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Um clássico. Dois rivais. Nenhum gol.



Segundo as projeções do óbvio, o clássico deveria ter um vencedor. O Atlético. Claro, pois nesse ano completa 100 anos de história e nada mais justo do que começar a temporada derrotando o rival. Mas com certeza alguém iria me opor dizendo: “Não, o vencedor teria que ser o Cruzeiro, pois é o time que está na Libertadores, além de estar liderando a competição". Mas clássico é bom exatamente por isso, por não cumprir com nenhuma regra, ser totalmente incoerente e sempre instigar no torcedor um sentimento de suspense e fazer nas cabeça dos apaixonados aquela perguntinha: “O que vai acontecer hoje, meu Deus?”. Aconteceu um empate em 0x0.

O clássico entre Cruzeiro e Atlético foi econômico em emoções e chances claras de gols. No máximo, duas oportunidades de gols feitos, foram desperdiçadas. Foi um empate sem gols que não levou tanto sofrimento ao torcedor mineiro, que lotou as dependências do Mineirão com mais de 54 mil espectadores.

Antes da partida, a situação na tabela era a seguinte: Cruzeiro na liderança e Galo em terceiro, que tinha como objetivo, apertar a liderança tranqüila do rival. Já a Raposa, queria vencer para consolidar os 100% de aproveitamento no campeonato mineiro.

Apesar de ter treinado bastante durante a semana o 3-5-2, Geninho levou a campo um time no tradicional 4-4-2 com Marcos e Leandro Almeida na defesa, Xaves e Renan fazendo a linha de médio-volantes e promoveu a estréia do lateral-esquerdo Thiago Feltri, que jogou no lugar de Vianna. O lateral ainda não havia atuado devido a uma contusão que acontecera no joelho ainda na fase de pré-temporada. No meio, destaque para Sidnei, que após bela atuação contra o Ituiutaba, começou pela primeira vez como titular. E sem poder contar com Marques, Geninho lançou a dupla Marinho e Danilinho no ataque.

Dos lados cruzeirenses, algo pouco comum no futebol, porém muito bonito e cortês. A equipe azul prestou uma homenagem ao arqui-rival pelo seu centenário que acontece dia 25 de março. Os presidentes Alvimar Perrela e Ziza Valadares se cumprimentaram no gramado do Mineirão. E a torcida da Raposa tinha grande expectativa, já que o time havia feito uma bela apresentação no meio de semana em partida válida pela Taça Libertadores da América.

Ao entrarem em campo, jogadores de ambas as equipes sentiram na espinha o calor do clássico. Um Mineirão completamente lotado e barulhento esperava ansiosamente o pontapé inicial para o primeiro clássico do ano.

Logo no inicio da partida, ao 7 minutos, Wagner invade área do Galo, na velocidade e chuta rasteiro e cruzado. A bola passa levando perigo ao gol de Juninho, que apenas olhou a bola passar. Na seqüência, dois minutos após, resposta cruzeirense. Renan manda uma bomba, que passa sobre o gol de Fabio.

(Wagner chuta cruzado e a bola passa perto)

Por volta de 20 minutos do primeiro tempo, era notória a supremacia atleticana, e como se não bastasse, o Cruzeiro teve que fazer sua primeira alteração de forma prematura. Guilherme se machucou e deu lugar a Marcinho. O Galo atacava mais e a Raposa buscava os contra-ataques, mas estava difícil furar o bloqueio imposto por Geninho no meio-campo. Não obstante, quando o cronômetro marcava 33 minutos do primeiro tempo, mais uma baixa na equipe celeste. Dessa vez, Charles, que foi dúvida durante a semana, sentiu o joelho direito e cedeu lugar para Sandro.

Com duas alterações já feitas, o jeito era Adilson Baptista tentar acertar a equipe na conversa para a volta do segundo tempo. E o bate-papo do técnico cruzeirense surtiu efeito. Logo aos dois minutos da etapa final, Ramires assustou o goleiro Juninho, mandando bola perigosa por cima do travessão. Aos 12, Sandro roubou uma bola no meio, tocou para Ramires, que deixou Marcinho na cara do gol. O meia-atacante poderia ter tocado para Wagner, que vinha livre no meio, mas preferiu bater para a defesa do goleiro atleticano. No contra-ataque, Sidnei avançou pela direita e bateu direto, obrigando Fábio a fazer uma bela defesa.

No decorrer do jogo, muito equilíbrio. Algumas chances foram criadas, mas nada de chance claríssima de gol. Fabio e Juninho, quando foram obrigados a participar do jogo, não comprometeram.

(Juninho ganha de Marcelo Moreno no alto)

Para o técnico atleticano, seu time atuou melhor que o rival e deveria sair de campo com a vitória que só não veio por tarde inspirada do goleiro Fábio:

“Foi um jogo bom, bastante disputado. Correspondeu a expectativa que o cercava. O que se viu no jogo foi o Galo jogando de igual pra igual, foi o Galo buscando o gol, se impondo. Acho que as melhores chances foram do Galo. Acho que tivemos um domínio maior, não um domínio avassalador, pois o Cruzeiro também teve algumas boas chances”. Comentou Geninho.

Já o presidente cruzeirense, Alvimar Perrela, que não sei se conhece tanto assim o futebol, disse ter sido esse o pior Cruzeiro e Atlético que ele já viu. Ele lamentou muito o baixo nível técnico apresentado pelas duas equipes.

Eu pelo que pude concluir ouvindo atentamente o jogo pela Globo Minas via internet, e depois vendo os melhores momentos, é que de fato o primeiro tempo esteve mais para o lado atleticano, mas por incrível que pareça, com as mexidas forçadas que Adilson se viu obrigado a fazer ainda na primeira etapa e com a ajustada no vestiário, o Cruzeiro conseguiu se impor no segundo tempo e pelo menos nivelar o jogo na etapa complementar. Jogadas ofensivas aconteceram para os dois lados, portanto acho que o resultado foi sim o mais justo.

O próximo confronto da Raposa será dia 13/03 contra o Rio Branco no estádio do Mineirão. Já o Galo volta a campo contra o Ipatinga no Ipatingão dia 16/03.

Texto tambem publicado no site Oleole, na coluna Wilson Hebert.


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10 comentários:

Unknown disse...

parabens pelo belo post, estava la no mineirão e realmente apesar de ser um classico axei o jogo bastante fraco mesmo, o cruzeiro no segundo tempo estava com 4 jogadores maxucados dentro de campo pra fazer numero como não tinhamos mais trocas a fazer e mesmo assim o galo não consiguia fazer gol, como cruzeirense sai de la axando o empate um bom resultado para nos, e me desculpe os cariocas e paulistas classico pra mim e so Cruzeiro x Atletico e nada mais.

Zêro Blue disse...

Realmente o clássico de Minas é o mais emocionante do país, como disse o comentarista acima W.Hebert. Parabéns pelo ótimo post, cobertura perfeita.
Esse jogo em si não era tão importante para o Cruzeiro, mas para o rival tinha MUITA IMPORTÂNCIA, afinal era o JOGO DO CENTENÁRIO pra eles.
Foi um jogo sem emoções e pra mim o Cruzeiro foi beneficiado com o empate que lhe mantém na liderança do Campeonato com 1 jogo a menos e também o mantém INVICTO na temporada....

Pâm Cristina LF* disse...

Olá tudo bem??

Eita jurava que esse jogo iria dar Cruzeiro rsrsrsrs...

mas que pena que o clássico não saiu gols né...rs

Beijosss sumido!!!

André Rocha disse...

Wilson, gostaria de ter visto esse jogo. Pena que não os gols não saíram, apesar da busca das equipes. Abraço!

Anônimo disse...

Adorei o título, parabéns!! Muita marcação, pouquíssimas chances e discordo que o Galo tenha criado as melhores chances. O empate, caiu bem!! Abração!!

Diego Louzada disse...

vi só os lances e não achei o jogo tão ruim tecnicamente assim. De qualquer forma, parecia mais que as equipes queriam não-perder ao invés de ganhar.
Aliás, isso tem acontecido em vários clássicos pelo Brasil, ao contrário do Rio, onde os jogos tem sido muito bons, com muitos gols e muita emoção.
Abraço!

Pâm Cristina LF* disse...

Que bom que apareçeu viu!!

=]

Ohh se todos os estádios sairem né rsrs..axo alguns meio dificies..
mas vamos ver no que vai dar..so sei que achei q o morumbi vai ficar feioooooooo kkkkkk..

Beijossssssssss

Bruno Muniz disse...

E ai Wilson Hebert,
Resumo o clássico de domingo com uma palavra "piada". O Cruzeirinho apático, com um futebolzinho de time pequeno, o galo tentando chegar ao ataque, mas sem camisa 9 não dá. O jogo entre o Vila e o democrata tava mais emocionante...rsrs
Não entendi a do Cruzeiro no 1º tempo, o Fábio fazendo hora, parecia que tinha entrado em campo para empatar...Bom mas o clássico teve uma coisa boa, ninguém morreu, e eu falo isso porque quase todo clássico morria alguém, ou por causa da violência e briga das torcidas organizadas, mas também pela emoção do jogo e o coração não aguenta...Mas com aquele jogo de domingo ninguém sofreu do coração,sofreram foi de tédio....Hebert já adicionei o seu link no meu blog, se tiver gostado do meu adiciona também.... Abração e...
Galo para sempre!!!

Bruno Muniz disse...

E ai Wilson Hebert,
Resumo o clássico de domingo com uma palavra "piada". O Cruzeirinho apático, com um futebolzinho de time pequeno, o galo tentando chegar ao ataque, mas sem camisa 9 não dá. O jogo entre o Vila e o democrata tava mais emocionante...rsrs
Não entendi a do Cruzeiro no 1º tempo, o Fábio fazendo hora, parecia que tinha entrado em campo para empatar...Bom mas o clássico teve uma coisa boa, ninguém morreu, e eu falo isso porque quase todo clássico morria alguém, ou por causa da violência e briga das torcidas organizadas, mas também pela emoção do jogo e o coração não aguenta...Mas com aquele jogo de domingo ninguém sofreu do coração,sofreram foi de tédio....Hebert já adicionei o seu link no meu blog, se tiver gostado do meu adiciona também.... Abração e...
Galo para sempre!!!

Arthur Virgílio disse...

As contusões de Guilherme e Charles prejudicaram o Cruzeiro.