Com a globalização em todas as formas de entretenimento existentes, o futebol não fugiu a essa nova tendência do século XXI. Algo inclusive, que já vinha acontecendo nos anos 80, ficando mais forte nos anos 90 e se tornando uma realidade muito mais nítida nos dias atuais. Hoje, podemos ver crianças tendo um apreço muito maior por um time europeu, do que por uma equipe brasileira. Atravessar fronteiras geográficas no futebol, nunca foi tão comum como é atualmente.
Com isso, torcer por um time que se limite a conquistas domésticas vem deixando de ser algo gratificante. As rivalidades estaduais, pra alguns, não vem tendo o mesmo apelo que já teve em outras épocas. Às vezes, podemos ter a falsa ilusão de rixa entre dois times da mesma cidade, influenciados pela violência causada por torcidas organizadas. Mas vale lembrar, isso não se trata de rivalidade, e sim imbecilidade e falta de punição a quem faz balbúrdia em diversas situações e usa o futebol como válvula de escape por encontrar um afrouxamento da policia.
Pois bem. Existe uma força disfarçada que fere a paixão do torcedor pelo futebol. São vários fatores. Os jogadores não dão mais o devido valor a camisa que vestem (na verdade seu valor é dado ao seu salário); alguns torcedores vêm preferindo assistir as partidas nas suas casas - cada vez é maior número de canais transmitindo um maior número de partida - do que ir ao estádio, dar um grito de apoio a sua equipe, até porque isso virou uma atração arriscada.
E como um grande negócio que se tornou o futebol, nós brasileiros, inventamos uma teoria de que precisamos nos igualar à forma européia de se praticar esse esporte bretão. Questões culturais e comportamentais são atropeladas na hora de se defender tal questão.
E por falar nisso, um ponto que sempre é tocado nesse assunto é a adequação do nosso calendário futebolístico ao europeu. E de pronto, existem pessoas que defendem o fim dos campeonatos estaduais. Aproveito o momento pós-final desses torneios, para tocar nesse assunto.
Todo ano, através dessas disputas domésticas, temos inúmeras torcidas comemorando um título, comemorando estar por cima do seu grande rival, comemorando alcançar o posto de maior vencedor da cidade, comemorando o fato de um jogador do seu time ter feito uma bela jogada, naquilo que pode ser chamado verdadeiramente de clássico, com um estádio verdadeiramente lotado. É a aflição, a reza por mais uma conquista, a possibilidade de, talvez, ver seu time disputando o único título possível do ano. Seria ou é a possibilidade de único festejo de uma torcida na temporada.
Agora imaginemos um ano, termos apenas competições nacionais e internacionais. Aqui no Brasil teríamos Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Sul-Americana. No significado mor da palavra, seria algo bem chato.
Para o Brasileirão, podemos apontar três times, hoje, como candidatos ao título. E o restante? Do risco de queda, passando pela figuração e tendo o voo mais alto como uma classificação para a Libertadores. Nada tão empolgante como levantar um título.
Na Copa do Brasil, grande parte dos clubes não conseguem empolgar seus fanáticos, pois são eliminados antes do torneio ficar atrativo pra valer.
Quanto às competições internacionais, o brasileiro ainda não dá o devido valor a Copa Sul-Americana e a Libertadores fica restrita a cinco equipes do nosso país, sendo que uma ou duas vão longe.
E existe um outro fator a ser mencionado. Como ficaríamos no início do ano? Será que teríamos que aumentar um Brasileirão que já está longo além do que era pra ser? Ou teríamos grandes equipes tendo que se contentar com as partidas da Copa do Brasil? Se esse fosse o caso, teríamos o Flamengo, por exemplo, disputando apenas quatro partidas oficiais, antes do início do Campeonato Brasileiro.
Portanto, faço questão de esquecer, momentaneamente, a lógica do negócio, a tara por se igualar a forma européia de se fazer futebol e me fixar a todos os prós que os estaduais trazem para os torcedores (que podem dar risadas com seu amigo que mais uma vez foi vice), jornalistas (que podem ter uma quantidade maior de manchetes chamativas como “é campeão”) e dos jogadores, que possuem uma maior chance de título na sua carreira. Isso é o futebol. Festa, gozação e motivo de alegria para o espectador.
E vou mais além. Acredito que poderíamos sim, encurtar os estaduais e trazer de volta os regionais como Rio-São Paulo, Sul-Minas e por aí vai. O futebol vive de rivalidades, de disputa, de finais, de torcidas e equipes querendo se superar.
Se já não é mais possível a “distribuição” mais coletiva da briga pelo título no Brasileirão, que não tentem acabar de vez com a essência mais importante no futebol de um país continental.
Com isso, torcer por um time que se limite a conquistas domésticas vem deixando de ser algo gratificante. As rivalidades estaduais, pra alguns, não vem tendo o mesmo apelo que já teve em outras épocas. Às vezes, podemos ter a falsa ilusão de rixa entre dois times da mesma cidade, influenciados pela violência causada por torcidas organizadas. Mas vale lembrar, isso não se trata de rivalidade, e sim imbecilidade e falta de punição a quem faz balbúrdia em diversas situações e usa o futebol como válvula de escape por encontrar um afrouxamento da policia.
Pois bem. Existe uma força disfarçada que fere a paixão do torcedor pelo futebol. São vários fatores. Os jogadores não dão mais o devido valor a camisa que vestem (na verdade seu valor é dado ao seu salário); alguns torcedores vêm preferindo assistir as partidas nas suas casas - cada vez é maior número de canais transmitindo um maior número de partida - do que ir ao estádio, dar um grito de apoio a sua equipe, até porque isso virou uma atração arriscada.
E como um grande negócio que se tornou o futebol, nós brasileiros, inventamos uma teoria de que precisamos nos igualar à forma européia de se praticar esse esporte bretão. Questões culturais e comportamentais são atropeladas na hora de se defender tal questão.
E por falar nisso, um ponto que sempre é tocado nesse assunto é a adequação do nosso calendário futebolístico ao europeu. E de pronto, existem pessoas que defendem o fim dos campeonatos estaduais. Aproveito o momento pós-final desses torneios, para tocar nesse assunto.
Todo ano, através dessas disputas domésticas, temos inúmeras torcidas comemorando um título, comemorando estar por cima do seu grande rival, comemorando alcançar o posto de maior vencedor da cidade, comemorando o fato de um jogador do seu time ter feito uma bela jogada, naquilo que pode ser chamado verdadeiramente de clássico, com um estádio verdadeiramente lotado. É a aflição, a reza por mais uma conquista, a possibilidade de, talvez, ver seu time disputando o único título possível do ano. Seria ou é a possibilidade de único festejo de uma torcida na temporada.
Agora imaginemos um ano, termos apenas competições nacionais e internacionais. Aqui no Brasil teríamos Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Sul-Americana. No significado mor da palavra, seria algo bem chato.
Para o Brasileirão, podemos apontar três times, hoje, como candidatos ao título. E o restante? Do risco de queda, passando pela figuração e tendo o voo mais alto como uma classificação para a Libertadores. Nada tão empolgante como levantar um título.
Na Copa do Brasil, grande parte dos clubes não conseguem empolgar seus fanáticos, pois são eliminados antes do torneio ficar atrativo pra valer.
Quanto às competições internacionais, o brasileiro ainda não dá o devido valor a Copa Sul-Americana e a Libertadores fica restrita a cinco equipes do nosso país, sendo que uma ou duas vão longe.
E existe um outro fator a ser mencionado. Como ficaríamos no início do ano? Será que teríamos que aumentar um Brasileirão que já está longo além do que era pra ser? Ou teríamos grandes equipes tendo que se contentar com as partidas da Copa do Brasil? Se esse fosse o caso, teríamos o Flamengo, por exemplo, disputando apenas quatro partidas oficiais, antes do início do Campeonato Brasileiro.
Portanto, faço questão de esquecer, momentaneamente, a lógica do negócio, a tara por se igualar a forma européia de se fazer futebol e me fixar a todos os prós que os estaduais trazem para os torcedores (que podem dar risadas com seu amigo que mais uma vez foi vice), jornalistas (que podem ter uma quantidade maior de manchetes chamativas como “é campeão”) e dos jogadores, que possuem uma maior chance de título na sua carreira. Isso é o futebol. Festa, gozação e motivo de alegria para o espectador.
E vou mais além. Acredito que poderíamos sim, encurtar os estaduais e trazer de volta os regionais como Rio-São Paulo, Sul-Minas e por aí vai. O futebol vive de rivalidades, de disputa, de finais, de torcidas e equipes querendo se superar.
Se já não é mais possível a “distribuição” mais coletiva da briga pelo título no Brasileirão, que não tentem acabar de vez com a essência mais importante no futebol de um país continental.
2 comentários:
Vida longa aos estaduais, por todos os motivos citados por voce Wilson, e pela sua imensa tradição tambem.
Abraço.
Já é característico do futebol brasileiro a disputa dos estaduais; pelo fato de já estar enraizado na cultura do futebol praticado aqui no Brasil, não acho que devem acabar com o Estadual tb. Acho que devem sim acabar com o inchaço que Cariocas, Paulistas e Mineiros sofrem, com diversos jogos desinteressantes e que servem somente para gastar tempo ou até mesmo enganar o torcedor ou gerar uma crise desnecessária. Para que um Carioca com 16 clubes ou um Mineiro com tantos jogos desnecessários, se só 2 realmente brigam pelo título e há somente 1 ou 2 surpresas (e olhe lá)? Se quiserem, adaptem o calendário daqui ao europeu, mas não acabem com o Estadual, que dá um charme ao futebol brasileiro.
Ateh!
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