Por Caio Spechoto
Por mais que pareça estranho, perguntar “quem” ou “o que” sobre os mesmos nomes, nesse caso, é diferente. “Quem” implica nos protagonistas do HQ “The Amory Wars”. “O que” implica na banda estadunidense que vai se apresentar no Rock`n`Rio.
Hoje formado por Claudio Sanchez (vocal e guitarra), Travis Stever (guitarra e backsing), Michael Todd (baixo e backing) e Chris Pennie (bateria), o grupo começou em 95 com outro nome e outra formação, mas já com Claudio e Travis. Integrantes e nomes foram trocados e chegou-se no que se tem atualmente.
É provável que você esteja se perguntando “por que esse doente mental colocou um HQ no meio da matéria?”. Acontece que “The Amory Wars” é de autoria de Sanchez, “Coheed” e “Cambria” são personagens desta e todos os cinco discos da banda foram construídos conceitualmente em cima da história em quadrinhos.
Este foi um brevíssimo resumo sobre a formação do grupo. Passemos agora - e essa parte deve despertar mais interesse que a primeira - ao som que esses caras fazem. Como este texto é motivado por um show que eles farão, não falaremos de álbum por álbum, mas do trabalho deles como um todo – imaginando que eles toquem o que tiverem de melhor.
Segundo os próprios integrantes, sua música é inspirada em bandas como Led Zeppelin, Pink Floyd, The Police, Queen, Thin Lizzy, Iron Maiden e algumas do movimento hard core – sendo essas duas últimas as mais latentes – além de uma levada meio progressiva.
Juntando-se essas influências bem ecléticas aos vocais altos de Sanchez – que os mais maldosos chamariam “afeminados” ou coisa parecida – saíram, em boa parte dos casos, músicas que lembram aquelas que abrem os animes. É bem possível que isso seja proposital, já que a banda gira em torno de um HQ. Porém, em um show, o conceito do álbum – principalmente quando este é desconhecido do grande público - acaba ficando em segundo plano, e essa impressão da banda é algo que pode desagradas muitos espectadores.
Lembra ou não lembra a abertura daquele desenho japonês que você assistia?
Houve ocasião, ainda, de serem apontadas influências do Rush em Coheed and Cambria – levada progressiva, vocais altos... quando se lê as descrições até faz sentido – mas Josh Eppard, baterista do grupo nesse tempo, negou-as. (E escutando as músicas chega-se a conclusão que Eppard não estava mentindo).
Ouvindo aos discos da banda, essa faixa foi uma das que mais chamou a atenção, principalmente por causa da intro de guitarra bem feita
Independente de gostar ou não da banda, o fato é que Angra, Motorhead, Metallica, Sepultura e Slipknot são de estilo bem diferente, e vão atrair fãs que não costumam ser simpáticos ao do Coheed. Lembram do Carlinhos Brown em 2001? Pois então, hostilidades – mesmo que em menor proporção – não seriam surpresa.
Gostos e prognósticos à parte, o show acontecerá dia 25 de setembro deste ano. Os ingressos antecipados, chamados “Rock in Rio Cards”, já se esgotaram; a venda será reaberta em julho.
Caio Spechoto - Música
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