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Lewis Hamilton ressurgiu de vez no GP da Alemanha


Por Leandrus

O que se viu no circuito de Nürburgring hoje foi uma prova de altos e baixos. Houve boas disputas, tanto no pelotão intermediário quanto no dianteiro (uma pena que o duelo entre Hamilton, Alonso e Webber não foi mais longo e intenso); houve, no entanto, partes em que a corrida entrou em um estado de monotonia total. Ainda assim a prova foi boa , principalmente porque aconteceu algo parecido com o ocorrido na Inglaterra: boa parte dos embates não foram decididos pelo uso da asa móvel, e sim por ultrapassagens normais, típicas de corrida. E, no final das contas, quem se deu bem no circuito alemão foi Lewis Hamilton.

A vitória de Hamilton coroou principalmente o seu brilhante desempenho nos momentos decisivos. Após conseguir colocar seu carro entre as Red Bulls na classificação, o inglês pulou para a 1ª posição logo na largada e teve arrojo e habilidade suficientes para superar Mark Webber e Fernando Alonso em duelos decisivos depois da segunda ida aos boxes de cada um. Hamilton pode ser estabanado em alguns momentos, é em conquistas como a de hoje que não podemos nos esquecer da importância de seu estilo agressivo que lhe permite ser um dos melhores pilotos da atualidade.

Aliás, olhe a que situação curiosa chegamos: após o GP do Canadá, Hamilton era extremamente criticado pelo seu comportamento em Montreal e Monte Carlo, enquanto Jenson Button vinha sendo muito elogiado principalmente pela sua vitória na terra de Gilles Villeneuve. Após três corridas, tudo se inverteu: o campeão de 2009 teve atuações bem apagadas, enquanto Lewis parou de errar, voltou a andar a frente de seu companheiro e voltou a ser o centro das atenções ao vencer de forma superba hoje. Se futebol é momento, no automobilismo você é tão bom quanto na sua última corrida.

Voltando à prova na Alemanha, Fernando Alonso chegou em 2º. Fez o de sempre: tirou leite de pedra e quase levou a Ferrari a mais uma vitória. Não a toa é quem mais conquistou pontos nas últimas três corridas. O terceiro, Mark Webber, após assegurar a pole ontem, voltou a decepcionar: o arrojo que sobrou a Hamilton e Alonso faltou a ele na disputa pelas primeiras posições. Mas quem decepcionou mesmo foi Sebastian Vettel: em casa, o alemão fez um de suas provas mais apagadas na F-1 e só chegou em quarto porque a Ferrari errou feio justo no último pit stop de Felipe Massa, que segurou o atual campeão durante quase toda a segunda metade da prova. De quebra, sua performance ainda levantou um questionamento.

A RBR está já a duas provas sem vencer. Então, estaria a escuderia entrando em decadência já a essa altura do campeonato? Sinceramente, não diria isso. Porém, é fato que, aos poucos, McLaren e Ferrari estão se aproximando dos austríacos. Com certa dose de dificuldade, é verdade – tanto que Button e Massa ainda não vêm conseguindo andar sempre no ritmo dos pilotos da Red Bull. Porém, o esforço e a genialidade de Alonso e Hamilton ultimamente já vêm permitindo vitórias de italianos e ingleses, como vimos na Inglaterra e na Alemanha, sem a ajuda de KERS, asa móvel, pneus esfarelando o tempo todo ou falhas mecânicas nos carros de Vettel e Webber – ou seja, vitórias na pista e no braço. É bom que o pessoal dos energéticos reaja logo, antes que as coisas fiquem complicadas, embora o título de Sebastian já esteja muito mais do que encaminhado.

Chegando em 5ª, Felipe Massa foi um retrato da prova de hoje: teve altos e baixos. Superou Nico Rosberg no início da prova, mas demorou muito para fazer isso, perdendo muito tempo e contato com os quatro primeiros. Segurou Vettel durante boa parte da prova, mas quase nunca andou no ritmo dos demais. Sua colocação final foi um castigo, pois só perdeu a posição para Sebastian por causa de um erro da Ferrari nos boxes, mas o que mais fica a se lamentar é como não consegue andar no ritmo dos primeiros colocados. Ele ainda tinha desculpas enquanto Alonso cambaleava no começo do campeonato, mas o espanhol já se recuperou com maestria e está deixando a situação muito feia para ele – afinal, Fernando tem mais da metade dos pontos do brasileiro.

Quanto ao resto, elogios a Adrian Sutil que foi o que teve a melhor atuação dentre os alemães ao chegar em6º; dessa forma, continua trucidando seu companheiro Paul di Resta na classificação geral, embora o escocês venha andando bem. Michael Schumacher, que terminou em 8º, embora tenha cometido alguns erros e tenha novamente chegado atrás de Rosberg, também foi bem, sobretudo por proporcionar algumas manobras bem ousadas. Kamui Kobayashi é outro que teve uma atuação digna de aplausos: após um péssimo qualifying, largou em 18º, conseguiu várias posições e ainda chegou em 9º. E por fim, vaias a Karun Chandhok, que excepcionalmente substituiu Jarno Trulli na Lotus e conseguiu chegar em último, a três voltas do líder e a uma de seu companheiro. Pelamor...

Leandrus - Automobilismo

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