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Fórmula 1 precisa de medidas simples


Por Leandrus

Às vezes, parece que Bernie Ecclestone faz de tudo para ser odiado. Ele é o sujeito que retirou várias pistas clássicas do calendário a troco de circuitos (a maioria deles entediantes) em países sem tradição no automobilismo e que defende ideias exóticas, como a criação de um sistema de medalhas e a adição de atalhos em cada pista. Tendo isso em vista, não é de se admirar que tenha sugerido a adoção de um sistema artificial de chuvas durante as corridas.

Segundo Bernie, a pista seria artificialmente molhada e os pilotos poderiam ser avisados sobre o fato dois minutos antes de ele acontecer. Porém, explicações não importam: afinal, a ideia é ridícula e só mostra que o chefão da F-1 faria muito melhor se nos privasse cada vez mais de seus pensamentos malucos. Felizmente, não se deve leva-lo muito a sério: a impressão que se tem que é que o ilustre indivíduo só faz isso com a intenção de irritar os outros.

Porém, há aqui um fato curioso. É muito grande a quantidade de fãs de Fórmua 1 que se animam quando sabem que alguma corrida será disputada debaixo de chuva. Afinal, a pista molhada dificulta as condições de pilotagem, aumenta o fator imprevisibilidade, pode modificar estratégias tem uma enorme capacidade de reordenar os pilotos pela pista e realça as suas habilidades. Tudo isso acarreta em mais emoção. Ora, então porque condenar a ideia de Ecclestone? Só porque é dele?

É bom lembrar que, ao sugerir tal ideia, Ecclestone acabou apontando uma fragilidade da categoria que não pode ser ignorada: a queda do número de boas corridas quando disputadas em situações normais. Porém, a sua ideia não é condenada somente porque o fã de automobilismo não gosta dessa figura polêmica. É porque essa seria uma solução artificial. E a F-1 não precisa de artificialidades para reconquistar a emoção perdida (algo que vem conseguindo aos poucos), assim como a criação de atalhos e até mesmo de equipamentos como o KERS. Precisa sim de medidas simples que tornem as corridas mais atraentes em quaisquer condições.

O ideal seria realmente entender o porquê da repentina queda de emoção durante as corridas: compreender se as pistas construídas e remendadas por Hermann Tilke foram essenciais para tornar algumas provas pouco atraentes, se os infinitos aparatos aerodinâmicos dificultam demais as ultrapassagens, e por aí vai. Querer esconder o problema inventando meia dúzia de ideias malucas já não adianta mais - até porque a FIA já começa a se perder e dar um nó na cabeça de todos mudando o regulamente a todo instante.

Leandrus - Automobilismo

2 comentários:

Marcelonso disse...

Salve Leandrus,


Olha esse papo do Ecclestone de tão maluco chega a ser interessante, afinal de contas seria uma oportunidade de transformar corridas de merda (Valencia,Abu Dahbi,etc) em provas no minimo interessantes, ainda que seja na base do artificialismo.

Mas na verdade o recado com endereço certo está nas entrelinhas.
"Se vcs da FIA querem inventar moda com essa asa móvel e o KERS, que tal fazer chover, colocar atalhos..."

Ainda defendo a minha solução, simples e prática:

Mandar Tilke para Tripoli com camisetas " Fica Kadafi, I love you!", garanto que não volta!

abs

speed.king.thrasher disse...

Concordo totalmente Leandrus!

Vc foi perfeito quando disse algo sobre essas soluções serem artificiais. De fato são.

Mesmo assim duvido que isso aconteça. Bernie é da FOM, esportivamente manda em mto pouco (se é q manda algo) na F1. Acredito que essas declarações venham só para polemizar e pro velho ganhar mídia, coisa que tem amado fazer nesses ultimos tempos.

Acho q estamos a salvo!
ABS!!