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Sucesso de crítica, descubra a história por trás do Facebook em “A Rede Social”



Por Jorge Nunes Chagas



Quando vejo um filme no cinema, geralmente busco uma experiência que explore o som digital, o 3D (se tiver), com ação (ou não) e uma boa história. Desde que eu soube da chegada de “A Rede Social” (The Social Network), sabia que não teria esta experiência por completo, por se tratar de um longa-metragem “político”. Apesar disto, ao assistir o filme, reconheci sua importância de se retratar uma geração, que ao longo dos anos, transformou as nossas vidas através da Internet. E agora, premiado com quatro prêmios do Globo de Ouro, inclusive de melhor filme (Drama), me fez valer, falar um pouco sobre.





No início, achei perturbador ouvir e ver aquela “medição de Qi” de Mark Zuckerberg, interpretado por Jesse Eisenberg (até no nome a criatura é parecida) conversando com sua namorada. Achei os diálogos confusos, tanto que a namorada dele pensou da mesma forma e por achá-lo idiota, decide dar o fora no cara. Com raiva, Mark escreve em um blog e despeja todo o seu rancor sentimental por ela e mais. Hackeou sites de Harvard reunindo fotos de garotas universitárias e fez um ranking delas mostrando para os seus amigos nerds. O nome do site era “Facemash” e deu o que falar. Para mim, ficou evidente que aquilo se tratava de um prelúdio.

Algo que destaco é a boa e premiada trilha de Trent Reznor e Atticus Ross, em um solo de piano que dá tom a narrativa do filme. Caso tenham interesse em ouvir, basta acessar o site oficial em (http://www.thesocialnetwork-movie.com/site/) que tocará automaticamente.





Depois do desenrolar do evento, Zuckerberg foi convidado pelos irmãos Cameron e Tyler Winklevoss (Armie Hammer), para desenvolver um site privado aos alunos de Harvard, mas ele teve uma ideia melhor. Deixou-os de lado e Mark em parceria com Eduardo Saverin (Andrew Garfield, que será o novo Homem-aranha) desenvolveram o seu próprio site, o “Thefacebook”.



O filme passa a ficar mais animado com a entrada de Sean Parker (Justin Timberlake) na vida de Mark, que não só sugere tirar o “The” do nome (ficando só “Facebook”), mas percebe as reais possibilidades de lucratividade do site no futuro. Eu mesmo fiquei teimando em achar que Sean se tratava de um inútil, que não tinha nada a oferecer, mas aos poucos fui percebendo sua singela importância.



A partir dessa amizade, cheia de segundas intenções, Sean correu atrás de investidores e com sucesso fazendo o site crescer ainda mais. Porém, esta relação provocou certo ciúme em Eduardo, gerando um atrito com Zuckerberg, de tal forma, que mais tarde veio a processá-lo por danos morais, assim como fez os irmãos Winklevoss acusando Mark de roubarem a idéia deles, esta que foi aperfeiçoada e se expandiu pelo mundo ganhando milhões de adeptos.



Isso imediatamente me fez pensar no filme “Piratas do Vale do Silício” em que Bill Gates compra por 50 mil dólares, um sistema operacional semi-pronto de outros universitários, fazendo modificações, e criando o que mais tarde seria o Windows da Microsoft e ficando rico com isso. Bem ou mal, Bill Gates comprou a ideia, diferente de Zuckerberg que aperfeiçoou sua essência, mas na minha opinião, não deixou de ser um roubo.




Entre o presente, nas várias reuniões com juízes e advogados, e no passado “recente” com o desenrolo dos acontecimentos. Esta foi a forma que o diretor David Fincher ("O Curioso Caso de Benjamin Button") encontrou de contar esta história. Politizada, com certa sensação de pressa (provocada pelo imediatismo da sociedade da informação), com um enredo que pode não ser dos melhores, mas recheado de discussões interessantes que retrataram bem a cultura dos jovens americanos, e suas idéias mirabolantes. Estas, que tem como objetivo claro de mobilização das pessoas, coisa que nós brasileiros tendemos a copiar deles!


Depois do Globo de Ouro, só nos resta aguardar o Oscar. Quem não assistiu, assista que vale a pena!



Por Jorge Nunes Chagas – Assuntos Gerais



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