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O "feio" brasileiro de fora do Oscar.



Calma! Não estou desmerecendo o cinema brasileiro. Seria incapaz dessa atitude, pois torço sempre para a nossa evolução como país produtor de filmes. Porém, analisando nossas últimas grandes produções, vemos que há um vício, uma teimosia na hora de eleger a abordagem que vem tendo os longas.

No momento em que foi escolhido o filme brasileiro que iria disputar a indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro, houve muita polêmica, pois na maioria das opiniões, Tropa de Elite deveria ser o representante do cinema nacional, quando na verdade o escolhido foi O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias. A produção de Cão Hamburger até tem seus méritos. Foi um filme interessante, porém caiu no tal vício que mencionei no início do texto. Sempre falando dos problemas brasileiros. Ou melhor, no problema que é a violência, e na maioria das vezes, do Rio de Janeiro.

Quando nossos produtores irão perceber que a intenção não é premiar aquele que melhor repassa o retrato problemático de seu país? Normalmente são avaliados desempenho de atores, iluminação, sonoplastia, ângulo de filmagem e, sobretudo, criatividade da historia. Esse último item, não pode ser levado em conta na maioria dos nossos filmes, porque a história não é criada, apenas adaptada.

Foi feita uma tremenda festa quando Central do Brasil recebeu a indicação há quase uma década atrás, e daí em diante sempre se tem visto longas-metragens batendo na mesma tecla do que o “feio” brasileiro fica “bonito” nas telonas. Foi assim com Cidade de Deus, Cidade dos Homens, Ônibus 174, Carandiru e outros.

Em vários países, o Brasil é elogiado por produções de teledramaturgias. A TV Globo vende suas produções para mais de cem países e, no entanto, na hora de se criar algo para o cinema, caímos no óbvio e produzimos aquilo que todos já sabem. Se na televisão houver um anúncio que virá uma grande produção brasileira cinematográfica, as pessoas já sabem que vai pintar violência, tráfico de drogas, prostituição e tiroteio com bala perdida. Chega a ser incrível como as novidades são ausentes. É reconhecível que no Brasil, por mais que as pessoas reclamem de ter que ver isso todo dia nos telejornais, elas acabam lotando os cinemas para ver novamente a praga que assola as vidas da maioria dos brasileiros das grandes cidades. Por diversas vezes, pude ouvir pessoas comentando: “Eu não agüento mais ver filme brasileiro. É só violência!”. Mas esses filmes são campeões de bilheteria. Quantos não ficaram ansiosos para ver o filme do BOPE e saíram do cinema dizendo ao companheiro: “desista 06! Pede pra sair” ou “Você é um fanfarrão”? Eu mesmo já utilizei essas frases em bate-papos com amigos. Acabou virando modismo e se tornando clichê, mas nada disso é garantia de sucesso em Los Angeles na mais cobiçada premiação do cinema mundial.

Eu até gosto desses filmes, mas não consigo acreditar que algum desses um dia venha a conquistar a estatueta do Oscar de melhor filme estrangeiro. Espero que com a decepção proporcionada, com o filme de Cão Hamburger ficando no meio do caminho, nossas próximas produções sejam mais criativas e menos previsíveis.




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5 comentários:

Unknown disse...

Wilson, o Brasil ganhará um Oscar quando, assim como fez com "Central do Brasil", que deu azar de competir com "A Vida é Bela" e o tema holocausto, adorado por Hollywood, quando misturar a realidade brasileira com algo mais sensível e belo, mais lúdico.

É isso que cativa a Academia.

Talvez seja por isso a escolha de "O Ano em que...", mas não tem cacife para vencer.

Abraço!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

1º: O Oscar é burocrático, chato e os próprios hollywoodianos os desprezam. 2º: Era óbvio, pois chega de mostrar a realidade do país. Já mostramos favelas, sequestros e agora?? Vamos maquiar e levar um filme totalmente contraditório. Lamentável!! Abração, Wilson.

Zêro Blue disse...

Bela análise, eu não sou ninguém pra dizer que sua análise é correta ou não, mas quem sabe não seria esta a maneira correta de os nossos produtores cinematográficos encararem novas produções.

O Flamengo venceu um jogo muito disputado e que teve bola na trave no último minuto do jogo. Não desmerecendo a vitória mas até pelo contrário, valorizando-a, o Botafogo foi um grande adversário, parabéns ao Mengo...


Saudações Celestes
SITE/BLOG.....CRUZEIRO: O MAIOR DE MINAS
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ENTREM E SINTAM-SE A VONTADE

Anônimo disse...

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