Brasil pode perder, nessa eleição, toda a estabilidade que já foi conquistada” – a célebre frase de Regina Duarte.
É impressionante o papel da grande mídia nas eleições. No Brasil, então, o “jornalismo imparcial” é de assustar. Eu mesmo estou bastante comovido com a reportagem feita no último dia antes das eleições de 2010. A imagem de bom moço, feita de forma desesperada, para que o candidato do neoliberalismo consiga avançar para o segundo turno foi tão sutil quanto uma corrida de elefantes.
“O homem que dorme tarde”, “trabalhou o dia inteiro e ainda está aqui, gravando o seu último comercial”. “Ele faz correções na pauta, dá conselhos”. José Serra virou tão bom senhor que até ajudar à funcionária que perdeu o sapato foi digno de nota na matéria.
Eu tenho que admitir que se José Serra for para o segundo turno, “para favorecer à democracia!”, vai ficar completamente agradecido; vai ter que dar muitos beijinhos não só nas criancinhas que devem ser ajudadas, enquanto entoa, emocionado, uma bela parte do hino nacional, mas também vai ter que beijar as mãos dos manda-chuvas das redes de TV que trabalham de forma conjunta com os institutos de pesquisa (literalmente).
Veja, “a diferença da candidata para os demais candidatos caiu de 9% para 1%”, diz a eufórica apresentadora do jornal. Apela-se até para os analistas, que dizem que “de acordo com a margem de erro, não se pode afirmar sobre primeiro ou segundo turno”.
Acredito eu, humildemente, que violinos e harpas ao final da matéria teriam caído super bem! E também alguns testemunhais, pra usufruir da habilidade teatral e da face angelical de seus “artistas”.
“Tô com medo... porque sinto que o Brasil pode perder, nessa eleição, toda a estabilidade que já foi conquistada” – a célebre frase de Regina Duarte.
Um comentário:
A politica é uma droga por isso, cada olha para o lado que lhe convém. Dilmistas viram isso, já eu vi uma imagem bem romântica de Dilma no JN, romântica demais para o que parece ser verdadeiro.
Quem está errado? Não sei. Mas acho triste essa campanha da conspiração. Temos que fazer a democracia como ela é, e debater o que é importante para o nosso país.
Posts como esse, na minha opinião, só fazem acrescentar a guerra de teorias que há hoje na internet, o lado sujo da politica. E o que há de importante fica esquecido...
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