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Chegou a hora de Jarno Trulli parar?


Por Leandrus

Uma das notícias mais relevantes desta semana foi a possibilidade de Jarno Trulli se aposentar da Fórmula 1. Experiente e com 15 temporadas no currículo, o italiano deu uma desanimada entrevista ao jornal “La Gazzeta dello Sport” expressando sua frustração com o carro da Lotus e sua vontade de deixar a categoria caso as coisas não melhorem para o seu lado.

O caso de Trulli é um ótimo exemplo de quando um piloto deve, no mínimo, começar a pensar em parar, por mais difícil que isso seja difícil de aceitar. Se ele não é mais competitivo e não tem muita coisa a acrescentar às equipes, então talvez seja a hora de deixar a F-1. Rubens Barrichello, por exemplo, ainda pode se dar ao luxo de continuar na categoria mesmo com seus 39 anos, já que consegue ajudar bastante a Williams em tempos de vacas magras da escuderia inglesa.

Porém, talvez não se possa dizer o mesmo quanto a Trulli. É verdade que sua experiência pode ser importante para uma equipe pequena como a Lotus, que precisa da contribuição de alguém com certa bagagem – tanto que esse foi o grande motivo da sua contratação. Porém, a ajuda do ex-piloto da Renault nunca pareceu ser lá muito grande. Além disso, é constantemente batido por seu companheiro Heikki Kovalainen, o que faz com que seja considerado ainda menos essencial para a equipe.

Aliás, a comparação com seu companheiro de equipe aqui é importante. Kovalainen sempre parece disposto a ajudar sua equipe a evoluir, até porque o processo de reconstrução de sua carreira também está em jogo. Enquanto isso, Trulli geralmente apresenta uma fisionomia bem mais desanimada, como se estivesse frustrado e até mesmo pilotando de má vontade. Ok, é verdade que o italiano tem uma aparência mais carregada, sempre passando a impressão de uma pessoa deprimida – tanto que suas fotos volta e meia são usadas como piada por fãs na internet justamente por esse motivo. Porém, contextualizando com o momento de sua equipe, ele parece nada satisfeito com o ponto ao qual sua carreira chegou, tendo que andar no final do pelotão sem perspectivas concretas de voltar a pelo menos brigar pelos pontos.

No final das contas, parece que Trulli está fazendo hora extra e não quer aceitar isso. Por isso, talvez já seja a hora de aceitar que deve abandonar o circo. Para o bem dele, que pode fazer algo mais gratificante para a sua pessoa e para a sua carreira, e para o de sua equipe, que poderá ter alguém mais empenhado em fazer a equipe crescer.


Pode isso, Arnaldo? - Mudar as regras do jogo quando uma equipe está muito a frente dos demais não é novidade na F-1. A FIA fez isso quando a Ferrari dominava a categoria no começo da década passada. O problema é quando isso ocorre no meio da temporada. E é por isso que o que fizeram com a Red Bull, privando a escuderia austríaca de usar um dos seus trunfos na metade do campeonato, é absolutamente errado – e me impressiono com o fato de poucos terem questionado isso. Se tudo foi aprovado antes do campeonato, não há porque, antes do seu término, “condená-los” por isso. Por mais que digam que a disputa daqui em diante será mais equilibrada, foi uma bela bola fora da categoria.

Leandrus - Automobilismo

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