No dia 1º de maio de 1994, eu tinha sete anos. Minha memória futebolística vem a partir da Copa do Mundo desse mesmo ano, quando eu já tinha oito. Mas por uma questão de admiração ao ídolo, eu lembro bem do dia que Ayrton Senna faleceu.
Desde pequeno, antes mesmo do apreço pelo futebol, eu gostava muito de brincar com carrinhos e motos de brinquedo. Tinha um gosto incrível pela velocidade. E durante toda a minha infância, quando se falava em automobilismo, o primeiro nome a ser mencionado, era o de Senna. Não à toa, tornou-se meu ídolo rapidamente. Eu nem fazia idéia do que era Flamengo (passei a torcer para o rubro-negro e a gostar de futebol pra valer, em 1995) e muito menos Zico, que só passei a entender o valor da sua figura, anos mais tarde.
E num domingo como vários outros, lá estava eu, vendo televisão como sempre e assistindo uma corrida sem entender muito bem. No entanto, eu já tinha uma noção para saber que acidentes, eram algo normal numa corrida de Fórmula-1. A diferença de uma pra outra, dentro de minha visão infantil, era a “beleza do estrago” causado no carro.
No momento da batida, eu tive uma reação diferente. Como uma criança que vibra na mais absoluta ingenuidade com as coisas mais sérias, eu acharia algo sensacional. Mas não, eu fiquei preocupado. Outra cena que lembro bem desse dia, foi de Ayrton Senna, antes do início da corrida, atrás do seu carro, com suas mãos sobre o aerofólio, balançando a cabeça negativamente. Ele não queria correr. E isso eu tinha entendido.
Fui dormir naquele dia com a certeza que ele estava no hospital sendo recuperado pelos médicos. Mal sabia que a noticia de sua morte já havia sido confirmada.
Fui para a escola no dia 2, na segunda-feira. A professora não nos passou um trabalho como outro qualquer, mas nos pediu para que a tarefa que iríamos fazer fosse uma homenagem a um ídolo que se foi, a um desportista que no dia anterior, com seu falecimento, tinha levado milhares e milhares de brasileiros aos prantos. Eu fiz um desenho. Entre os meus rabiscos, tentei passar a mensagem do nosso piloto chegando aos céus, conversando com Deus e voltando a Terra, para a próxima corrida. Claro, imaginação de criança...
Ao chegar em casa nesse dia, perguntei a minha mãe, se Ayrton Senna já havia se recuperado. Eu tinha certeza que tudo aconteceria como eu havia desenhado na escola. Ela não deveria ter muita noção de quão ídolo ele era pra mim, e me respondeu: “ele morreu, meu filho. Nunca mais você verá uma corrida em que ele esteja participando”.
O impactante nessa frase não foi o “ele morreu”, mas sim o “nunca mais você verá uma corrida em que ele esteja participando”. A partir desse dia, toda a felicidade que eu tinha para brincar com carrinhos e motos, se foi, assim como o ídolo.
Foi um ídolo que vi pouco, mesmo diante da televisão, mas que ficou bem guardado na minha memória. Que me fez chorar ao saber que não o veria mais em ação e que mesmo hoje, 15 anos depois, ainda foi capaz de me fazer chorar novamente.
Mas o importante é agradecer por Senna ter levado tantas e tantas vezes o nome do país ao lugar mais alto do pódio. Ter posto novamente, com total honra, o nome do Brasil em destaque na fórmula-1.
Obrigado e parabéns, AYRTON SENNA!!!
A Rádio FME disponibilizará O Tema da Vitória, vinheta criada pela Rede Globo que ficou diretamente ligada à Ayrton Senna.
TV Rede Globo - Tema Da Vitória De Ayrton Senna
Desde pequeno, antes mesmo do apreço pelo futebol, eu gostava muito de brincar com carrinhos e motos de brinquedo. Tinha um gosto incrível pela velocidade. E durante toda a minha infância, quando se falava em automobilismo, o primeiro nome a ser mencionado, era o de Senna. Não à toa, tornou-se meu ídolo rapidamente. Eu nem fazia idéia do que era Flamengo (passei a torcer para o rubro-negro e a gostar de futebol pra valer, em 1995) e muito menos Zico, que só passei a entender o valor da sua figura, anos mais tarde.
E num domingo como vários outros, lá estava eu, vendo televisão como sempre e assistindo uma corrida sem entender muito bem. No entanto, eu já tinha uma noção para saber que acidentes, eram algo normal numa corrida de Fórmula-1. A diferença de uma pra outra, dentro de minha visão infantil, era a “beleza do estrago” causado no carro.
No momento da batida, eu tive uma reação diferente. Como uma criança que vibra na mais absoluta ingenuidade com as coisas mais sérias, eu acharia algo sensacional. Mas não, eu fiquei preocupado. Outra cena que lembro bem desse dia, foi de Ayrton Senna, antes do início da corrida, atrás do seu carro, com suas mãos sobre o aerofólio, balançando a cabeça negativamente. Ele não queria correr. E isso eu tinha entendido.
Fui dormir naquele dia com a certeza que ele estava no hospital sendo recuperado pelos médicos. Mal sabia que a noticia de sua morte já havia sido confirmada.
Fui para a escola no dia 2, na segunda-feira. A professora não nos passou um trabalho como outro qualquer, mas nos pediu para que a tarefa que iríamos fazer fosse uma homenagem a um ídolo que se foi, a um desportista que no dia anterior, com seu falecimento, tinha levado milhares e milhares de brasileiros aos prantos. Eu fiz um desenho. Entre os meus rabiscos, tentei passar a mensagem do nosso piloto chegando aos céus, conversando com Deus e voltando a Terra, para a próxima corrida. Claro, imaginação de criança...
Ao chegar em casa nesse dia, perguntei a minha mãe, se Ayrton Senna já havia se recuperado. Eu tinha certeza que tudo aconteceria como eu havia desenhado na escola. Ela não deveria ter muita noção de quão ídolo ele era pra mim, e me respondeu: “ele morreu, meu filho. Nunca mais você verá uma corrida em que ele esteja participando”.
O impactante nessa frase não foi o “ele morreu”, mas sim o “nunca mais você verá uma corrida em que ele esteja participando”. A partir desse dia, toda a felicidade que eu tinha para brincar com carrinhos e motos, se foi, assim como o ídolo.
Foi um ídolo que vi pouco, mesmo diante da televisão, mas que ficou bem guardado na minha memória. Que me fez chorar ao saber que não o veria mais em ação e que mesmo hoje, 15 anos depois, ainda foi capaz de me fazer chorar novamente.
Mas o importante é agradecer por Senna ter levado tantas e tantas vezes o nome do país ao lugar mais alto do pódio. Ter posto novamente, com total honra, o nome do Brasil em destaque na fórmula-1.
Obrigado e parabéns, AYRTON SENNA!!!
A Rádio FME disponibilizará O Tema da Vitória, vinheta criada pela Rede Globo que ficou diretamente ligada à Ayrton Senna.
TV Rede Globo - Tema Da Vitória De Ayrton Senna
[Fotos: Globoesporte.com
Montagem: Wilson Hebert]
7 comentários:
o ayrton era ótimo. que saudade... abs, pp
Que coisa, Wilson! Nossos relatos tem algumas coisas parecidas, até mesmo aquelas que não contei no meu texto mas lembrei quando li seu, que está ótimo.
Agora só me diz uma coisa: o que você fez logo após a corrida? Se trancou no quarto jogando videogame e não saiu de lá até o dia seguinte? Como vc só foi saber da morte do Senna no dia 2?!?! Agora fiquei curioso, rs
Ateh!
Pois é,mais do que um fantástico piloto, ele era uma personalidade do esporte!Uma pena, pois foi cedo demais. vitima de erros não se sabe de que ou de quem? mas, DEUS sabe o que faz!belo post wh...eu só chorei no velório...mas...quem não chorou?abs,leandro
Olá amigo,
Parabéns pelo blog, mto interativo.
Queria verificar com vc se gostaria de trocar "links"?
Grande Abraço
Naldo
http://gloriososantosfc.blogspot.com/
Triste daquele, que não se lembra com exatidão, como foi seu dia naquele 01 de maio. Triste daquele, que no mínimo, não se arrepia quando vê imagens ou escuta o "Tema da vitória", Senna é um deus para muitos, e um ídolo para os demais, merece toda e qualquer homenagem, todos os anos, até o fim dos tempos.
Vinicius Araújo
Ele realmente deixou saudades e a certeza que o Brasil é capaz de ter um grande ídolo fora do futebol.
Falando em futebol: Parabéns, somos TRICAMPEÕES!!!
Fala ai grande wilson, reportagem muito bem feita sobre um profissional que despensa comentarios.
vlw.... Estou com blog me adicc ae hehe
Ah e depois me fala aquela parada de divulgar o Blog e tal.
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