Escreve Efraim Fernandes
Sam Raimi está de volta no gênero que o consagrou com o um dos diretores mais Cult: Terror! Foram-se os anos em que o nome do diretor era bem lembrado pela trilogia, misto de comédia e horror, Uma Noite Alucinante. Depois conquistou Hollywood pelo belo trabalho desempenhado nos três filmes de Homem Aranha.
Um regresso ao que o fez hype era inevitável, principalmente após o sucesso da franquia do cabeça de teia. Muito bem, vamos a Drag Me To Hell!
A história já inicia de cara assustando os espectadores. O jovem menino Juan, em 1969, rouba um grupo de ciganos e lhe é lançado uma maldição que culmina na ida, sem filas direto, para as profundezas do inferno. Parece exagerado, concordo, mas é exatamente isso que vemos, e sem frescuras. Os objetos de movem e se quebram, os familiares e Shaun San Dena, mulher a quem foram pedir ajudar para desfazer o feitiço, são arremessados e o garoto jogado ao chão que racha e revela fendas iluminadas pelo mar de fogo das profundezas. Ele é engolido e não sai mais.
Após um fade a tela muda para os dias atuais e conhecemos Christine Brown, interpretada pela linda Alison Lohman, de Os Vigaristas. Ela é uma jovem bancária que sonha com a promoção, mas que tem um forte candidato, e puxa saco do patrão, que dificulta as chances já que ela até agora não tomou decisões difíceis.
Quando a velha, e repulsiva, Ganush pede mais um adiamento para a extensão do financiamento à jovem, Christine tem a chance de dar mais um tempo para senhora para que não perca a casa ou... tomar uma decisão difícil: negar o pedido e deixá-la sem o lar.
Óbvio que almejando um cargo maior que a segunda opção é a escolhida. É quando Ganush transforma a bela em um objeto de vingança e a amaldiçoa. O fim dela, de acordo com a maldição, é ir para o inferno, mas não antes de fazê-la pirar com visões e ataques de um demônio chamado Lâmia, o mesmo que perseguira o garoto na introdução da história. Aliás, cenas essas extremamente enervantes ao longo da narrativa. Como se proteger de algo que mesmo que possa ver – em vultos e sombras –, ouvir e não se pode tocar?
Sam Raimi não economiza nos sustos! Mesmo! Quer dizer, o quão clichê pode ser um filme desse gênero? Momentos silenciosos, talvez até mais do que o esperado deixando quem está na poltrona inquieto, desejando logo que venha o susto e arrancar de uma vez o mal pela raíz. Mas não. Com a câmera vai fechando um close lentamente na loirinha e vemos o verdadeiro pavor surgir no semblante. Acredite, após todos esses anos o diretor ainda sabe criar um clima bem tenso.
Mas o filme ganha uma bela força porque, como na trilogia de Ash, há uma mistura de gêneros que consagrou Raimi. Antes de tudo começa pelo roteiro: Garota descobre que vai para o inferno e o namorado Clay Dalton (Justin Long), cético, diz que tudo não passa de besteira, uma verdadeira paranóia e que acredita que ela acredita que as coisas que vê e ouve são reais.
Descobre o médium Rham Jas que serve de conselheiro para saber como se livrar do encosto. Quando está a se consultar com ele, temos mais um dos momentos engraçados do filme que é a implicância de Clay achando que o vidente Rham não passa de um charlatão. Como é de praxe, bom humor não falta na película, talvez a melhor seja o jantar que Christine tem na casa dos sogros.
Depois os sustos, comédias, bons diálogos, piadas, efeitos sonoros de arrepiar, susto e assim segue... você já conhece a fórmula. Outro bom exemplo é numa cena pra lá de batida onde tem-se Christine atacada pela velha Ganush dentro do carro. Uma louca, porém coesa mistura de risadas e espantos, além de momentos bem nojentos: Por mais que Lohman seja linda é deveras broxante e verdadeiramente repugnante ver a velhaca carcumida e caolha com a boca pútrida, sem a dentadura, chupando e lambuzando o queixo e boca da loirinha. Em cenas seguintes o namorado interpretado por Justin Long a beija apaixonadamente.
Arreste-me Para o Inferno tem potencial para ser o novo clássico do escritor e diretor, tem até pitadas de O Exorcista, provando mesmo um retorno às origens com uma bela ‘pegadinha’ no final. Ah, e caros amigos, Alison Lohman consegue ser muito sexy até mesmo suja de lama desenterrando uma cova.
Num ano onde a decepção pairou sobre produções voltadas à robôs alienígenas e explosões, e luta entre mutantes de incríveis poderes, Sam Raimi demonstra claramente ser uma grata surpresa para 2009.
Escrito por Efraim Fernandes. Classificação: Mandou ver!
Sam Raimi está de volta no gênero que o consagrou com o um dos diretores mais Cult: Terror! Foram-se os anos em que o nome do diretor era bem lembrado pela trilogia, misto de comédia e horror, Uma Noite Alucinante. Depois conquistou Hollywood pelo belo trabalho desempenhado nos três filmes de Homem Aranha.
Um regresso ao que o fez hype era inevitável, principalmente após o sucesso da franquia do cabeça de teia. Muito bem, vamos a Drag Me To Hell!
A história já inicia de cara assustando os espectadores. O jovem menino Juan, em 1969, rouba um grupo de ciganos e lhe é lançado uma maldição que culmina na ida, sem filas direto, para as profundezas do inferno. Parece exagerado, concordo, mas é exatamente isso que vemos, e sem frescuras. Os objetos de movem e se quebram, os familiares e Shaun San Dena, mulher a quem foram pedir ajudar para desfazer o feitiço, são arremessados e o garoto jogado ao chão que racha e revela fendas iluminadas pelo mar de fogo das profundezas. Ele é engolido e não sai mais.
Após um fade a tela muda para os dias atuais e conhecemos Christine Brown, interpretada pela linda Alison Lohman, de Os Vigaristas. Ela é uma jovem bancária que sonha com a promoção, mas que tem um forte candidato, e puxa saco do patrão, que dificulta as chances já que ela até agora não tomou decisões difíceis.
Quando a velha, e repulsiva, Ganush pede mais um adiamento para a extensão do financiamento à jovem, Christine tem a chance de dar mais um tempo para senhora para que não perca a casa ou... tomar uma decisão difícil: negar o pedido e deixá-la sem o lar.
Óbvio que almejando um cargo maior que a segunda opção é a escolhida. É quando Ganush transforma a bela em um objeto de vingança e a amaldiçoa. O fim dela, de acordo com a maldição, é ir para o inferno, mas não antes de fazê-la pirar com visões e ataques de um demônio chamado Lâmia, o mesmo que perseguira o garoto na introdução da história. Aliás, cenas essas extremamente enervantes ao longo da narrativa. Como se proteger de algo que mesmo que possa ver – em vultos e sombras –, ouvir e não se pode tocar?
Sam Raimi não economiza nos sustos! Mesmo! Quer dizer, o quão clichê pode ser um filme desse gênero? Momentos silenciosos, talvez até mais do que o esperado deixando quem está na poltrona inquieto, desejando logo que venha o susto e arrancar de uma vez o mal pela raíz. Mas não. Com a câmera vai fechando um close lentamente na loirinha e vemos o verdadeiro pavor surgir no semblante. Acredite, após todos esses anos o diretor ainda sabe criar um clima bem tenso.
Mas o filme ganha uma bela força porque, como na trilogia de Ash, há uma mistura de gêneros que consagrou Raimi. Antes de tudo começa pelo roteiro: Garota descobre que vai para o inferno e o namorado Clay Dalton (Justin Long), cético, diz que tudo não passa de besteira, uma verdadeira paranóia e que acredita que ela acredita que as coisas que vê e ouve são reais.
Descobre o médium Rham Jas que serve de conselheiro para saber como se livrar do encosto. Quando está a se consultar com ele, temos mais um dos momentos engraçados do filme que é a implicância de Clay achando que o vidente Rham não passa de um charlatão. Como é de praxe, bom humor não falta na película, talvez a melhor seja o jantar que Christine tem na casa dos sogros.
Depois os sustos, comédias, bons diálogos, piadas, efeitos sonoros de arrepiar, susto e assim segue... você já conhece a fórmula. Outro bom exemplo é numa cena pra lá de batida onde tem-se Christine atacada pela velha Ganush dentro do carro. Uma louca, porém coesa mistura de risadas e espantos, além de momentos bem nojentos: Por mais que Lohman seja linda é deveras broxante e verdadeiramente repugnante ver a velhaca carcumida e caolha com a boca pútrida, sem a dentadura, chupando e lambuzando o queixo e boca da loirinha. Em cenas seguintes o namorado interpretado por Justin Long a beija apaixonadamente.
Arreste-me Para o Inferno tem potencial para ser o novo clássico do escritor e diretor, tem até pitadas de O Exorcista, provando mesmo um retorno às origens com uma bela ‘pegadinha’ no final. Ah, e caros amigos, Alison Lohman consegue ser muito sexy até mesmo suja de lama desenterrando uma cova.
Num ano onde a decepção pairou sobre produções voltadas à robôs alienígenas e explosões, e luta entre mutantes de incríveis poderes, Sam Raimi demonstra claramente ser uma grata surpresa para 2009.
Escrito por Efraim Fernandes. Classificação: Mandou ver!
4 comentários:
Se mandou ver é porque é bom, e se é bom vale a pena ver, muito bom o post. abraço.
Saudações do Gremista Fanático
ouvi falar muito bem do filme...pretendo assisti-lo em breve...
abraço!!
Ouvi muito falar muito desse filme, mas infelizmente não faz muito o tipo de obra que eu curta.
De qualquer maneira, está excelente a análise. Profissa mesmo!
Visite também o Rio Futebol, se puder!
Grande abraço,
Leonardo Resende
Rio Futebol
http://riofutebol.blogspot.com
adm.riofutebol@gmail.com
ESPECIAL SOBRE O CAMPEONATO PORTUGUES ACESSEM E DEIXE O SEU COMENTÁRIO E PALPITE http://esportetotalbh.blogspot.com/
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