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Os brasileiros estão sem vontade?


Por Wilson Hebert

Esta dúvida surgiu durante o Super Clássico argentino entre River e Boca, que aconteceu nesta terça-feira e terminou 1x0 para o time do Monumental de Nuñes. E a tese ganhou força ao final desta mesma partida.

Os vencedores correram para o meio do campo e se abraçaram. Mas não foi um simples abraço coletivo. Foi uma comemoração efusiva, similar a de uma conquista de título. Nas arquibancadas, os “millionarios” (como são chamados os torcedores do River Plate) davam continuidade à festa. E provavelmente a Av. Nueve de Julio (a principal de Buenos Aires) teve festejos, mesmo que por alguns rápidos momentos após o jogo.

Pois bem. Este fato também dava a impressão de se tratar de um momento específico, dada a crise vivida tanto por Boca Jrs como por Rivel Plate, quando depois de muito tempo ambos podem ficar de fora de uma edição da Libertadores, além de sequer cogitarem hipótese de título no Campeonato Argentino. Portanto, vencer o maior rival seria o tal motivo para tanta festa. Acontece que é natural demais a super comemoração por parte do povo argentino, ainda mais em se tratando do futebol.

Eis que chegou a quarta-feira e com ela o tão aguardado amistoso entre Brasil de Ronaldinho Gaúcho e os albicelestes comandados por Messi. O jogo não foi ruim e nem Mano Menezes, menos ainda Sergio Batista, possuem algum motivo para mudar algo nos seus respectivos planejamentos. Até porque, dentro do entendimento deste que vos escreve, a principal baixa coletiva dos derrotados foi a falta de entrosamento, já que hoje a Seleção Brasileira não possui uma espinha dorsal definida.

E a baixa individual foi o Douglas em um rápido momento de desatenção (!).

Acontece que os brasileiros deixaram o campo como se estivessem terminado mais um dia monótono de treinamento, enquanto nossos hermanos saiam do gramado festejando a vitória frente ao seu rival mais tradicional. Lembram do que foi comentado no início deste post a respeito do Super Clássico?

A impressão que se fica não é a de deficiência técnica, tática ou emocional (hoje nem temos mais um treinador que briga com a imprensa). Mas sim a de falta de vontade. E não entendam mal. Não está sendo construída aqui uma crítica ao Ronaldinho Gaucho, ao Robinho, ao Neymar ou a quem quer que seja dos que tenham entrado em campo para este amistoso.

A questão é que parece que o brasileiro está perdendo o tesão pelo seu próprio futebol. Nós torcedores tupiniquins estamos cada vez enchendo mais a bola do futebol europeu e em contrapartida deixando de lado o nosso próprio. E isso está se refletindo nos nossos jogadores, quando jogam pela Seleção ou quando estão jogando em TERRAS BRASILIS, ou em início de carreira doido para atravessarem o oceano, ou em final de carreira só esperando a aposentadoria.

PS: Isso não é uma notícia, portanto não pode ser constatado como fato. É apenas uma opinião.

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