É fácil falar...

... O difícil é colocar em prática.

Muito se falou que o Flamengo era melhor. Que o Botafogo estava em baixa, com um time fraco. Muito se concluiu que o rubro-negro era o favorito, enquanto o alvinegro era um “pobre-coitado”. Muito se imaginou que o Império do Amor fosse esticar a festa, já iniciada no sambódromo durante o sábado de Carnaval. Superestimaram um em detrimento a subestimação de outro.

É verdade que quando o time da Estrela Solitária deveria mostrar um futebol convincente, no primeiro clássico do ano, sucumbiu e tomou uma goleada histórica. Da mesma forma que o super-poderoso da Gávea havia provocado um verdadeiro show na virada durante o segundo tempo do memorável Fla x Flu dessa Guanabara. Mas já falaram por aí... Cada jogo, é um jogo.

O resultado da semifinal pode trazer lições positivas para todas as partes. O Flamengo teve uma real oportunidade de ver que seu time está longe, e muito, da perfeição que provavelmente fora imaginada por alguns. Já o time dirigido por Joel Santana, tem sim condições de vencer, qualquer adversário que for. Venceu o atual campeão brasileiro. É preciso prova maior do que essa?

Quanto a algumas questões do clássico, vimos que a arbitragem carioca (e a brasileira de um modo geral) continua com a mesma deficiência de sempre. Expulsar, se confundir, tentar consertar e ainda provocar outro erro, foi de um absurdo inimaginável. O goleiro Bruno, por mais que já tenha falhado bisonhamente em outros momentos, não teve culpa de ter defendido um tiro a queima-roupas e ter levado gol em outro. E no banco do Bota, de fato, existe um cara predestinado. Se antes o time sofria por deficiência no elenco, falta de opções no banco, agora pode não ter uma riqueza de peças, mas possui um jogador que sempre que é preciso, ele está lá pra decidir. Que o Caio ainda possa ser muito bem utilizado...

E mais uma vez vimos tudo, absolutamente tudo, ser resolvido dentro de campo. Tudo que tivesse a ver com os acontecimentos fora das quatro linhas, do momento da partida, continuou “de fora”.