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Resenhas do Fut. Internacional – Lições e exemplos do Uruguai 2011


Por Wilson Hebert

A Seleção Uruguaia não é composta apenas por bons jogadores. É um time formado, um conjunto. Possui uma tendência tática bem definida, com um trabalho – a médio e longo prazo – estabelecido. Oscar Tabarez não é apenas um técnico. É um comandante! Está, de fato, acima de qualquer jogador, inclusive, e por isso, sendo idolatrado pelo povo uruguaio, com seu nome sendo gritado de forma inflamada no Monumental de Nuñez no momento da premiação. Não é qualquer técnico que consegue tal façanha.

Lugano, o capitão, não é líder apenas para colocar a braçadeira e dar entrevistas espinafrando quando algo não dá certo. Ele também é importante para unir o grupo e defendê-lo, seja quando enxerga uma injustiça por parte do árbitro ou quando vê por parte da imprensa e torcida. Os próprios sites uruguaios apontam essa característica do seu camisa 2.

Forlán, o craque, não se preocupa com marketing, com contrato que possa assinar daqui algumas semanas ou meses, com a sua aparência durante a partida ou no momento das entrevistas que, por sinal, quando as faz, sempre exalta o grupo, mas não deixando a sinceridade de lado. Além do bonito gesto de indicar o título para seu pai e seu avô, que também fizeram história na seleção.

No ataque temos a demonstração por parte de Luis Suarez de que no futebol de hoje em dia não basta apenas ter técnica – ou apenas ter raça. Mas sim os dois. O máximo de virtudes possível. A sua qualidade como atacante é inquestionável. Ele demonstrou no primeiro gol da final. Mas também se não der pra resolver a jogada na base da habilidade, vai na base da vontade. Para o atleta do Liverpool, o importante é resolver. E é isso que o torcedor espera do jogador.

Por fim, os demais jogadores (os mais novos e os mais velhos) entraram na competição para vencer, independente de quem fosse mais importante ou mais coadjuvante. Colocaram como figura central a seleção. E isso não é apenas um traço de patriotismo, mas também um traço de responsabilidade e personalidade, que ganha a roupagem de profissionalismo quando se trata das equipes que eles defendem.

Não foi apenas pelo bom futebol jogado que a Celeste mereceu a vitória e o título, mas foi também por conseguir unir ingredientes que a primeira vista parecem até fáceis e naturais, mas que não foram tão simples de serem colocados em prática pelas outras seleções favoritas a esse título: Brasil e Argentina.

Wilson Hebert – Resenhas do Fut. Internacional
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