Por Leandrus
Que o automobilismo é um esporte de alto risco, todos nós sabemos. Porém, obviamente não é por isso que não devemos lamentar e nos sentir consternados cada vez que um piloto morre em virtude de um acidente na pista. E quando vemos que um acidente fatal como o sofrido por Gustavo Sondermann poderia ter sido evitado, devido a acontecimentos do passado, a situação se torna ainda mais triste.
Não acho certo aprontar uma verdadeira caça às bruxas nesse momento. Porém, o acidente do piloto paulista falecido ontem foi quase idêntico ao que vitimou Rafael Sperafico no mesmo circuito, durante prova da Stock Car Light, em 2007. Na ocasião, Sperafico se chocou contra a proteção de pneus da Curva do Café, foi lançado de volta para a pista e, lá atravessado, foi acertado em cheio pelo bólido de Renato Russo. Tal tipo de acidente é conhecido no automobilismo como "acidente em 'T'" (devido ao fato de um carro ser atingido em cheio por outro justamente na sua lateral), e é um dos mais temidos do esporte.
O acidente de Sondermann ocorreu da mesma forma. Ora, se um piloto já havia morrido dessa forma, alguma medida deveria ter sido tomada para que isso não acontecesse novamente. Esse é o erro a ser apontado da tragédia de ontem: aquele fato deveria ter feito com que a CBA se mexesse e encontrasse alternativas para evitar problemas no mesmo ponto, ou que até mesmo os chefões das categorias e os pilotos que disputam provas no autódromos pressionassem alguém para que algo fosse feito. Infelizmente, a inércia não permitiu isso.
Diante dessa nova fatalidade, o mínimo que se pode fazer é finalmente fazer um estudo detalhado para evitar novas tragédias na Curva do Café, um ponto do circuito muito fácil de ser feito, mas que pode levar a graves consequências quando há um erro do piloto ou algo não sai como planejado. A implantação recente do soft wall, uma barreira que absorve os impactos e diminui as chances do carro ser ricocheteado de volta para a pista, não ajudou muito, como se pode ver no acidente de ontem.
Há, entretanto, outras medidas que podem ser testadas: entre um pitaco e outro de várias pessoas, jornalistas especializados ou simples fãs do automobilismo, foi proposto uma área de escape bem maior, o que resultaria no recuo da arquibancada, ou mudanças no traçado, como a volta de uma chicane que já chegou até mesmo a ser usada quando Interlagos recebeu o Mundial de Motovelocidade, há um bom tempo. São ideias, a princípio, úteis, e que podem ser testadas após se fazer, finalmente, um necessário estudo do local. E, se possível, que as novas medidas possam manter o trecho uma área que proporcione espetáculo e ultrapassagens - embora o essencial nesse momento seja buscar a segurança daqueles correm no circuito.
Leandrus - Automobilismo
Não acho certo aprontar uma verdadeira caça às bruxas nesse momento. Porém, o acidente do piloto paulista falecido ontem foi quase idêntico ao que vitimou Rafael Sperafico no mesmo circuito, durante prova da Stock Car Light, em 2007. Na ocasião, Sperafico se chocou contra a proteção de pneus da Curva do Café, foi lançado de volta para a pista e, lá atravessado, foi acertado em cheio pelo bólido de Renato Russo. Tal tipo de acidente é conhecido no automobilismo como "acidente em 'T'" (devido ao fato de um carro ser atingido em cheio por outro justamente na sua lateral), e é um dos mais temidos do esporte.
O acidente de Sondermann ocorreu da mesma forma. Ora, se um piloto já havia morrido dessa forma, alguma medida deveria ter sido tomada para que isso não acontecesse novamente. Esse é o erro a ser apontado da tragédia de ontem: aquele fato deveria ter feito com que a CBA se mexesse e encontrasse alternativas para evitar problemas no mesmo ponto, ou que até mesmo os chefões das categorias e os pilotos que disputam provas no autódromos pressionassem alguém para que algo fosse feito. Infelizmente, a inércia não permitiu isso.
Diante dessa nova fatalidade, o mínimo que se pode fazer é finalmente fazer um estudo detalhado para evitar novas tragédias na Curva do Café, um ponto do circuito muito fácil de ser feito, mas que pode levar a graves consequências quando há um erro do piloto ou algo não sai como planejado. A implantação recente do soft wall, uma barreira que absorve os impactos e diminui as chances do carro ser ricocheteado de volta para a pista, não ajudou muito, como se pode ver no acidente de ontem.
Há, entretanto, outras medidas que podem ser testadas: entre um pitaco e outro de várias pessoas, jornalistas especializados ou simples fãs do automobilismo, foi proposto uma área de escape bem maior, o que resultaria no recuo da arquibancada, ou mudanças no traçado, como a volta de uma chicane que já chegou até mesmo a ser usada quando Interlagos recebeu o Mundial de Motovelocidade, há um bom tempo. São ideias, a princípio, úteis, e que podem ser testadas após se fazer, finalmente, um necessário estudo do local. E, se possível, que as novas medidas possam manter o trecho uma área que proporcione espetáculo e ultrapassagens - embora o essencial nesse momento seja buscar a segurança daqueles correm no circuito.
Leandrus - Automobilismo
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