Por Wilson Hebert
Fazia tempo que o Futebol & Variedades não publicava uma postagem sobre o futebol argentino. Há algumas semanas também, é verdade, que este blogueiro anda meio afastado das notícias dos nossos hermanos. Talvez a morte do ex-presidente Nestor Kirchner tenha forçado as atenções deste a se voltarem mais para o país vizinho. Com isso, uma novidade veio à tona: a contratação do novo técnico da seleção de futebol, Sergio Batista.
E a imprensa dos apreciadores do Tango está em êxtase, mesmo que discretamente. Algumas diferenças cirúrgicas já poderão ser sentidas com o início de um novo ciclo na Albiceleste: o ciclo Checho. Dentre as possibilidades, poderemos ter Javier Pastore como titularíssimo, Roman Riquelme de volta e atenções voltadas para D’Alessandro, Montillo e, especialmente, Conca, o grande craque do Fluminense.
E a decisão dos dirigentes da AFA em efetivar o interino e, também técnico da seleção sub-20, contou com quatro etapas: 1) os seis diretores da Associação de Futebol Argentino (Crespi, Turnes, Segura, Contreras, Julio Grandona e Lerche) puderam expor suas idéias. Ninguém se opôs a contratação de Batista; 2) Consultaram Carlos Bilardo, que por sua vez, disse ser Batista sua única opção, por um motivo importante: se dar bem com todos os jogadores; 3) Chamaram El Checho para uma conversa. O técnico colocou na mesa o que planeja com a Albiceleste, contou suas idéias e, com isso, obteve sucesso em seu próprio Lobby; 4) Os diretores da AFA, então, resolveram elaborar uma ata colocando todas as credenciais de Batista. Daí listaram o bom conhecimento dele com jogadores que jogam na Europa e na América do Sul, boa convivência com o grupo e, de igual peso, o apoio de Lionel Messi.
A intenção a partir de agora é fazer um trabalho regrado e planejado. A reunião que marcou o primeiro momento dessa nova fase, já demonstra como será daqui pra frente. Sergio Batista contará com uma estrutura e um apoio destes seis dirigentes, que ficarão por trás dando suporte as suas necessidades. Na visão dos mesmos, talvez tenha sido isso que faltou a comissão técnica na disputa da África do Sul. E na vontade deles, o trabalho que começa oficialmente no amistoso contra o Brasil não terá direito a erros. O plano é ser tri em terra tupiniquim.
Haverá um trabalho minucioso com jogadores que atuam em solo argentino. Nomes como o de Riquelme, de Verón e também dos menos badalados como Enzo Pérez, Olmedo e Carrizo, dos jovens (especialidade de Batista) Funes Mori, Marchesin e Licha Lopez ganharão atenção especial. Outra meta traçada é a recuperação de jogadores jovens, que atuam na Europa, porém estão esquecidos. É o que está sendo chamado de Geração Perdida. A AFA pretende recuperá-los. Casos de Pablo Piatti, Mauro Zarate, Franco Zuculini, Di Santo, Boselli, Emiliano Insúa, Perotti, Fazio, Sálvio e mais alguns outros.
Na explicação que Batista deu a imprensa argentina, ele foi enfático ao declarar que “há de se apostar e ganhar com jogadores bem dotados”. O projeto que possui semelhanças com o espanhol levanta as características de um time com laterais verdadeiros, sem improvisação, renovação de nomes sempre que necessário e com Messi como grande astro, contando com Pastore como seu auxiliar na tarefa de driblar todas as adversidades que forem encontradas em campo.
O foco passa uma impressão positiva. De fato, pelo menos na teoria, a preparação nos dá conta de vir por aí um time vencedor, onde apenas as conquistas lhes satisfarão. Mas, um conselho e até uma necessidade é a de se olhar pra frente, sem se prender no passado. Facilmente percebe-se críticas ao trabalho de Maradona, o antecessor. Os erros que ele cometeu ou deixou de cometer, devem sim ser lembrados para que não sejam repetidos. Mas isso não deve guiar o novo rumo das coisas. É preciso se equilibrar e encontrar, dentro do bom senso, a forma correta de se solucionar eventuais problemas que possam surgir, independente de qualquer coisa.
Aqui no Brasil, Dunga assumiu a Seleção com a incumbência de apagar os erros de Parreira. Ele se fixou nisso. Qual foi o resultado? Errou na outra extremidade da linha retórica da disciplina. No caso argentino, querem fazer exatamente o oposto que Dieguito fez. Querem algo mais estudado, mais planejado e mais modelado. Mas é preciso tomar cuidado para que uma seleção que busque a volta do toque refinado com competência, não se torne um time engessado e sem aspirações.
Fazia tempo que o Futebol & Variedades não publicava uma postagem sobre o futebol argentino. Há algumas semanas também, é verdade, que este blogueiro anda meio afastado das notícias dos nossos hermanos. Talvez a morte do ex-presidente Nestor Kirchner tenha forçado as atenções deste a se voltarem mais para o país vizinho. Com isso, uma novidade veio à tona: a contratação do novo técnico da seleção de futebol, Sergio Batista.
E a imprensa dos apreciadores do Tango está em êxtase, mesmo que discretamente. Algumas diferenças cirúrgicas já poderão ser sentidas com o início de um novo ciclo na Albiceleste: o ciclo Checho. Dentre as possibilidades, poderemos ter Javier Pastore como titularíssimo, Roman Riquelme de volta e atenções voltadas para D’Alessandro, Montillo e, especialmente, Conca, o grande craque do Fluminense.
E a decisão dos dirigentes da AFA em efetivar o interino e, também técnico da seleção sub-20, contou com quatro etapas: 1) os seis diretores da Associação de Futebol Argentino (Crespi, Turnes, Segura, Contreras, Julio Grandona e Lerche) puderam expor suas idéias. Ninguém se opôs a contratação de Batista; 2) Consultaram Carlos Bilardo, que por sua vez, disse ser Batista sua única opção, por um motivo importante: se dar bem com todos os jogadores; 3) Chamaram El Checho para uma conversa. O técnico colocou na mesa o que planeja com a Albiceleste, contou suas idéias e, com isso, obteve sucesso em seu próprio Lobby; 4) Os diretores da AFA, então, resolveram elaborar uma ata colocando todas as credenciais de Batista. Daí listaram o bom conhecimento dele com jogadores que jogam na Europa e na América do Sul, boa convivência com o grupo e, de igual peso, o apoio de Lionel Messi.
A intenção a partir de agora é fazer um trabalho regrado e planejado. A reunião que marcou o primeiro momento dessa nova fase, já demonstra como será daqui pra frente. Sergio Batista contará com uma estrutura e um apoio destes seis dirigentes, que ficarão por trás dando suporte as suas necessidades. Na visão dos mesmos, talvez tenha sido isso que faltou a comissão técnica na disputa da África do Sul. E na vontade deles, o trabalho que começa oficialmente no amistoso contra o Brasil não terá direito a erros. O plano é ser tri em terra tupiniquim.
Haverá um trabalho minucioso com jogadores que atuam em solo argentino. Nomes como o de Riquelme, de Verón e também dos menos badalados como Enzo Pérez, Olmedo e Carrizo, dos jovens (especialidade de Batista) Funes Mori, Marchesin e Licha Lopez ganharão atenção especial. Outra meta traçada é a recuperação de jogadores jovens, que atuam na Europa, porém estão esquecidos. É o que está sendo chamado de Geração Perdida. A AFA pretende recuperá-los. Casos de Pablo Piatti, Mauro Zarate, Franco Zuculini, Di Santo, Boselli, Emiliano Insúa, Perotti, Fazio, Sálvio e mais alguns outros.
Na explicação que Batista deu a imprensa argentina, ele foi enfático ao declarar que “há de se apostar e ganhar com jogadores bem dotados”. O projeto que possui semelhanças com o espanhol levanta as características de um time com laterais verdadeiros, sem improvisação, renovação de nomes sempre que necessário e com Messi como grande astro, contando com Pastore como seu auxiliar na tarefa de driblar todas as adversidades que forem encontradas em campo.
O foco passa uma impressão positiva. De fato, pelo menos na teoria, a preparação nos dá conta de vir por aí um time vencedor, onde apenas as conquistas lhes satisfarão. Mas, um conselho e até uma necessidade é a de se olhar pra frente, sem se prender no passado. Facilmente percebe-se críticas ao trabalho de Maradona, o antecessor. Os erros que ele cometeu ou deixou de cometer, devem sim ser lembrados para que não sejam repetidos. Mas isso não deve guiar o novo rumo das coisas. É preciso se equilibrar e encontrar, dentro do bom senso, a forma correta de se solucionar eventuais problemas que possam surgir, independente de qualquer coisa.
Aqui no Brasil, Dunga assumiu a Seleção com a incumbência de apagar os erros de Parreira. Ele se fixou nisso. Qual foi o resultado? Errou na outra extremidade da linha retórica da disciplina. No caso argentino, querem fazer exatamente o oposto que Dieguito fez. Querem algo mais estudado, mais planejado e mais modelado. Mas é preciso tomar cuidado para que uma seleção que busque a volta do toque refinado com competência, não se torne um time engessado e sem aspirações.
Um comentário:
Concordo com você, WH, o projeto tem uma boa impressão. Só pelo fato dele ter um bom relacionamento com os jogadores já dá uma boa expectativa para os hermanos.
Esperamos que os argentinos que jogam no Brasil, como você citou aí, possam ser convocados, pois eles estão jogando muito.
Abraço.
Voltei \o/
http://esportetotalbh.blogspot.com/
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