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O torcedor não!


Por Wilson Hebert

Não tenho nada a ver com as decisões internas dos canais de televisão. Entendo que uma empresa possa estar discordando da forma como o C13 administra esse processo de licitação referente ao próximo triênio do Campeonato Brasileiro (2012, 2013 e 2014). Da mesma forma que também não tenho dúvidas que seria muito cômodo para 'a concorrente' participar de tal disputa por ‘n’ motivos.

Desde o principio dessa polêmica, o Futebol & Variedades adotou uma postura de espectador, para opinar apenas quando tudo tiver resolvido, até porque ainda acreditamos que muitas coisas irão acontecer. Afinal, estamos falando de políticos e futebol brasileiro.

Mas uma citação chamou bastante atenção deste que vos escreve na carta publicada no Globoesporte.com, onde a detentora dos direitos comunica sua saída da concorrência do Clube dos 13, explicando que tais negociações acontecerão diretamente com os clubes. Até aí, continuaríamos sem ‘nos meter’. Mas o final da carta foi arrebatador.

A empresa de televisão da família Marinho afirma que tal decisão é em virtude da empresa ‘privilegiar a parte mais importante do Projeto Futebol: o torcedor brasileiro’. Essa afirmação, além de mentirosa, é injusta. Vamos aos casos:

Torcedor que freqüenta estádio. Que eu saiba, torcedor nenhum gosta de ir a jogos às 22hs da noite, sendo obrigado a voltar à meia-noite, com pouco transporte público à disposição e precisando acordar cedo no dia seguinte para trabalhar.

Torcedor que vive em outra cidade, que não vai ao estádio com medo da violência ou porque os cambistas compraram ingressos na frente. Que eu saiba, também, dos torcedores que assistem às partidas em casa, nem todos possuem condições de pagarem o Pay Per View para assistirem jogos do seu time ou outras partidas que prefiram. E de nada adianta uma emissora B também ter os direitos de transmitir o Brasileirão, pois é obrigada a passar os mesmos jogos da emissora A.

O torcedor já paga conta demais por muitos erros que acontecem no futebol brasileiro, seja na esfera que for. É inadmissível que ele também seja responsabilizado por mais essa bagunça na tal negociação que ninguém sabe como vai se proceder.

Wilson Hebert – Assuntos gerais

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