Por Wilson Hebert
Que craque o Flamengo faz em casa, ninguém duvida ou questiona. Vide geração ultra vencedora dos anos 80 liderada por Zico. Ou então o time responsável pelo primeiro título da Copa SP de Futebol Júnior, que tinha nomes como Djalminha, Marcelinho, Zinho, Paulo Nunes e Cia. Chegando aos tempos atuais, temos o título de campeão brasileiro de 2009, que teve Adriano Imperador como artilheiro, também formado na Gávea.
O que gera certo desconforto ou até mesmo medo por parte dos torcedores (completamente compreensível), é o que será feito desde então pelas mãos dos cartolas. Nos exemplos do primeiro parágrafo, temos o fiel retrato desta situação. O time campeão do mundo em 1981 teve o prazer e a oportunidade de fincar e escrever sua história no clube, por um bom tempo, porque naquela época as transações com o mercado estrangeiro não acontecia a todo vapor como se convencionou tempos adiante.
Mas, por exemplo, o time que conquistou o primeiro título da Copinha, em 1990, praticamente não rendeu bons frutos ao Clube de Regatas do Flamengo. Eram ruins? Não, eram ótimos. Mas foram “doados” a outros clubes pelo Senhor Luis Augusto Veloso e, posteriormente, pelo Senhor Kleber Leite. E a grande maioria fez sucesso e construiu uma carreira sólida, só que vestindo outras cores.
E o que dizer do Adriano? Foi somado a Reinaldo e mais R$ 5 milhões e trocado por Vampeta. Bizarro demais. Esse fato não merece nem que nos prolonguemos sobre ele.
Após um desastroso ano de 2010, em que a torcida rubro-negra se viu obrigada a ler notícias sobre o time nas páginas policiais dos jornais, 2011 começa aparentando trazer novos ares. Mas todo cuidado é pouco. Terão que torcer para Ronaldinho Gaucho e Thiago Neves jogarem bola de verdade. E vão ter que jogar mesmo, pra compensar a fraqueza da zaga. E terão que rezar para as jovens promessas que brilharam em São Paulo durante a Copinha fiquem no Fla.
A presidente Patrícia Amorim ganhou esses presentes. Excelente safra de garotos e contratação bombástica com ajuda da Traffic (que uma hora ou outra acabará, de forma obrigatória, rendendo compensação). Agora caberá a ela agir com prudência, cautela, inteligência e competência, mesmo não demonstrando nenhum desses atributos até o momento. Com esses jovens e com o dinheiro que virá via publicidade em cima de Ronaldinho Gaucho, dá pra fazer muita coisa, como, pelo menos, estruturar o clube como se deve – e como ela prometeu em campanha.
Wilson Hebert – Assuntos gerais
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