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Resenhas do Futebol Int. – Eliminação do Brasil não foi surpreendente


Por Wilson Hebert

Pode parecer oportunismo criticar agora, dizer que foi tudo errado, que não se preparam para cobrar os pênaltis. Pode parecer desculpa esfarrapada apontar o gramado, que estava em condição caótica (também para o Paraguai). Mas na verdade, não é de hoje que esse Brasil mostra vários problemas. A eliminação, se olharmos friamente, não foi surpreendente.

Existe uma bola de neve que está ficando cada vez maior. Quem foi o palhaço que começou com a baboseira de futebol bonito, de toque requintado, de alegria do brasileiro dentro de campo? Quem foi o ignorante que disse que o problema da seleção de Dunga era o pragmatismo? Quem foi o imbecil que levantou a questão que para a seleção, não basta vencer, mas tem que dar espetáculo? Esse, analistas futebolísticos de ocasião, é o resultado de todas essa tolices inventadas sabe-se lá para que...

De todos os amistosos realizados no comando do atual técnico, apenas o que foi jogado contra os Estados Unidos pôde ser considerado satisfatório. Mas, com todo respeito, quem são os americanos no futebol para servir de parâmetro para alguma coisa? Os adversários que realmente valem alguma coisa, o Brasil não conseguiu nada.

Chegou a Copa América e o vício do espetáculo ainda estava impregnado nos jogadores, parte da torcida e parte da imprensa. O que vimos foi uma dificuldade enorme para se vencer. Dois empates sofridos e uma vitória no sufoco (apesar do placar). Era óbvio que havia alguma coisa de errado, mas poucos se preocuparam em ver o que era.

Agora, os quatro pênaltis perdidos e uma eliminação para o Paraguai – que num período recente na história sequer seria cogitado – acabou sendo benéfico. Está sendo nos dada a chance de vermos que futebol bonito, espetáculo ou qualquer coisa que se assemelhe, tem que, no mínimo e no máximo, ser conseqüência, de preferência, quando o jogo estiver 5 a 0 e não logo após o apito inicial.

A época em que o Brasil era “o país do futebol” já passou. Não temos a melhor seleção do mundo e muito menos temos os melhores jogadores do planeta. Ainda estamos entre as grandes, porém desencontrados, com uma geração que pode ser promissora no futuro, mas que no presente não é nada além de ‘normal’.

E quanto ao nosso técnico, se continuar do jeito que está podemos esquecer a Copa de 2014. E ele ainda tem a cara de pau de defender o que já foi construído. O que já foi construído? Nem os estádios estão prontos...

Wilson Hebert – Futebol Internacional
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