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Estádios brasileiros entrando no século XXI



Por Wilson Hebert

Com a publicação das imagens do projeto da reforma do Maracanã, o Futebol & Variedades resolveu pesquisar outras fotos de mais alguns projetos de estádios para a Copa 2014 em nosso país. A conclusão que se chega é que, se depender do que está sendo traçado no papel, teremos um Mundial, ao menos, moderno. A dúvida mesmo é quanto aos prazos...


Por exemplo, no Rio Grande do Norte, o Machadão será completamente demolido para dar vida à Arena das Dunas, orçado em R$ 300 milhões e com capacidade para 45 mil pessoas. O estádio será um verdadeiro complexo, que contará com shoppings, hotéis, centros comerciais, estacionamentos e ginásio poliesportivos.

Provavelmente após a Copa, a construção ficará entregue às moscas. Mas se alguns clubes grandes do Brasil tiverem visão, poderão fazer bom proveito desse estádio, agradando torcedores de outras praças e faturando boas quantias.


Atualmente a Arena da Floresta, no Acre, tem capacidade para 14 mil pessoas e é utilizado pelo Rio Branco. Após a reforma, além da ampliação, o estádio contará com um hotel e uma arena poliesportiva. O valor a ser gasto será de R$ 290 milhões.

Em meio ao toque de modernidade que os novos estádios brasileiros ganharão, uma especialidade característica na Arena da Floresta será um sistema de ventilação que irá controlar a temperatura, mantendo sempre uma regularidade climática.


A Arena da Baixada é o único estádio que estamos apresentando uma foto da parte externa, pois é nela que haverá a maior mudança. O lado interno já é um dos mais bonitos do Brasil e isso não é dúvida para ninguém. Com o fechamento dos anéis da arquibancada, ficará mais vistoso ainda.

Uma confissão a vocês leitores, é que esse que vos escreve possui uma paixão pela casa do Atlético-PR. Uma obrigação que esse estudante de jornalismo faz a si próprio, é visitá-lo durante ou antes da Copa.

Inicialmente o projeto não previa o fechamento dos anéis, mas o bom senso falou mais alto e a escola vizinha ao estádio, cujo diretor é torcedor do Coritiba, vendeu uma área para o CAP, possibilitando, portanto, a ampliação da capacidade para 41 mil pessoas. O custo será de R$ 376 milhões.


Também conhecido como Mané Garrincha, o estádio candango atualmente possui 45 mil lugares e é usado pelo Gama. Após a reforma, a homenagem a um dos maiores ídolos do futebol brasileiro será cancelada, o que é uma lástima, e se chamará apenas Estádio Nacional de Brasília. Mas um dado positivo é a ampliação da sua capacidade, que passará para 70 mil lugares.

O diferencial do estádio brasiliense aparecerá na cobertura. Será construída uma fixa sobre a arquibancada e uma retrátil sobre o campo. Do lado de fora, um conjunto de rampa desafogará o fluxo dos torcedores, atendendo uma exigência da FIFA que é o rápido esvaziamento do público após o fim das partidas.

Tendo conhecido esse estádio, na sua fase crítica, esse blogueiro pode dizer-lhes que essas melhorias serão totalmente bem vindas, pois enquanto Brasília é uma cidade moderna, seu principal estádio de futebol vive um período arcaico.


O principal estádio de Minas Gerais, um dos principais centros do futebol brasileiro, terá sua capacidade reduzida, de 75 mil para 70. Esse é um dos pontos a se lamentar, pois é nele que duas das maiores e mais importantes torcidas residem (cruzeirenses e atleticanos).

Por outro lado, a obra em Minas será a mais cara do país, estipulada em R$ 2 bilhões, incluindo Mineirão e Mineirinho. Com essa cifra, temos que esperar e até exigir um complexo esportivo de primeiro mundo, ou até superior, porque haja dinheiro...


Hoje o Castelão abriga 59 mil torcedores e é casa do Ceará, Fortaleza e Ferroviário. Um ponto importante no projeto do estádio cearense, é a construção de um edifício-garagem, que contará com 4 mil vagas.

Esse também é uma obra que entra no time da redução. Sua capacidade passará para 53 mil lugares. O custo da reforma está estipulado em R$ 300 milhões.


O projeto mal saiu do papel, mas o novo estádio do Imortal já ganhou até apelido: “A Bomboneira de luxo”. Bem propício. E não é pra menos. A intenção da diretoria tricolor é construir um amplo auditório, praça de alimentação, camarotes e vestiários cinco estrelas e um complexo comercial, além de um hotel.

É o mais ousado dos projetos, sem dúvida. A Arena terá capacidade para receber 52 mil torcedores, será construído num terreno com 192 mil m² e será localizado na Zona Norte de Porto Alegre.


Não, engana-se quem acha que Verdão é o estádio do Palmeiras. Na verdade, o Palestra Itália continuará com o mesmo nome. Quem passará a se chamar Verdão é o estádio José Fragelli, que já é o principal de Cuiabá, com capacidade para 40 mil pessoas.

Uma das mudanças será a ampliação dos lugares, que portará 45 mil pessoas. Além de toda a modernização que será feita no estádio, um Centro de Treinamento também será construído, para ser a casa de alguma seleção durante o Mundial. O valor estipulado é de R$ 300 milhões.


O estádio do Figueirense já tinha um projeto engatado, mesmo antes do Brasil ter ganho a Copa de 2014. Uma das alterações que mais anima a torcida alvinegra de Santa Catarina é a diminuição do espaço entre torcedor e campo. De 20 metros para 8. A arquibancada será totalmente modificada, passando a ter três anéis e mais um andar de camarotes. As reformas custarão R$ 200 milhões.

A torcida do Figueira é a que mais agrada a este blogueiro, pois é justamente a única da cidade que já se viu fazer alguma festa, como algo parecido com o Green Hell do Coxa. Mas com o estilo atual do seu estádio, o espetáculo acaba perdendo um pouco do seu brio. Mas agora certamente passará a chamar mais atenção, pois terá uma casa digna.


Após algumas reformas, pela primeira vez um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro mudará seu visual externo, que é o mesmo desde 1950. Evidentemente, será a mais radical, pois dessa vez a necessidade de modernização é real.

A arquibancada terá recolocação nos dois anéis, tendo uma aproximação entre as partes fazendo com que, apesar de ter a diminuição da capacidade de 80 para 75 mil, pareça ter mais torcedores no visual, quando estiver lotado. Outra mudança é o tempo de saída do torcedor, que deixará de levar 14 minutos para levar 7, do assento até o portão. Um maior número de cabines e camarotes será construído, todos com o certificado cinco estrelas.

O valor estipulado inicialmente é de R$ 705 milhões. Mas como 300 deverão ser usados apenas para as novas coberturas, já se sabe que esse valor tende a crescer. Na verdade, como estamos no Brasil, todos os projetos tendem a engordar seus valores...

Entretanto, pelo que pode ser visto com as maquetes divulgadas, um verdadeiro toque de modernidade será aplicado ao futebol brasileiro. O nível dos jogadores deve continuar o mesmo, mas o conforto ao torcedor promete crescer absurdamente. É o que esperamos, pois com as quantias estipuladas, o que queremos são estádios de verdades e não apenas fotos vistas no computador.

Um comentário:

Bruno Muniz disse...

Só espero que esses projetos saiem no papel, porém, o que preocupa é o atraso de algumas obras. 2013 tem que está tudo pronto para a Copa das Confederações. No Mineirão as obras estão caminhando.