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Inovações não ajudaram a melhorar o GP de Valência


Por Leandrus

O GP da Europa sediou mais uma vitória tranquila de Sebastian Vettel. Sem ser muito incomodado, o alemão impôs seu forte ritmo em Valência, foi dando volta em todo mundo que aparecia a sua frente e conquistou suas 6º vitória em 8 corridas. Desnecessário dizer que foi mais uma aula de como aproveitar um foguete para provar toda a sua competência e trucidar os adversários.

A corrida disputada em solo espanhol, aliás, atestou duas coisas. A primeira é a de que a primeira das mudanças impostas pela FIA para conter o domínio da Red Bull não deu em nada. Vettel continuou sendo absoluto e a 3ª posição de Webber nem serve como parâmetro para dizer que o desempenho da equipe caiu, já que isso aconteceu devido à falta de brilhantismo do australiano e ao excesso de brilhantismo de Fernando Alonso. Se a segunda das mudanças cobradas pela categoria, que valerão a partir do GP da Inglaterra, também não funcionar muito, podem já ir separando o título de bicampeão mundial à Sebastian, atualmente a largos 77 pontos a frente do 2º colocado Jenson Button.

Já a segunda constatação é bem mais frustrante: essa pista de Valência é realmente muito ruim. Que corrida pobre foi vista hoje. Nem mesmo a combinação asa móvel + Kers + pneus malucos proporcionou um bom espetáculo hoje – ok, ela fez com que fosse melhor do que suas três entediantes edições anteriores, mais ainda assim, muito aquém de ser considerada uma boa prova. No final das contas, este circuito de rua só é útil para quem lucra com o GP e para os espanhóis que podem reverenciar o ídolo Alonso in loco. Uma pena para o pessoal dessa terra, que abriga duas das pistas mais entediantes da F-1 atual: Barcelona e Valência. Pelo menos a primeira foi palco de uma boa corrida nesse ano, graças à combinação que tem melhorado e muito o nível da categoria nesse ano. Já a segunda...

Com uma corrida pífia como essa, sobra pouca coisa a se elogiar. Mas há três pilotos que merecem, além de Vettel, merecem destaque. Os primeiros são os espanhóis da categoria, Alonso e Jaime Alguersuari. O primeiro deu mais uma aula de como se sobressair mesmo com um carro inferior, ganhando o duelo contra Webber de maneira magnífica: o que Fernando fez, ultrapassando na pista a potente Red Bull de do australiano e sendo pouco incomodado por ele logo depois, não é para poucos. Já o piloto da Toro Rosso mostrou grande competência ao sair da 18º posição para, após fazer apenas duas paradas, terminar em 8º. O resultado? Igualou a disputa interna na escuderia com Sebastian Buemi, já que ambos possuem 8 pontos, e deu um nó nos seus chefões, que já estavam doidos para demiti-lo.

E o outro destaque é Adrian Sutil – não pelo 9º lugar, mas pelo conjunto da obra. Até chegarmos em Monaco, o alemão era bastante criticado por estar empatado com o estreante Paul Di Resta na classificação mas tomando um banho dele na pista. Depois disso, Sutil conquistou 8 pontos que melhoraram bastante sua condição dentro da equipe, até porque seu companheiro não pontuou durante esse tempo. Adrian já não é mais tão bem visto no mundo da F-1, por aos poucos perde o título de piloto que vingará numa equipe grande no futuro; porém, pelo menos mantém parte da sua reputação ao se garantir na briga dentro da equipe.

Surpresas, talvez o ritmo ruim das McLarens e o fato de Kamui Kobayashi, pela primeira vez no ano, não ter terminado entre os 10 primeiros. Quantos aos outros, comentários até meio ultrapassados: Webber e Felipe Massa mostraram mais uma vez que seus pecam por não possuir a genialidade de seus companheiros de equipe; a Mercedes foi muito burocrática, praticamente um retrato de seu principal piloto, Nico Rosberg; a Lotus foi mal devido à atuação irregular de seus pilotos (que falta faz Robert Kubica ou um piloto do seu quilate, não?); e a Willians novamente sofreu com seu decepcionante carro.

Fazer o quê se não houve muitas novidades? Foi só uma prova do quão entediante foi esse GP de Valência...


Leandrus - Automobilismo

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