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Fúria de Titãs



Por Efraim Fernandes

Se Percy Jackson e os Olimpianos é produto hollywoodiano risível e ínfimo de um conto grego épico, então Fúria de Titãs honra com louvor (pelo menos na ação) o original de 1981, a despeito das más críticas vindas de especialistas em filmes.

Se você viveu intensamente os anos 90 passando as tardes e noites com o rosto grudado na extinta Tv Manchete, então certamente tinha o sonho de ver um filme live action do fenômeno Cavaleiros do Zodíaco. Caros nerd, é na obra de Leterrier - fã confesso do mangá - que vemos o mais próximo disso atualmente. Aliás, à pedido da Warner Bros, Masami Kurumada, criador de Seyia e Cia., fez alguns pôsteres versão mangá do filme, com intuito de divulgar a película no Japão.


Iniciemos então a jornada?

Perseu, interpretado pelo mais novo astro de ação Sam Worthington, é um semideus filho do grande Zeus com uma mortal. Desconhecendo as poderosas origens parte em busca de vingança quando Hades torna-se o responsável pela morte da família terrena.

Para os humanos, na cidade de Argos, é chegada a hora de contemplação do Homem e não mais temer os deuses do Olímpo. Numa empreitada sádica, Zeus - Liam Neeson - quer restabelecer a ordem das coisas enviando o irmão Hades - Ralph Fiennes - à Terra com o propósito de dar uma lembrancinha: mostrar quem manda.

A rainha Cassiopéia, embevecida com superioridade, diz que nem mesmo Atena tem a beleza da filha Andrômeda – a atriz Alexa Davalos –, quando então o senhor do submundo surge e diz que em dez dias um eclipse surgirá e o mundo será destruído. A não ser que Andrômeda seja sacrificada pelo imensurável Kraken, acalmando a fúria dos deuses.


Quando é sabido em dado momento que Perseu tem de fato deidade correndo nas veias, surge a oportunidade de fazer o que nenhum homem comum pode: resgatar a princesa, e de bônus a vingança contra a personagem de Ralph Fiennes. Começa a jornada do herói!

Se no conto oitentista o stop motion era a atração, agora as lutas e os efeitos em CGI levam as seqüências a outro patamar, e bem empolgantes, diga-se de passagem. O encontro com o pegasus, a luta contra os gigantescos escorpiões em ruínas no deserto, a caça à Medusa e por último, e mais impactante, o Kraken. Tudo protagonizado por um Perseu teimoso, impulsivo, barulhento e kamikaze. Seria ele uma versão grega de Jake Sully? Fica a pergunta.

Arquétipos não faltam. O pescador pacato, Perseu, que nunca impunha uma espada vira o órfão rebelde e herói em dúvidas; uma donzela (quase) frágil esperando ser salva é Andrômeda, o brucutu mal humorado bad ass mothafucka é Draco, vivido por Mads Mikkelsen; personagens o qual você nem mesmo lembra o nome, mas que servem para contagem de corpos; o eye candie da produção é a imortal Io, vivida pela lindíssima Gemma Artherton; o invejoso e renegado ganha espaço com Hades; e claro, o pai omisso é o grandioso Zeus.


O filme é corrido, muito corrido - quanto essa resenha. É quase um 24 Horas versão mitológica. Danny Huston que faz Poseidon, o senhor dos mares, que o diga por passar despercebido já de cara, bem no inicio. E mesmo com as más interpretações, ou o raso desenvolvimento dos personagens, Fúria de Titãs vale o ingresso para quem curte o velho cinema de entretenimento, com muito barulho na sala de projeção e amigos aloprando e jogando pipoca ao seu lado.

Classificação: Legalzinho.

Escreveu Efraim Fernandes

Um comentário:

Persio Presotto disse...

Grande Efraim! Grandes indicações, como sempre! Abs, PP